quinta-feira, 31 de maio de 2012

Café, Gente e Papos Bacanas - Café com a Família

Romoaldo de Souza

Muitas coisas dão prazer à vida da nossa leitora Fabiana Noronha

- Eu gosto de beber com amigos, de cinema, ouvir boa música, passar tempo com a família - destaca. Mas, tem um prazer que nossa leitora diz que está acima de todos os outros, tomar café.

Caso me perguntassem, eu diria que Fabiana Noronha
vai sempre a Gramado tomar chocolate ou chimarrão.
Mas não ...

- Certa vez, em Gramado e Canela, na Serra Gaúcha, em meio a tantas emoções, paramos numa cafeteria e nos deliciamos com um maravilhoso cappuccino - lembra. 

Mas ainda assim, a melhor lembrança de Fabiana foi o poder agregador, conciliador, que o café tem.

- Estando em torno dos amigos, dos familiares e tomando um café esqueço do mundo e vivo o prazer do sabor do café juntamente com a harmonia do momento - afirma.



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Viagens pelo mundo do café

Romoaldo de Souza

Quando não está fazendo reportagens pelo mundo afora, a jornalista Adriana Nasser costuma colocar a mão na massa, preparando receitas maravilhosas, como uma que está publicada no blog do Café & Conversa, feita especialmente para os nossos seguidores: a Mousse de Café. Não deu pra quem quis. Agora, Adriana Nasser vem contar historietas de suas andanças pelo mundo gastronômico do café. Afinal, a chef de cozinha diz que "um bom café sempre vem acompanhado de histórias e lembranças". Vamos conferir.


Um bom café sempre vem acompanhado de histórias e lembranças. E eu tenho várias! Em MachuPichu, às 5 da manhã, um café  fraco peruano, que não é lá essas coisas, mas era o que iria me esquentar antes de conhecer a cidade sagrada dos Incas pela primeira vez!


Lembro também de um café com direito a borra e tudo que tomei no Marrocos. Tem os cafés franceses, antes de ir a Torre Eiffel, ou aqueles tomados em cafés charmosos em mesas nas calçadas. Tem também um curto italiano que nunca me esquecerei de tão forte que era. O que me salvou foi a vista: Il Duomo. Minhas viagens são assim, sempre com cheiro de café e boas lembranças!!!





terça-feira, 29 de maio de 2012

O Melhor Café do Brasil

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Muita gente tem procurado o blog com a seguinte pergunta: "Qual é o melhor café do Brasil?". Dadas as circunstâncias e aspectos variados que envolvem o café antes que chegue à sua xícara, essa é uma resposta que precisa ser dada em partes. O café é um produto perecível e, por isso, varia sabor e aroma ao longo do seu tempo de vida útil, que aliás é curto.

O grão de café seco e verde, ou seja, colhido, secado e não torrado, pode durar bastante se for armazenado adequadamente. Depois de torrado, o grão tem uma vida útil de 15 a 20 dias antes que a oxidação comprometa suas qualidades. Uma vez moído, o café perde o que tem de bom em 20 minutos, pois sabor e aroma provêm de óleos finíssimos e voláteis. Por isso, não aconselhamos deixar seu café em garrafa térmica, pois a oxidação acontecerá em poucos minutos.

Estabelecido isso, o café ainda varia em tipos: Bourbon Vermelho, Bourbon Amarelo, Catuaí, Maragogipe etc. É uma infinidade de tipos diferentes de grãos, cada um com suas próprias características de acidez, doçura, corpo, sabores, adstringência etc. Além de tudo isso, ainda tem a maneira de fazer o café, que pode provocar alterações em todas as características anteriores. 



Portanto, o que podemos afirmar com certeza é que o melhor café do Brasil é aquele que você escolheu, tratou e fez da maneira certa. Tomando sozinho ou acompanhado, o importante também é que você tenha gostado do resultado final e que o seu café tenha deixado uma lembrança gostosa. 

