segunda-feira, 3 de junho de 2013

Café e a Química

Ricardo Icassatti Hermano - Texto
Romoaldo de Souza - Locução do podcast

Você sabia que toda vez que passa e bebe um café está fazendo também um experimento químico? O grão de café possui uma série de compostos que, depois de passarem pela torra, reagem de diversas maneiras com a água quente. Cada tipo de café também tem substâncias químicas distintas e em porcentagens diferentes. Alguns deles são transformados durante a torrefação e outros completamente destruídos. Para ter uma ideia, apenas o perfume que sai da sua xícara tem mais de 800 compostos aromáticos.

Além da cafeína, um alcaloide do grupo das xantinas, é possível encontrar no seu cafezinho diário substâncias como aminoácidos, ácidos alifáticos, carboidratos, purinas, lipídios, glicosídeos, trigonelina, sais minerais e potássio. 


Estrutura química da cafeína

A cafeína libera adrenalina e bloqueia a adenosina, responsável pelo relaxamento que prepara corpo e mente para o sono. Com isso, o batimento cardíaco é acelerado, glicose extra é liberada para dar energia ao corpo e a intensidade de atividade mental é aumentada. Após cinco minutos do seu consumo, a cafeína se espalha por todo o corpo, podendo chegar até o córtex cerebral.

Como todo alcaloide, a cafeína também causa dependência química, ou seja, vicia. Quando consumida como café comum, o seu efeito estimulante é passageiro. O consumo excessivo de cafeína pode levar à morte, mas a dose letal para uma pessoa adulta de 70 kg é de 10 g. Essa dosagem equivale a 100 xícaras de café, 200 latas de refrigerante de cola ou 50 kg de chocolate.

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