domingo, 11 de agosto de 2013

Café no InCor

Ricardo Icassatti Hermano - Texto
Romoaldo de Souza - Locução do podcast

"
É claro que a fotografia mostra "um outro tipo de coração
Mas esse imaginário ou o coração real, sempre haverá
um coração carecendo de cafeína 
Temos noticiado aqui várias pesquisas científicas sobre os benefícios do consumo diário e moderado de café. Mas, todas foram feitas em outros países. E no Brasil? Bem, aqui o Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas, em São Paulo, vem pesquisando há quatro anos e chegou à conclusão que não há evidências de que o café seja ruim para pessoas com problemas no coração.

A pesquisa vem sendo desenvolvida na Unidade Café e Coração, instalada no InCor, por meio de parceria com o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e analisou o comportamento de mais de 100 voluntários através de diferentes baterias de exames feitas periodicamente com pacientes que tomavam café. O estudo descobriu inclusive diferentes efeitos do café de torra clara e o de torra escura. A média de idade dos voluntários varia entre 53 e 54 anos. Cerca de 60% dos pacientes eram saudáveis e 40% possuíam doenças coronárias. Todos obtiveram respostas muito similares.

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O dr. Luiz Antonio Machado César, que é o diretor da Unidade de Coronariopatias Crônicas do InCor desde 1998, concluiu que o café não faz mal à saúde se tomado em quantidades moderadas e habituais - até quatro xícaras ao dia. Ele baseou sua afirmação na avaliação que fez sobre os efeitos do café na pressão arterial e no coração de pacientes que já têm doenças coronárias.

O diretor disse que os estudos foram realizados com café arábica e com blends (composição de grãos diferentes), mas ainda falta estudar os efeitos do café descafeinado e do café espresso. Ele disse ainda que gostaria de fazer testes com pessoas diabéticas que não tomem remédio, pois estudos recentes sugerem que os diabéticos que tomam café vivem mais tempo do que os diabéticos que não tomam. O dr. Luiz assinalou que pesquisas nessa área concluíram que a cafeína e o ácido clorogênico induzem o indivíduo a responder melhor à sua própria insulina.

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