Um abraço e bom café!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Café, Gente e Papos Bacanas - Antonio Dionísio e o Café da Tia Eliud

Romoaldo de Souza

O professor Antonio Dionísio conta que quando morava com a tia dele, em São Paulo, e toda vez que Dona Eliud começa a passar o café nem precisa o despertador, o nosso ouvinte dava um pulo da cama sem nem reclamar do frio que fazia no bairro da Mooca.

Minha principal e primeira lembrança do cheiro do café vem do preparado por minha tia Eliud, no tempo em que morei com meus tios em São Paulo, na Rua Cuiabá no bairro da Móoca (feliz coincidência!), por ocasião de um curso de pós-graduação que fui fazer lá (nos meados dos anos 1980 não tinha grande oferta de cursos a distância). Minha tia Eliud fervia o café já com açúcar no bule, e o cheiro me levantava da cama, mesmo com o corpo reclamando para ficar devido ao frio. 

Apesar de ser natural de São Paulo (nasci na Consolação, maternidade Leonor de Barros, já extinta), fui criado desde os cinco anos na cidade do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana de Recife. Minha mãe nasceu em Correntes e meu pai é de Vitória de Santo Antão, cidades do interior de Pernambuco, e eram adeptos aos chás (capim-santo, hortelã da folha miúda, erva cidreira, boldo) e fui criado sem ter café em casa até, nem no café da manhã nem ao jantar. Quando fui fazer esse curso, fui iniciado por minha tia nos segredos do (bom) café feito à maneira dela, que procuro imitar até hoje e, confesso, não consegui repetir.


sábado, 26 de maio de 2012

Café, Gente e Papos Bacanas - Hugo Wolff e o Coador D'Elisa

Ricardo Icassatti Hermano

Já falamos aqui do cafeicultor Hugo Wolff, proprietário de duas fazendas no município de Ibiraci, nas Minas Gerais. É na Portal da Serra e na Guanabara que ele e sua "família Stark" (brincadeira com Game of Thronesproduzem o excelente Wolff Café, já testado e aprovado pelo Café & Conversa. Fizemos contato através do Twitter, de onde ele conheceu o blog e acabamos formando uma boa amizade.

Conversando daqui, tomando um café dali, descobrimos que o Hugo é da espécie de cafeicultor criativo, inventor, experimentador e desenvolvedor de novas técnicas de plantio, manejo etc. Ele é persistente, paciente, meticuloso como deve ser para que qualquer pesquisa e/ou experimento tenha uma base sólida, fundamentada em dados precisos. 

Essa semana ficamos sabendo que há um ano o Hugo vem desenvolvendo uma pesquisa inédita e que o Café & Conversa divulga com exclusividade para as(os) suas(seus) leitoras(es). Ele se inspirou em um método chinês de coar chá para modificar e incrementar o nosso manjado coador de pano. A esse novo coador, ele deu o nome D'Elisa.

"Em homenagem à minha querida mãe Elisa", nos revelou. 

Mas, vamos saber como foi essa experiência através do próprio Hugo Wolff que, a nosso pedido, gentilmente nos remeteu um texto explicativo. Vamos a ele.


Estimulado pela discussão que acompanhei no Café & Conversa sobre o melhor material para um coador de café, se papel ou pano, resolvi buscar uma terceira alternativa em vez de tentar aprimorar esses métodos já consagrados. Passei alguns dias pensando a respeito e resolvi fazer um teste com seda, inspirado num método chinês de coar chá.

A opção pela seda é por ela ter uma porosidade parecida com a do papel úmido, boa resistência ao tempo como o pano, mas sem absorver gosto dos cafés coados. Para isso, é preciso ser metódico em lavar e secar ao sol o coador. 

Para o experimento, a seda de oncinha
foi o que deu para arranjar

Em um ano de testes, não constatei contaminação com sabor de cafés antigos. A coloração marrom e aromas de café na seda foram perceptíveis, mas se tiver a disciplina de lavar com água quente toda vez que usar e secando ao sol, a intensidade não atrapalha futuras extrações.

