Ricardo Icassatti Hermano
Imagine 13 anões feios, barbudos, sujos e mal educados à procura de um ladrão que os ajude a roubar uma montanha cheia de ouro. Eu sei, mas não, não estou falando de mais um escândalo de corrupção. Até porque os anões e anãs indiciados pela Polícia Federal são bandidos. Os 13 anões a que me referi são os herois do primeiro filme da trilogia O Hobbit, uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey), baseado em premiado livro do filólogo e professor britânico J. R. R. Tolkien, publicado em 1937. A trilogia foi dirigida por Peter Jackson, o mesmo diretor da trilogia O Senhor dos Anéis.
Cartaz do filme
O fato de ser o mesmo diretor garantiu a manutenção da uniformidade na narrativa e da atmosfera geral. Meu filho Gabriel e eu sentimos a mesma emoção da trilogia anterior - e lá se vão 10 anos - assim que o filme começou. Foi um enorme prazer mergulhar naquele universo novamente, rever alguns personagens, as novas técnicas de filmagem e os novos efeitos digitais, vibrar com a aventura.
Bilbo, Gandalf e os 13 anões
Uma das novidades é que o filme foi rodado em 48 fps (frames por segundo), o dobro da velocidade tradicional. Com isso, o grau de realismo é imenso, prolonga o movimento não percebido pelos olhos e ressalta a qualidade dos efeitos digitais. No início é meio estranho. Afinal, não estamos acostumados. Mas, logo normaliza. As cenas com o Gollum chamado Sméagol, são fantásticas. Apenas não vi necessidade do filme ser em 3D. Não acrescentou absolutamente nada alem de lucro ao cinema, que cobra mais caro a entrada.
Sméagol cada dia mais real
Jackson também repetiu o esquema de trabalho, rodando os três filmes de uma vez e entregando ao ávido público um por ano. Assim, teremos em 2013 The Hobbit: The Desolation of Smaug, e em 2014 The Hobbit: There and Back Again. Ainda sem título em português.
Gandalf meio que revela o que fuma naquele cachimbo ...
A história é anterior ao Senhor dos Anéis, quando o hobbit Bilbo Bolseiro era mais jovem. Ele é convocado pelo mago Gandalf para ajudar aqueles 13 anões a recuperar a montanha cheia de ouro de onde foram expulsos pelo dragão Smaug. O hobbit se incorpora à troupe como "ladrão", pois os anões precisam de alguém com essa expertise para enganar o dragão.
Para ajudar os anões, Bilbo precisa se transformar num ladrão
Daí em diante, começa a grande viagem, que sempre é a melhor maneira de se contar uma história. Como toda viagem que se preze, o percurso é cheio de perigos e os personagens passam por um processo de amadurecimento. Bilbo, por exemplo, aprende muito sobre o que é realmente valioso na vida. Estão lá os famigerados Orcs e os Trolls comedores de gente.
Um dos Trolls, muito humor também
Os Orcs agora são digitais. Eram mais assustadores no Senhor dos Anéis porque eram atores caracterizados. Ainda temos a novidade dos lobos Warg, que servem de montaria para os Orcs. Também estão lá os Elfos e sua fabulosa cidade Lothlórien, além da belíssima rainha élfica Galadriel, interpretada pela não menos bela Cate Blanchett.
É uma deusa? É uma elfa? É tudo isso. É Cate Blanchett ...
E mais não contarei, porque seria uma deslealdade para com os fãs de Tolkien. Mesmo aqueles que leram o livro. O filme, claro, não é absolutamente fiel ao livro. Algumas situações precisam ser alteradas para se adaptar à linguagem cinematográfica. Mas, como teremos uma trilogia, é bom saber que a história não será diminuída.
Anões são grandes guerreiros e totalmente selvagens
O que posso dizer é que se trata de mais uma obra prima, um filmaço, uma aventura fantástica e imperdível, com todos os ingredientes que apreciamos. O Café & Conversa assistiu, gostou, aplaudiu, quer mais, vai assistir novamente e recomenda. Veja o trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário