Brasília amanheceu neste domingo com uma garoa fina, típica dessa época do ano. Na região do Lago Norte, a temperatura estava oscilando entre 17º e 18º C. Para o lado do Morro do Urubu, uma pequena serração revelava um microclima que lembra a serra de Petrópolis no Rio de Janeiro, guardadas as devidas proporções. As janelas estão entreabertas.
O cenário é este. Próprio para um excelente café da manhã. De preferência na cama. O blog Café & Conversa vai contribuir sugerindo um café que criou um grande buchicho no meio cafeeiro e vem fazendo sucesso. A companhia para degustá-lo fica por conta do leitor.
O café que provamos hoje, chama-se Café Gourmet Piatã. Essa denominação "Gourmet" não passa de uma invenção marquetológica desnecessária, porque essa classificação simplesmente não existe entre as internacionalmente instituídas. É apenas uma invenção genuinamente brasileira e não significa nada. O certo seria utilizar a classificação "Especial", atestada por provadores profissionais.
O café que provamos hoje, chama-se Café Gourmet Piatã. Essa denominação "Gourmet" não passa de uma invenção marquetológica desnecessária, porque essa classificação simplesmente não existe entre as internacionalmente instituídas. É apenas uma invenção genuinamente brasileira e não significa nada. O certo seria utilizar a classificação "Especial", atestada por provadores profissionais.
Mas, preste bem atenção à marca. Piatã é o café que conquistou o primeiro lugar com 91,08 pontos do Júri Internacional, no 10º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil, em novembro deste ano. É plantado na Chapada Diamantina, na Fazenda Divino Espírito Santo, localizada no município de Piatã, na Bahia, e está sendo vendido no mercado internacional a R$ 15 mil a saca de 60kg. Só para que o leitor tenha uma idéia. Uma saca de café comum, custa entre R$ 200 e R$ 300.
Ganhar esse prêmio não é mole não
Para uma região que já foi próspera em diamante, a Chapada Diamantina é conhecida atualmente pela exuberância do turismo e suas lindas cachoeiras. Mas, economicamente falando, em nada se compara à riqueza do século 19, quando foi uma das maiores exportadoras de diamantes para a Europa.
Situada a 1,4 mil metros de altitude e com temperaturas que chegam a 10º nas madrugadas frias, a Chapada Diamantina reúne as condições ideais para o cultivo do café do tipo arábica e a região descobriu uma nova vocação. Plantar café e ganhar prêmios. Vamos assistir um retorno aos bons tempos?
Agora podemos chamar de Chapada Cafeína
Acabo de passar o Café Piatã numa french press. O café tem corpo aveludado, baixa acidez e um toque que eu chamo de ligeiramente doce, com nuances de caramelo, mas que os produtores da região preferem chamar de “doce-de-melaço-de-cana-de-açúcar”. O retrogosto é bem acentuado e perdura por muito tempo. Os grãos são frutados, com predominância de amora.
O som para acompanhar o seu café da manhå é da banda francesa Deep Forest, Sweet Lullaby, que descobri quando fazia pesquisa para o programa Música do Mundo, na Rádio Cultura FM, e conta a história da formação da música cigana.
Romoaldo de Souza
Meninos, o blog ta cada vez melhor. Fico de longe so curtindo. Romi, beijinhos.
ResponderExcluirTbém tive oportunidade de experimentar o Piatã. Muito bom o café baiano, o q prova q as alterações climáticas já alteram o perfil da agricultura no Brasil, a tradicional zona produtora do Sudeste perde espaço para novas fronteiras. Faltou dizer no blog q este café em breve estará disponível em uma nova cafeteria em Brasília.
ResponderExcluirOba! Informação nova.
ResponderExcluirQual seria essa cafeteria???