O coador de seda surpreendeu, além de ser muito chic
   
Não consegui fazer testes com outras sedas. Com a que fiz, constatei neste um ano, a existência de gosto residual leve da fabricação do tecido. Acredito que uma seda de melhor qualidade  e incolor não apresente esse problema. De qualquer forma, minha intenção foi comprovar o comportamento deste material durante um período relativamente longo coando café.

Preste atenção às instruções e não pergunte
onde o Hugo conseguiu essa seda de oncinha ...

A moagem (até 15 minutos da infusão) é a mesma utilizada para coador de papel, assim como o ritual de extração, ou seja, o tecido deve ocupar toda a lateral e fundo do coador, ser aquecido antes de adicionar o café moído, o café deve ser umedecido e o "bolo de café" deve ser homogenizado para, posteriormente, quando adicionar mais água, a infusão possa ocorrer igualmente em toda a massa. Não adicionar água muito acima do nível do café, tendo que manter ao fogo o recipiente com água para mantê-la a 92°C durante o processo. 

É de fundamental importância que a xícara de café esteja pré aquecida para a bebida não sofrer choque térmico; isso "apaga" a complexidade do café, caso possua.

Essas foram as minhas conclusões sobre esta ideia. Acredito valer a pena investir em coador de seda. É requintado, oferece ótima qualidade na extração e dura bastante tempo. Recomendo que utilize uma seda incolor, pois o processo de tintura pode alterar o sabor do café de maneira indesejável. 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Café, Gente e Papos Bacanas - Cheiro de café e de livros

Romoaldo de Souza      

Foi um sucesso nossa campanha, aqui no Café & Conversa, para que nossos ouvintes na CBN Recife e os leitores do blog contassem suas memórias de bons cafés. Aos poucos vamos publicando as histórias, como a de hoje escrita por Maria Augusta Leite Moreira. Ela mora em Recife e costuma frequentar a Livraria Cultura onde toma um Suplicy. 

"Num cantinho especial da memória está  um momento de descontração, prazer, bom papo e um  o delicioso café, tomado em companhia do meu filho mais velho, o Guilherme. Nosso lugar favorito foi a Livraria Cultura em Recife. Ele acabara de chegar de um tour pelo Chile, com a noiva, e foi me contar suas impressões. Temos duas paixões, em comum, livros e café. E nada melhor que os grãos de café oferecidos, na cafeteria da Cultura para degustarmos e papearmos a vontade. Fui tudo de bom, e não tem preço! Maria Augusta Leite Moreira".



Maria Augusta gosta de sentir, simultaneamente, dois cheiros marcantes;
do café e dos livros. Por isso prefere uma cafeteria
que está situada no bairro de Recife Antigo


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ganhe 10 canecas do Café & Conversa

Romoaldo de Souza

Quer ganhar uma caneca como esta? Saiba mais
Desde quando o café chegou no Brasil, em 1727, trazido da Guiana Francesa, pelo alferes Francisco Melo Palheta, lá se vão 285 anos que representam muito trabalho, dedicação e, certamente, muitas e saborosas xícaras de café.

Hoje, além de ser o maior produtor de café do mundo, o Brasil tem se esmerado pela qualidade. Os melhores cafés do mundo, mesmo aqueles blends, aquelas misturas renomadas, tem uma boa quantidade do café do Brasil.

No mercado interno, o consumo tem aumentado. Estamos entre os maiores do mundo, mas além desses números que são importantes para a economia, o brasileiro tem aprendido a tomar café.

Não faz muito tempo, as pessoas escolhiam café pelo preço. Hoje, boa parte dos consumidores exige qualidade, mesmo sabendo que vai pagar um pouco mais por isso.

Já que o Dia Nacional do Café, nesta quinta-feira, marca o início da colheita em boa parte do país, esperamos que todos tenhamos boas colheitas, de amigos, de lealdade e de bons cafés.

