Café de tucumã. O que será isso?

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza


Sabe o tucumã, fruto de uma palmeira espinhosa, o tucumanzeiro, muito utilizado na Amazônia para extração de óleo, manteiga e azeite? A polpa do tucumã também é utilizada na produção de sorvetes, iogurte, bolo e o X-Caboclinho, um sanduíche regional que leva presunto, queijo coalho e a polpa do tucumã.

Pois não é que a professora de química Alessandra Lopes Guimarães, de uma escola pública do Amazonas descobriu que o tucumã pode virar café? A descoberta se deu por acaso, quando a professora e os alunos pesquisavam as potencialidades do tucumã.

Segundo pesquisadora, juntamente com os alunos sentiram um cheiro muito forte e semelhante ao cheiro do café. Fizeram algumas análises e chegaram ao café de tucumã, que, por não ser da família do café, é naturalmente descafeinado. 

Fruto de uma palmeira, o tucumã dá nome a uma cidade paraense, serve para fazer farinha e agora foi descoberta uma qualidade ímpar: café. Aqui, o fruto fotografado para o blog Portal São Francisco

O resultado da pesquisa foi apresentado e degustado pelos cientistas presentes à reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Foi um sucesso!

Ainda não experimentamos esse novo produto, mas a professora garante que o pó obtido do tucumã tem o mesmo aspecto e aroma do café tradicional. 

O café de tucumã está em fase experimental e ainda não é produzido comercialmente. Mas, se alguém souber como é possível obter um pouco dele, gostaríamos de experimentar e fazer alguns testes.