Ricardo Icassatti Hermano - Texto
Romoaldo de Souza - Locução do podcast
Desde que assisti, quando criança, ao desenho animado da Disney chamado "Os 101 Dálmatas", me tornei um amigo e defensor dos animais. Essencialmente cães, gatos, camundongos e passarinhos. No meu universo infantil, a fauna se resumia a isso. Os insetos não mereceram minha compaixão. Desde então, essa área de proteção dos animais se uniu ao ambientalismo e cresceu muito, com ONGs pelo mundo todo.
E foi justamente uma dessas organizações, a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), que fez pressão e convenceu três hotéis de Hong Kong a fazer alterações em seu café da manhã, retirando do cardápio o famoso e caro café Kopi Luwak. Segundo a PETA, a produção do café esconde traços de crueldade animal, pois os grãos são retirados das fezes de animais mantidos em cativeiro sob condições debilitantes.
Como acontece em fazendas de criação de gansos na França, os civetas - o animal que se alimenta dos grãos de café e depois os defeca - são presos em jaulas e alimentados à força para produzirem maior quantidade de café. O quilo do Kopi Luwak chega a valer US$ 400 nos Estados Unidos. A PETA começou uma campanha em outubro, publicando relatórios com denúncias de crueldade na mídia local e em um vídeo no Youtube.
Os hotéis que tiraram o Kopi Luwak do café da manhã são o Langham Hotel, o InterContinental Hotel e o Landmark Mandarin Oriental. Os três alegaram desconhecer a crueldade com que os animais eram tratados. O Café & Conversa apóia essa campanha e qualquer outra que acabe com a crueldade contra os seres humanos também ou que seja contra a crueldade em geral. Veja o vídeo da PETA.
Um comentário:
Realmente, não há prazer que se justifique com a dor alheia, seja humana ou animal.
Marta Mir
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