domingo, 7 de julho de 2013

Guerra Mundial Z, manual completo de sobrevivência

Ricardo Icassatti Hermano

Quando o apocalipse zumbi chegar - e vai chegar -, não coloque uma arma na mão de um cientista e nem um telefone celular na mão de uma mulher. Vai dar problema. Quando eu achei que já sabia o suficiente para sobreviver na Zumbilândia, recebo essas duas valiosas lições assistindo ao recém lançado filme Guerra Mundial Z junto com o meu caçula. Uma produção inteiramente montada em torno do ator Brad Pitt, que faz o papel principal: um investigador da ONU que é meio cientista e meio black op


Cartaz do filme

A vida está sorrindo para o ex-investigador da ONU Gerry Lane (Brad Pitt), sua esposa Karin Lane (Mirelle Enos) e duas adoráveis filhas. A mais velha é asmática. Aí começa uma epidemia desconhecida e incontrolável que transforma as pessoas em zumbis no prazo recorde de 10 segundos. Basta uma dentada. E aqui o filme se diferencia dos demais, onde os zumbis querem não apenas morder os vivos, mas também devorá-los. Neste filme, a epidemia se parece com a hidrofobia e o vírus quer se espalhar.


Ele só quer salvar a família

A história parece que foi criada apenas para o Brad Pitt. Todo o restante do elenco atua como "escada" para o galã. Isso torna o filme ruim? Não que eu tenha notado, porque o enredo é muito bom e os novos zumbis são extremamente assustadores e nos deixam tensos o tempo todo. Mas, o tal investigador (era ex, mas como é a cocada preta dos investigadores, acaba sendo recrutado para achar o que poderia ter iniciado a epidemia) parece o James Bond ou o Ethan Hunt de Missão Impossível. 


Pai de família, black op, investigador da ONU e matador de zumbis

O cara luta com zumbis em todos os lugares do planeta e vence. O cara sabe usar qualquer arma, de pé de cabra a granada. O cara sobrevive a uma queda de avião que ele mesmo provocou. O cara anda quilômetros com um pedaço de fuselagem atravessado na barriga. O cara injeta vírus em si mesmo e sobrevive. O cara é casado com a Angelina Jolie. O cara é foda! E também é bonitão. Aliás, Brad Pitt é a carta na manga para você convencer a sua namorada, noiva, esposa, ficante,  peguete, irmã, prima, mãe, tia, avó, a assistir a um filme de zumbi. O cinema estava cheio de mulheres, a maioria desacompanhada. Não acredito que, de uma hora para outra, passaram a gostar desse tipo de filme.


A mulherada vibra ...

A história tem umas mentirinhas? Tem, como todo filme deve ter. Uma delas é os militares americanos se preocupando em salvar diplomata da ONU. É de gargalhar. Outra é o Brad Pitt casado com mulher feia. A mulherada adora uma mentira sincera ... e Hollywood sabe como fazer isso. Os efeitos especiais são muito bons e os zumbis são um espetáculo à parte. É impossível não traçar paralelos com as manifestações populares no Brasil e no mundo. A população cresce e não tem para todo mundo. Uma hora as hordas vão botar para quebrar ou já estão botando pra quebrar. Felizmente, ainda não no nível de apocalipse zumbi. 


Manifestação popular? Não! É passeata zumbi mesmo

Li por aí que o final seria bobo e dá margem a uma continuação. O final não é bobo, pois é totalmente compatível com a trajetória do heroi. É clichê? Claro que é, e daí? Também li por aí que a continuação já começou a ser produzida. Espero que sim porque esse é o melhor filme de zumbi que vi desde Zombieland. Mas, esse era uma comédia. Meu caçula adorou e se sentiu aliviado quando terminou, tal o grau de tensão provocado pelos zumbis tresloucados e acelerados.


Quer sobreviver? Então não deixe de ler este livro

Não dá para contar mais que isso porque senão corro o risco de estragar o prazer alheio. Portanto, se você quer ver como será o apocalipse zumbi, aprender algo útil para a sua sobrevivência, ficar bastante tenso e se divertir, o blog Café & Conversa recomenda a película Guerra Mundial Z com a cotação cinco canecas. Entretenimento para toda a família e pode assistir até depois de comer. Não tem perigo de enjoar. Veja o trailer:


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