Faça como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tenha sua própria caneca do Café & Conversa 
Bom, e para comemorar este dia, vamos distribuir dez canecas do Café & Conversa.


Escreva um parágrafo, dizendo quais são as lembranças que você tem das vezes que tomou um café e mande por e-mail para cafeconversa1@gmail.com 

Um abraço e bom café!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cappuccino Turbinado

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Dia desses vimos na internet a receita de um drinque gelado feito à base de café, que nos pareceu absolutamente delicioso. Mas, entramos no Inverno mais cedo este ano, o tempo está ideal para frequentar cafeterias bacanas, vestir casacos e o frio exige bebidas quentes. 


Essa foto ilustra bem o que estamos falando: Cappuccino Turbinado


Por isso, resolvemos adaptar a receita esquentando os ingredientes, mudando uma coisa aqui e outra ali e rebatizamos para Cappuccino Turbinado. Bebida para esquentar o corpo e a alma. Anote aí a receita e peça ao barista da sua cafeteria predileta para prepará-la ou faça em casa.





Ingredientes

- 1 café espresso (50 ml)
- 45 ml de licor de amêndoas
- 1 colher café de essência de baunilha
- 100 ml de leite vaporizado

Preparo

Misture a baunilha ao licor de amêndoas e ao espresso. Vaporize o leite e adicione a mistura do espresso. Pronto. Agora é só tomar o seu Cappuccino Turbinado, de preferência em boa companhia e com uma boa conversa.

Um abraço e bom café!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cafeína, a "bala de prata" contra celulite

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Dessa pesquisa científica eu tenho certeza que as mulheres vão gostar. A eterna luta contra a celulite pode estar chegando ao fim, pois cientistas descobriram que a cafeína pode ser a arma de destruição em massa que vai acabar com o tormento feminino. Mas, vamos lembrando que, como os médicos recomendam, o melhor tratamento contra a celulite é prevenir. Nada de frituras, refrigerantes, fumo e álcool.

Também não pode esquecer das atividades físicas regulares. A notícia boa é que a cafeína foi incluída na lista dos alimentos que podem ajudar no combate à celulite por ser um agente lipolítico. Segundo a pesquisa publicada no Journal of Cosmetic Dermatology, a cafeína ajuda a quebrar gordura e, dessa forma, eliminar as indesejáveis celulites. Os benefícios podem ser obtidos de duas maneiras.

A primeira é tomando café, mas evitando o açúcar que se metaboliza em gordura, que vira celulite. A segunda maneira é através da aplicação de creme, cujo princípio ativo seja a cafeína. Os cientistas aplicaram uma solução de cafeína a 7% nas regiões do corpo mais afetadas pela celulite. Ao final de um mês, eles constataram redução na circunferência das coxas em mais de 80% das pacientes.

No quadril, a redução aconteceu em 67,7% das mulheres.As mulheres odeiam a celulite e lutam muito para eliminá-la. Muitas vezes sem sucesso. Nós, homens. não  ligamos muito para isso, desde que não seja uma coisa exagerada, claro. Mas, se as mulheres já não se embelezam por nossa causa, também não é por nossa causa que lutam contra celulite.




Um abraço e bom café!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Café e Imortalidade

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Uma notícia na semana passada deixou os apreciadores de café em polvorosa. É que pesquisadores dos vários National Institutes of Health espalhados pelos Estados Unidos, decidiram aprofundar uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, que concluiu que beber uma xícara - ou mais - de café por dia pode ajudar a reduzir o risco de morte causada por doenças crônicas, como diabetes, derrame ou problemas cardíacos e respiratórios. Resumindo, o bebedor de café vive mais.

