Romoaldo de Souza
Ei! Passou gente! Agora, é hora de reatar algumas amizades que conseguiram sobreviver a esse vendaval de baboseiras. "Militantes" políticos que recebem por debaixo do pano, caixa 2, essas coisas a gente sabe que elas existem e num país como o Brasil não há a menor chance de cortar pela raiz. Então, volto a falar de paixão. De algo que, realmente, engrandece a alma, mesmo do mais convicto agnóstico. Paixão!
E hoje, escolhi um tema aparentemente corriqueiro. A paixão de dois sapos. Quando andei flertando com o Caribe, tentanto explorar a região, sem me deter no ensandecido apoio que muitos jovens da minha (então) idade davam ao regime de Fidel Castro, conheci o grupo Ska Cubano. O ritmo, as letras, a coreografia dos nova-iorquinos com sotaque de salsa, ska, rumba e um pouco de jazz.
Ao contrário de muitos que foram a Santiago de Cuba, fumar charuto com o (ex)comandante Fidel, Ska Cubano foi entender as nuances das escalas musicais cromáticas, comuns no calipso de Cuba. Foi sentir o que o Rock e o Reggae tinham para ofertar a uma fusão de estilos do crème de la crème da música cubana.
Pois bem, certo dia, Léo um sapinho solitário e sonhador, desculpem a redundância, não tinha como deixar fora esse clichê. Bom, voltando a Léo, o sapinho romântico, que decidiu sair por aí a passear. Despretenciosamente. Eis que numa dessas poças d'água, Léo encontra Lia, uma sapinha pra lá de serelepe. Dessas sapas ruivas, pele avermelhada, perfumada. Cheirando a lodo.
- Hum, especial. Você sabe ser especial, minha ruiva! - disse Léo, com um olhar de Alain Delón e voz de locutor de rádio com sotaque latino.
Com um olhar de quem quer, mas finge desinteresse, Lia deu com os ombros e saiu. Os outros sapinhos, que já conheciam Lia de outras lagoas, comentaram entre eles.
- Esse é mais um que caiu na rede. Entrar é fácil. Quero vê-lo sair - disse Don, um historiador e contador de casos.
"Ruiva Lia, aceita meu amor pelo resto da minha vida?", perguntou Léo
"Não. prefiro até que dure esse inverno frio", respondeu Lia
Bom, o resto é escutar a música Tungarara que escolhi para esta segunda-feira.
Tungarara
Isaac Villanueva
Así es que canta la rana
Cuando ella ve a su sapito
Y cuando ella está enamorada
Canta como un “sarapito”
Tungarara ...
El sapito le contesta "cui cui"
Ella con su carterita "cui cui"
El sapón con su bocota "cua cua"
Y ella con su carterita "cui cui"
El sapón con su bocota "cua cua"
Cuando está entrando en la noche
Se sienta a esperar al sapo
Y a la orillita del charco
Se durme con gran reproche
Tungarara..
El sapito le contesta "cui cui"
Ella con su carterita "cui cui"
El sapón con su bocota "cua cua"
Y ella con su carterita "cui cui"
El sapón con su bocota "cua cua"
Y ella con su carterita "cui cui"
El sapón con su bocota "cua cua
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