Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza
Não é novidade que o agreste pernambucano produz café. Na região de Garanhuns, os cafezais são parte da paisagem há 80 anos. O problema é que por ali não se produzia um café de qualidade devido ao manejo tradicional dos grãos, à falta de uniformidade e à baixa produtividade, cerca de nove sacas por hectare. Só para ter uma ideia, em estados como Paraná, São Paulo e Minas Gerais, os cafeicultores estão colhendo 20 sacas por hectare. Como resolver isso para entrar no mercado de cafés de especiais?
A solução veio com a parceria entre o Sebrae e os cafeicultores de Garanhuns para modernizar e profissionalizar a produção de cabo a rabo. Os cafeicultores estão aprendendo a melhorar a gestão do negócio e já criaram uma associação para comercializar em conjunto a produção. Eles também aprenderam sobre o valor de estarem plantando boa parte do café de maneira orgânica, sob as árvores das matas e sem agrotóxicos. O resultado foi que em pouco mais de um ano a remuneração dos cafeicultores aumentou até 100%.
Além disso, estão fornecendo cafés especiais diretamente para cafeterias e para o programa de merenda escolar. O próximo passo a ser dado pela Associação dos Produtores Orgânicos de Taquaritinga do Norte (Aprotaq) será a instalação de uma torrefadora própria. Com isso, pretendem baixar o custo e beneficiar os produtores que não dispõem de condição financeira para investir um volume maior de recursos. O Sebrae também ajudou a criar a marca "Cafés Especiais de Pernambuco".
Além disso, estão fornecendo cafés especiais diretamente para cafeterias e para o programa de merenda escolar. O próximo passo a ser dado pela Associação dos Produtores Orgânicos de Taquaritinga do Norte (Aprotaq) será a instalação de uma torrefadora própria. Com isso, pretendem baixar o custo e beneficiar os produtores que não dispõem de condição financeira para investir um volume maior de recursos. O Sebrae também ajudou a criar a marca "Cafés Especiais de Pernambuco".
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Um abraço e bom café!
Sou de Pernambuco e estou muito interessado em conhecer de perto os produtores de cafés daqui. De nome, conheço o Yaguara.
ResponderExcluirAcho que, assim como na vanguarda da Cana de Açúcar, das uvas do Sertão, Pernambuco pode sim ser destaque também nos cafés.
Quem sabe um dia não configuramos entre os melhores no Cup of Excellence?