Mas, antes que alguém comece a tomar litros de café, vamos logo avisando que se você não descobriu a Fonte da Juventude ou não entrou para a Academia Brasileira de Letras, esqueça a imortalidade. Por enquanto e graças ao café, é possível afirmar que dos 400 mil homens e mulheres que foram monitorados por mais de 13 anos, os que consumiam seis xícaras ou mais de café por dia apresentaram um índice de mortalidade 10% mais baixo que os demais participantes. As mulheres, sempre privilegiadas, apresentaram um índice 15% menor. No período da pesquisa, 13% dos participantes faleceram.



A notícia não tão boa é que os cientistas observaram que os efeitos parecem diminuir conforme o consumo. Quanto menos café você bebe, menor será o efeito sobre os riscos de morte. Ou seja, não pare de tomar café. Os pesquisadores assinalaram que o café tem mais de mil compostos diferentes que podem influenciar nos índices de mortalidade, como antioxidantes por exemplo. Apesar do estudo parecer indicar que tomar muito café não faz mal como se pensava, não significa que o consumo excessivo está liberado. Como tudo na vida, o equilíbrio e a moderação sempre serão uma regra obrigatória do bem viver.

A não ser que você prefira entrar para a Academia Brasileira de Letras ou que tenha descoberto a fonte da juventude, é bom saber que o café revitaliza


Um abraço e bom café

domingo, 20 de maio de 2012

O Corvo, uma horripilante história de amor

Ricardo Icassatti Hermano

Você entregaria a sua vida para salvar a vida de outra pessoa que não fosse um filho? Em caso afirmativo, por que? Eu só conheço duas opções: o heroísmo e o amor. Esse é o tema central do filme O Corvo, uma ficção elaborada a partir da estranha circunstância da morte do escritor, poeta, romancista, editor, boêmio e aventureiro, Edgar Allan Poe, interpretado pelo ator John Cuzack.

Cartaz do filme

O precursor da literatura de ficção científica, fantástica e policial, foi encontrado nas ruas de Baltimore trajando roupas que não eram as suas e em estado de delirium tremens. Faleceu no hospital quatro dias depois. A causa precisa da sua morte nunca foi apurada e suas últimas palavras foram: "Está tudo acabado. Escrevam: Eddy já não existe"

Edgar Allan Poe e o detetive Fields se unem para
investigar série de assassinatos

Os roteiristas do filme, Ben Livingstone e Hannah Shakespeare, partiram daí para criar uma ficção sobre a causa da morte do escritor que é considerado o criador do gênero policial noir e do horror psicológico. Mas, apesar de ter ficado famoso por seus contos góticos, Poe também escreveu sátiras, contos de humor e hoaxes (farsas, lendas urbanas). 

Capitão Hamilton, claro, não gosta nada da relação de Poe com sua filha

O filme apresenta uma versão em que um serial killer utiliza as obras de Poe para cometer seus assassinatos, reproduzindo as mesmas cenas. Nesta versão, a noiva do escritor, Emily Hamilton, interpretada pela gata Alice Eve, é sequestrada pelo serial killer e utilizada como moeda de troca pela vida do escritor. Embora o filme tenha muita ação e todo o clima de horror psicológico das obras originais de Poe, também nos conduz por uma bela história de amor.

O filme, claro, tem um colírio chamado Alice Eve ...

Após o primeiro assassinato, a polícia logo identifica a semelhança com um dos contos de Poe, que passa a ser elemento chave nas investigações. Outros assassinatos se seguem, sempre copiando algum conto ou poema, e a cada um deles pistas são deixadas para que possam encontrar Emily antes que morra. Poe também é obrigado a publicar no jornal da cidade um conto sobre o assassinato ocorrido e o que sente em relação a isso. No último conto, ele também apresenta uma solução.

Assassino copia cenas dos contos e poesias de Poe

Para dar coerência ao roteiro, as últimas palavras de Poe foram alteradas.  Devido ao estilo que foi um marco na literatura norte-americana, as perdas que sofreu, ao tipo de vida que levou e mais a circunstância da sua morte, o escritor se tornou uma lenda e abriu um sem fim de possibilidades e especulações. Material de primeira para filmes e livros. 

