Ricardo Icassatti Hermano
A Resistência Francesa (La Résistance), cujos integrantes eram chamados "Maquis" ou "Partisans", gerou milhares de estórias que viraram livros e filmes. Em alguns casos, viraram boatos, rumores, fuchicos e lendas. Essa rede de guerrilha e espionagem que atuava na clandestinidade numa França ocupada pelos nazistas, lutou contra o Eixo e os seus delegados colaboracionistas de 1940 até a libertação em 1944.
Cruz de Lorena, símbolo escolhido por De Gaulle para a Resistência
O movimento de resistência começou no Norte, com franceses que não aceitavam a submissão aos nazistas, imposta pela vergonhosa política colaboracionista do Marechal Pétain. A chamada Revolução Nacional acabou com os partidos e os sindicatos. Isso fez com que os diversos grupos de resistência dispersos se unissem para combater o "inimigo comum".
Partisan na França ocupada pelos nazistas
A Resistência Francesa também ficou famosa pelas mulheres que a integravam e que não se submeteram à famigerada "nova ordem moral" imposta pelo Marechal Pétain: "mulher em casa". A "nova ordem moral" foi inspirada nos Três K's de Hitler, que são as iniciais das palavras em alemão usadas para restringir as mulheres à maternidade, à cozinha e à igreja ...
Esse moralismo autoritário gerou no governo francês uma série de políticas anti-feministas nas áreas da educação, do trabalho e até da sexualidade. As mulheres francesas foram literalmente à luta. Com obstinação e competência, pegaram em armas, mataram e morreram para que emergisse uma nova definição de mulher.
Irena Demick, atriz que interpretou uma das mulheres
que lutaram na Resistência, no filme The Longest Day (1962)
O nosso Marechal Pétain atende pelo nome de um molusco e está colocando o Brasil a serviço de ideologias fascistóides e projetos tenebrosos. Colaboracionismo de Megalonanicos. O Eixo aqui é representado por uma Aliança das Trevas entre coronéis do atraso, que pretende dominar e exterminar toda a liberdade do país. O método é o mesmo utilizado pelos nazistas, com um maciço volume de propaganda mentirosa. E, dentro dessa propaganda, a tentativa de substituir o senso crítico dos cidadãos por pesquisas de opinião fajutas.
Aqui no blog, a resistência se resume a uma trincheira, de onde disparo opiniões e exerço a minha liberdade de expressão com algum humor. Por enquanto é possível. Ainda temos uma Constituição e um Poder Judiciário meia boca. Escolhi o arroz como símbolo dessa resistência, inspirado nos vietnamitas e nos povos do deserto. Eles sabem tudo sobre resistência.
Como prometi, todos os dias, até a eleição, vou postar receitas que tenham o arroz como principal ingrediente. Quero viver num país decente. Quero que meus filhos vivam num país decente. Quero que meus netos tenham essa oportunidade também. Portanto, vou fazer a minha parte e resistir.
Arroz com Curry, Tomate e Ervilha
6 porções
Ingredientes
- 1 1/2 xícara de arroz integral
- 1 colher sopa de azeite de oliva extra virgem
- 1 cebola pequena picada
- 1 colher sopa de gengibre ralado
- 1 dente de alho ralado
- 1 1/2 colher chá de curry em pó
- 1/2 colher chá de sal
- 1 lata de tomates pelados em cubos, sem o soro
- 2 1/3 xícaras de caldo de legumes (ou de galinha)
- 1/2 xícara de ervilhas congeladas, descongeladas
Preparo
Pré-aqueça o forno a 190º.
Espalhe o arroz no fundo de uma travessa (20 cm X 20 cm).
Numa panela média, em fogo médio-baixo, junte o azeite, a cebola, o alho, o gengibre, o curry e o sal. Refogue por 80 a 10 minutos, até que a cebola esteja transparente. Adicione os tomates. Refogue por 2 minutos. Adicione o caldo de legumes. Assim que levantar fervura, desligue o fogo.
Derrame a mistura do caldo sobre o arroz na travessa. Cubra a travessa com folhas de alumínio e leve ao forno por 70 minutos (1 hora e 10 minutos).
Retire a travessa do forno e espere esfriar uns minutos. Adicione as ervilhas, misture e sirva.
Estamos na trincheira, mas o arroz é nota 10
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