quinta-feira, 5 de julho de 2012

O ritual do café

Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

Outro dia desses, um amigo, Cillas Amaral, se espantou ao aceitar meu convite para um café e me ver envolvido em um ritual que começava na moagem do grão e terminava na espera de exatos quatro minutos para completar a infusão. Ele me perguntou por que eu me dava ao trabalho de percorrer tantas etapas para fazer um simples café, se poderia usar café em pó ou até mesmo cafeteiras com refil descartável.

Disse ao publicitário que, apesar de não parecer, o processo é bastante simples depois que adquirimos algum conhecimento sobre o café e técnicas de extração da bebida. Ali mesmo, eu havia apenas moído café em grão, um pouco mais grosso para utilizar na cafeteira french press; aquecido a água até 99°, que é a temperatura máxima possível em Brasília devido a altitude; misturado o pó na água e aguardado quatro minutos para coar o café.


 

Ressaltei que o mais importante era o prazer do momento e do ritual. Saber o que se faz, como se faz, por que se faz e fazer direito é um grande prazer. Além disso, o ritual representa o exercício da paciência, o aprimoramento da destreza e a busca pela perfeição. Aconselhei meu amigo a fazer o mesmo, tirar 15 minutos por dia e se dedicar ao prazer de fazer um excelente café, sentar-se confortavelmente e apreciar o resultado. E me convidar também, claro!

Para quem quer saber mais, sobre a cafeteira french press:


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