Houve um tempo em que contos e poesia eram publicados em jornais

Além de Cuzack e Alice, fazem parte do elenco os atores Luke Evans, na pele do detetive Fields; e Brendan Gleeson; que faz o pai da moça Capitão Hamilton. O que eu gosto nesses filmes retratando cenas do século XIX é o linguajar. Como era rico o vocabulário e como se dava importância ao bem escrever. Adoro ouvir aquela verborragia, aqueles adjetivos todos, os xingamentos criativos. 

Às vezes, sinto que estamos involuindo, quando vejo o que se escreve nos jornais, revistas e especialmente na internet, onde as abreviaturas já tomam o lugar das palavras. A música se reduziu a um ritmo repetido ad aeternum. Logo estaremos grunhindo e pulando seminus em torno de fogueiras, comendo batatas chips e tomando Red Bull. Peraí!!! Isso já está acontecendo!!! Corram para o cinema e assistam O Corvo. É um excelente filme. Veja o trailer:


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Café e Amizade

Romoaldo de Souza

Sou do tempo que um texto de reportagem era escrito com a primeira letra capitulada, comando que o Blogspot não aceita, mas aguardem, em breve teremos mudanças. Gostaria que o ésse do "Sou do tempo" fosse bem maior que as outras letras. Dava um charme. Da mesma forma que gosto de letras com serifa, para dar visibilidade no texto. Ah! É isso. 

Vamos falar de café, enfim, essa introdução é para dizer que teremos em breve novidades por aqui. Possivelmente só depois do Dia do Café, nesta quinta-feira, 24 de maio, mas que elas virão, certamente virão.

Nem consigo extender mais, mas os traços são bonitos
e provoca vontade de tomar um café...

Olhando essa pequena ilustração, recordei do dia em que imprimimos nossas canecas e levei uma delas para ser batizada na Cachoeira dos Arcanjos, na Chapada dos Veadeiros. Pode parecer superstição, e não é. Mas, o Café & Conversa tem dado prazer, audiência na Rádio CBN Recife e ajuda a construir amizades. Muitas!

Viajamos mais de 200km para batizar a caneca do Café & Conversa em Alto Paraíso de Goiás. Um verdadeiro paraíso repleto de cachoeiras, gente interessante e uma charmosa cafeteria bem bacaninha, como é a Confraria do Café



Indo a Alto Paraíso de Goiás, não deixe de dar uma passadinha na
Cachoeira do Arcanjos. Na volta, tome um espresso na Confraria do Café

Hoje, por sinal, estamos falando de necessidades básicas que os donos das cafeterias precisam enfrentar. Mão de obra! Escute o podcast! 




quinta-feira, 17 de maio de 2012

Contagem regressiva para o Dia do Café

Romoaldo de Souza

Estamos fazendo a contagem regressiva para as comemorações do Dia do Café. A pergunta de hoje é se a cafeteria que você frequenta tem bom atendimento, se a internet funciona. Vamos falar desse tema? Escute o podcast abaixo. 

Luciano Lima "Papo-Firme" um dos primeiros ganhadores da caneca do Café & Conversa quando entrevistava o pessoal do blog. Era o começo de uma parceria que promete




quarta-feira, 16 de maio de 2012

O poder agregador do café

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Os alemães da cidade de Karlsruhe estão descobrindo o poder do café como agregador e cimentador de amizades. Os micro torrefadores e sócios da Coffee Geeks, Julius e Mathias, faziam experiências de torra com vários tipos de café e de várias procedências. Quando se deram conta, tinham tanto café torrado que não conseguiriam consumir antes que estragasse. Assim, tiveram a brilhante ideia de repartir aquele café com a comunidade e acabaram criando o Movimento Espresso Grátis (The Free Espresso Movement).

