segunda-feira, 30 de julho de 2012

Batman, o fim da trilogia

Ricardo Icassatti Hermano

Desde que comecei a ler gibis lá na infância, o Batman sempre foi meu super-heroi predileto. Sabe por que? Porque ele era o mais humano de todos, era limitado fisicamente e não tinha super poderes. Batman dependia única e exclusivamente da sua inteligência, das suas habilidades, da sua grana, dos seus equipamentos e da ciência. Assim mesmo, enfrentava inimigos super poderosos e os vencia. Chegou até a enfrentar o Super Homem num gibi memorável.

Cartaz do filme

Foi com um misto de ansiedade, curiosidade e tristeza que fui assistir com a filharada e nora o último filme da trilogia sob a responsabilidade do excelente diretor Christopher Nolan, que também assina os roteiros junto com seu irmão Jonathan Nolan, além de David S. Goyer e Bob Kane. Turma da pesada. Sabiamente, optaram por não utilizar o efeito 3D. Nem todo filme pode ou deve usar esse efeito. Um bom filme não precisa disso e pode até ser estragado pelo 3D.

Christian Bale se despede do personagem que o consagrou

Estava ansioso porque era um novo filme do Batman e já chegou cheio de polêmica por causa do americano psicopata que matou 12 pessoas num cinema, durante a exibição do filme. Estava curioso para saber como haviam equacionado o fim da trilogia. Haviam muitas hipóteses, que iam da simples aposentadoria até a morte do homem morcego. E triste porque uma era estava terminando. Vai ser difícil bater essa trilogia.

Além de bilionário, Bruce Wayne tem bom gosto para mulheres

Os três filmes tiveram o que se poderia conseguir de melhor, do roteiro ao elenco, da equipe técnica aos efeitos digitais. Criatividade a mil e a serviço do nosso entretenimento. Como deveria ser sempre, tudo baseado em histórias já publicadas nos gibis. Melhor que isso é impossível. O filme tem quase três horas de duração. Ao final, parece que se passaram 15 minutos e ficaríamos felizes se ainda tivessem outras três horas. 

A moto está de volta e aprimorada 

Vamos ao que interessa. O filme está mais centrado no bilionário Bruce Wayne. Calma, ainda tem muito Batman. Mas, o diretor explorou exatamente aquilo que gosto: as limitações humanas do super heroi. Lembrem-se que no filme anterior, o Batman sai de cena assumindo a culpa pela morte do procurador que enlouqueceu e matou a sua amada. Bruce Wayne vive essa tristeza buscando o isolamento.

Pancadaria? Tem bastante

Além disso, ele está sentindo todo o peso das lutas que enfrentou e que se manifestam na forma de cicatrizes, lesões, fraturas e, claro, o envelhecimento natural. Mas, o surgimento de um novo vilão tão violento quanto pernicioso, leva ao retorno de Batman, pois a polícia de Gotham City não dá conta. Para ressurgir, o nosso heroi precisa cair primeiro.

O populismo usado como arma

Esse vilão, de nome Bane, é um mercenário, criminoso, que assusta  menos pelo tamanho dos músculos e pela violência do que pelo discurso populista esquerdopata. Sim, o vilão faz discurso político seguindo a safada cartilha comunista. Sempre afirmando estar agindo em nome do povo, ele cria o caos, detém o poder bélico e implanta o estado de terror em Gotham. É justamente esse populismo barato que nos assusta porque vivemos isso há nove anos. 

Bane, vilão com discurso populista, esquerdopata e safado

Para enfrentar esse esperto vilão, Batman faz aliança com uma ladra (nada a ver com os pilantras Lulla e Maluf), Selina, interpretada pela gatíssima Anne Hathaway. Em nenhum momento ela é chamada de "Mulher Gato" porque simplesmente não é, apesar da roupa insinuar o contrário. As orelhas de gata são apenas os óculos que ela coloca para cima. Em todo caso, não faria feio como Mulher Gato porque ela é uma gata. Acho que já disse isso.

É muito gata, mas não é a Mulher Gato

Vamos abrir um parêntese aqui. Anne Hathaway é uma dessas raras mulheres que não ficam feias de jeito nenhum. Há uma cena em que ela aparece vestida de alta costura. Vocês irão concordar comigo quando digo que ela nasceu para se vestir daquele jeito. Uma deusa!

Estou certo ou errado?

O filme tem a dosagem habitual de pancadaria, explosões e perseguições alucinadas pela cidade. Batman conta com seus veículos habituais, mas com vários aprimoramentos, e uma nova e sensacional aeronave. O filme tem reviravoltas espetaculares e uma bela performance do mordomo Alfred. Há uma cena em que se faz um grande silêncio. Os espectadores nem respiram e o silêncio ecoa do lado de cá da tela. Poucas vezes presenciei isso.

Como diz o dito popular: lugar de mulher é atrás do tanque ...

Mais não conto. Vão assistir o filme e se emocionar como nós nos emocionamos. O último filme dessa trilogia é absolutamente espetacular. O Café & Conversa assistiu, gostou e recomenda. É imperdível!!! Vejam o trailer.


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