quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Música do Dia - Can Atilla - Aşk I Hürrem


Romoaldo de Souza

Recebi hoje, um pacote entregue pelos Correios. Tinha muitas lembranças por lá, mas vou falar do CD de Can Atilla, "Aşk I Hürrem". Música turca para alguns, universal para nossa leitora e seguidora Heleny Galati. O álbum "Aşk I Hürrem" contém a música que apresentamos hoje, aqui no Café & Conversa.

Surpreendente, esse trabalho de Can Atilla. Imperdível!

Música é algo impressionantemente púbico e pessoal. Sou do tipo de pessoa que mantém ouvidos abertos e mente alerta para perceber algo que possa tocar, provocar e fazer sentir "diferente".

Andando pelo
Palácio de Topkapi, em Istambul, ouvi uma música que me fez pensar em flutuar ao mesmo tempo em que trouxe imagens de épocas distantes. Perguntei sobre a música à menina que estava ao meu lado. Descobri que ela não falava inglês. Fiquei com aquele som na mente.

Antes de sair do museu, parei na loja e ouvi a música novamente. Percebi que estava destinada a ela. Olhei a minha volta, uma moça sorriu para mim. Decidi perguntar a ela se sabia que música era aquela e descobri
Aşk I Hürrem ou Amor de Hürrem.

Lembrei então da história que Firat, um amigo turco, havia me contado sobre Hürrem ou Roxelana e Süleyman, Tha Magnificent.

Roxelana era a esposa estrangeira do sultão. De origem ucraniana seu legado para artes e música trouxe inspiração a muitos, inclusive a Joseph Hydn que escreveu a Sinfonia no. 63 sobre ela.

Uma esposa estrangeira raridade entre os sultões otomanos. Foi uma história de amor e construções. Terras distantes e superação de diferenças. Perfeito.

Pedi à vendedora que me mostrasse o CD, uma coleção
de músicas que trazem os haréns otomanos, a vida na corte e acima de tudo a certeza de que mesmo os sultões cedem ao amor de forma irrevogável.

Flautas, tambores e toda a tradição musical turca segue de trilha em trilha. É para saborear em local tranquilo, com um bom café turco e a mente vagando pelo universo.

Um abraço carinhoso ao pessoal do Café & Conversa.

Heleny Galati



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