Desde junho de 2011, nas tardes de domingo, Julius e Mathias abrem a janela do apartamento térreo onde fazem as torras e distribuem espressos gratuitamente a quem passar por ali. A distribuição dura de três a quatro horas e já virou evento na cidade. As pessoas se surpreenderam, adoraram os cafés especiais e levam bolos, tortas e outras gostosuras para comer com o café. O evento também se tornou uma grande oportunidade para conversar e fazer novas amizades. Recentemente, Julius e Mathias abriram a sua própria cafeteria e inauguraram um web site e pretendem espalhar a ideia pela Alemanha e pelo mundo.





Para os alemães pode ser uma novidade esse poder aglutinador do café. Mas, nós brasileiros já sabemos disso há pelo menos 200 anos. Essa cultura do café azeitando conversas em lanches no final da tarde faz parte das boas memórias de quase todas as famílias brasileiras. Especialmente aquelas que vivem no interior, onde a vida tem menos pressa. Mesmo nas cidades grandes, o café sempre vem acompanhado da conversa, do congraçamento, da troca de ideias e experiências. Por falar nisso, você já tomou o seu café e bateu um papo?

Um abraço e bom café!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mousse de café

Romoaldo de Souza

Ontem, tivemos uma agradável surpresa quando a chef e jornalista nas horas de inspiração, Adriana Nasser, recomendou uma receita exclusiva de mousse de café.

A foto é um ilustração para incentivar você a fazer com a jornalista Adriana Nasser e preparar uma mousse de café, especialmente, para esta terça-feira. Por que terça? Ora, porque sim!

Não pensei duas vezes, antecipei todas as pautas e cá estamos nós, com as dicas da nossa orientadora. Um abraço e bom café!


Ingredientes

• 1/2 envelope de gelatina em pó sem sabor
• 1 xícara (chá) de água morna
• 2 colheres (sopa) de café solúvel
• 1 lata de Leite Condensado
• 200 g de creme de leite fresco batido em chantilly
• raspas de chocolate para decorar

Preparo

Dissolva a gelatina em meia xícara (chá) de água. Acrescente o café solúvel nessa água e misture bem. Junte o leite condensado e misture bem. Aos poucos vá acrescentando o chantilly e decore com raspas de chocolate e leve para gelar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Café e gatos

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

O café pode ser apreciado sob vários aspectos além do aroma, sabor e aparência na xícara. O café é um produto tão versátil que tem até um lado exótico para agradar a todos mesmo. A Embrapa Agroindústria de Alimentos acaba de formular uma bebida feita com café solúvel, extrato de soja e açúcar. Basta colocar o pó em água quente ou fria, mexer e pronto, lá estará uma bebida mista que pode ser considerada saborosa, saudável e nutritiva, mas nunca será café.

A única foto de gato tomando café é esta, do compositor
e cantor Chico Buarque, que para muitos ainda é um gato
Café de verdade só pode ser obtido através da infusão dos grãos moídos na água quente. Mas, é compreensível que a indústria de alimentos queira criar produtos mais baratos e que possam alimentar uma população que não para de crescer. Segundo o Censo 2010, já somos a 5ª população do mundo. É preciso alimentar toda essa gente e, assim como nossas avós colocavam água no feijão, a soja está sendo adicionada a quase tudo, pois aceita bem qualquer sabor. Essa bebida da Embrapa pode até lembrar café, mas definitivamente não é café.



Outro exotismo vem de Viena, capital da Áustria, onde inauguraram a primeira cafeteria europeia com gatos. A dona do estabelecimento, Takako Ishimitsu, importou a novidade do Japão, onde esse tipo de cafeteria virou moda. Ela adotou cinco gatos abandonados, que ficam pela cafeteria interagindo com os clientes. Foram precisos três anos para atender às exigências sanitárias e obter a licença de funcionamento. A cafeteria tem 50 lugares e, segundo a dona, pode tornar feliz todos aqueles que não podem ter gatos em casa. Deve ser realmente muito relaxante e podem apostar que logo logo a moda chegará ao Brasil

Veja esse vídeo feito na japonesa Neko Cat Cafe.


Um abraço e bom café!

