Romoaldo de Souza
Lendo uma discussão na internet, sobre o comentário de uma jornalista paraibana, a respeito do Carnaval, e sem querer tirar a razão de quem gosta da festa, fiquei pensando em alguns fatos marcantes, à época em que pegava meu saxofone alto, Veril, depois um Yamaha, e saia de casa, para tocar no Carnaval, por um trocados. Bem um trocadilho, tocando por uns trocados.
Não era, mesmo, pelo dinheiro. Recordo bem, que a última vez que enfrentei essa empreitada não recebi nem R$ 800. E ainda tinha um agente público perguntando se a gente assinaria um recibo num valor maior. Foi denunciado, perdeu o cargo de comissão, mas já está de volta, com a ascenção do partido dele. Essa gente se multiplica com uma facilidade impressionante.
O tempo passa (“o tempo voa”) e eis que estou nesse “retiro” mais que espiritual, ouvindo a música de que gosto, sem atentar para o play da TV e sequer dar uma espiadinha no Carnaval do Rio, de São Paulo, da Bahia ou mesmo de Recife. Como não tenho mais intenção de criar uma legião de seguidores dos meus princípios, me abstenho de dar qualquer opinião sobre Carnaval.
Até porque, certamente, no balanço que a Polícia Rodoviária Federal fizer na Quarta-feira de Cinzas, a notícia sobre os acidentes nas estradas já será essa análise. Tomara que corra tudo bem. Se bem que tem motorista que corre que é uma beleza.
Coisa simples, Romoaldo, instiga minha mente. Coisas simples era meu propósito quando comecei a ouvir Michael Bublé, cantando Always On My Mind. Pois não é que recordo de momentos interessantes que podem ser classificados como simples. Como um telefonema, um abraço, uma xícara de café. Um oi!
Pessoas importantes na sua vida, que às vezes vão sendo deixadas “nessa longa estrada da vida”, quando poderiam ser reconquistadas com um alô. Um torpedo. Dependendo da operadora, grátis.
Agora mesmo, recordei de uma professora que tive na infância. Ela insistia que eu tinha jeito para bancário. Oh, um menininho de quatro, cinco anos e a professora já sabia o que eu seria.
O único banco que eu conhecia, era o banco da praça. Não fazia a menor idéia do que minha professora falava, mas eu fui gostando da fantasia. Até que um dia a professora chegou na minha carteira - como eram chamadas as bancadas dos estudantes - e sentenciou.
Um mês depois, a professora me passou uma receita. Eu tinha de decorar a fórmula química da Cibalena, um analgésico que marcou minha infância. “Dimetilaminofenildimetilpirasolona”. Não sei para que serve, mas serviu para a professora parar de me encher a paciência e deixar de ameaçar de que eu nunca seria nada na vida, sendo canhoto.
Então. E o que as pequenas coisas têm a ver com tudo isso? Tudo. Always On My Mind já foi cantada por muito gente: Pet Shop Boys, Willie Nelson, Elvis Presley. Mas eu preferi trazer essa versão com o canadense Michael Bublé.
Por dois motivos. A versão de Bublé está fundamentada num impecável quarteto. Um piano, um baixo, guitarra e bateria, o que deixa a melodia harmoniosamente integrada. Preste atenção no “diálogo” da voz de Bublé com o piano. Sinta como a guitarra “arma” o momento para o baixo se sobressair. Arranjo simples, mas inconfundível!
Bom, isso sem perder de vista esse casaco que o canadense está usando. Já copiei esse vídeo para vários amigos que estão com o passaporte carimbado para o Canadá. Eu quero um casaco desses. Tamanho G. Simples, não?
Always On My Mind
Wayne Thompson, Mark James & Johnny Christopher
Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time
You were always on my mind
You were always on my mind
Tell me, tell me that your sweet love hasn't died
Give me, give me one more chance
To keep you satisfied, satisfied
Maybe I didn't hold you
All those lonely, lonely times
And I guess I never told you
Im so happy that you're mine
If I make you feel second best
Girl, Im sorry I was blind
You were always on my mind
You were always on my mind
Tell me, tell me that your sweet love hasn't died
Give me, give me one more chance
To keep you satisfied, satisfied
Little things I should have said and done
I just never took the time
You were always on my mind
You are always on my mind
You are always on my mind
Ufa! Lendo as alternativas de que duspunha, achei que fosse incluir Zezé de Carmargo & Luciano, cantando Always on My Mind em português...
ResponderExcluirRealmente, o casaco do cantor é bonito!
Marcante!
O entendimento do que vem a ser simples é tão profundo... Mas é certo que a simplicidade e a pureza caminham lado a lado! Nos veremos!
ResponderExcluirObrigado, "Anônimo", agora, Mais e Mais Cafés, certamente teríamos outras opções, por razões obvias, não foram lançadas, como Richard Clayderman, Willie Nelson e até o argentino Chris de Burgh
ResponderExcluirJá ouvi comentários maldosos sobre o Bublé. Já vi quem o chamasse de brega e tudo mais. Eu, particularmente, adoro. Tem um ótimo repertório, uma voz suave e uma banda que sabe valorizar as canções e versões.
ResponderExcluirAdorei essa, que não conhecia.
Bom post mais uma vez prof!
ResponderExcluirAinda bem que vc é canhoto e bancos não contratam an?
Seria uma pessoa "super interessante" a menos no planeta cheio de pessoas iguais!
An?
Michael Bublé, Romoaldo?... Esperava mais de um homem tão erudito musicalmente.
ResponderExcluirBeijos e bons cafés!
Isabela.
Michael Bublé, Isabela Raposeiras! Bom dia!
ResponderExcluirMichael Bublé, Isabela Raposeiras! Você prestou atenção no casaco? Bom dia!
ResponderExcluirFecho os olhos e ouço... Danço em um lindo salão, devagar e sempre sonho, Boa Romoaldo.
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