Battleship - Ação X Estória

Ricardo Icassatti Hermano

Na sexta-feira da semana passada, estava me preparando para assistir o estreante Battleship e saí procurando na internet tudo a respeito do filme. Lá pelas tantas, me deparei com uma crítica de cinema, que reviveu a surrada diferença entre homem e mulher. A crítica, cujo nome não me recordo, reclamava da falta de uma "estória", que o filme é cheio de efeitos e que é inspirado no velho jogo "Batalha Naval".

Cartaz do filme

Essa crítica (bem como as mulheres em geral) parece ainda não ter entendido que um filme de ação não pode ser inspirado no romance Orgulho e Preconceito da escritora inglesa Jane Austen. Estórias cheias de emoções conflitantes, sofrimento apaixonado, virgindades exasperantes, galãs e mocinhas pudicos, restrições de toda ordem, não combinam com guerras contra alienígenas que querem destruir o nosso planeta.

Porta-aviões alienígena

Quem vai assistir um filme de ação e ficção científica não se sente enganado pelos efeitos digitais, pois é muito difícil produzir um filme sem alienígenas dispostos a emprestar suas naves, suas armas e atuar no filme. Fica difícil sem os efeitos digitais. Ninguém iria ao cinema assistir esse tipo de filme se as naves fossem maquetes com fios de nylon. A única coisa que incomoda os fãs do gênero é a falsa ciência.

Os efeitos digitais são excelentes

Neste filme, o roteirista foi preguiçoso e os atores bem canastrões. Um deles, o Alexander Skarsgård, que é um vampiro gay num seriado de TV, faz o papel de um comandante da Marinha Americana e parece não ter se dado ao trabalho de providenciar um laboratório para tornar a sua canastrice minimamente verossímil. Não dá para acreditar que um comandante em plena operação de guerra assista naves alienígenas caindo, uma estrutura gigantesca sair do mar e sua única reação é se esparramar na cadeira, botar as pernas para cima e dizer que acha aquilo tudo "esquisito", enquanto toma café em sua caneca. Ridículo como o vampiro que "interpreta" na TV. Ainda bem que morre logo no início.

EUA e Japão lutam lado a lado contra alienígenas no Havaí

A preguiça do roteirista também está nas falas. Copia descaradamente o genial físico e cosmólogo Stephen Hawking, que alertou para o perigo de enviarmos sinais de rádio para o espaço sideral em busca de vida inteligente. Segundo ele, uma visita de extraterrestres à Terra seria como a chegada de Colombo à América, "o que não terminou muito bem para os nativos americanos", salientou. E o pior é que colocaram essa frase na boca de um personagem absolutamente patético. Achei até desrespeitoso. A linha mestra do enredo é a receita de bolo do rebelde talentoso que salva o mundo e acaba se enquadrando socialmente.

Artilharia pesada contra lagartixas espaciais

Fora isso, o filme mistura Transformers com Armageddon. Pelo menos não pisaram na bola na parte do embasamento científico. E extraterrestre bonzinho é coisa do Spielberg. Se uma raça de outro planeta consegue chegar até a Terra é porque possui uma tecnologia muito, mas muito superior à nossa. E qual seria seu interesse em vir até aqui? Nos ajudar? Curar o câncer? Acabar com a fome? Punir nossos políticos corruptos? Pois é, Colombo e nativos americanos, Pizarro e Incas, Cortez e Maias ...

Qualé lagartixa? Tá achando que vai ser moleza? 
Tá pensando que é o Homem de Ferro?

Mas, Battleship se salva como diversão pura e simples apesar dos atores. Para dar alguma respeitabilidade ao filme, colocaram lá fazendo escada o Lean Neeson, que deve ter embolsado uma boa grana. Nada melhor para o domingo que uma dose cavalar de tiros, explosões e porradas num bando de alienígenas malvados que ameaçam o nosso American Way of Life. Vão se catar em outro sistema solar, pô! Assista o trailer: