Ricardo Icassatti Hermano - Texto
Romoaldo de Souza - Locução do podcast
Sabe aqueles dias em que você sente vontade de devorar comidas gordurosas, o almoço tem quantidade dobrada, os biscoitos só podem ser do tipo recheado e todos os doces têm que ser cobertos por uma grossa calda de chocolate? Pois é ... depois vem a culpa, a denúncia gritante da balança e a tristeza diante do espelho. Mas, certamente nesses dias você pulou o café da manhã. Duvida?
Pesquisadores do Imperial College London ficaram curiosos com esse comportamento das pessoas mudarem subitamente o hábito alimentar e resolveram investigar. Eles fizeram exames de ressonância magnética em 21 pessoas que deixaram de tomar o café da manhã e descobriram que isso fez com que elas comessem mais na hora do almoço, além de se sentirem atraídas por alimentos mais calóricos ao longo do dia.
A pesquisa consistia em colocar os voluntários no aparelho de ressonância magnética e lhes mostrar fotos de alimentos calóricos. Os exames eram feitos durante vários dias e os voluntários alternavam entre não tomar o café da manhã e se alimentar uma hora e meia antes do exame com uma refeição de 730 calorias.
Os exames mostraram que, quando se pulava o café da manhã, o cérebro mudava a resposta às fotos de alimentos "gordos", mas não às fotos dos alimentos "magros". A parte do cérebro chamada córtex orbitofrontal, que é responsável pelo apelo à comida, se ativava quando o voluntário de barriga vazia via a foto do alimento "gordo". No almoço servido em seguida, os voluntários comiam 20% mais calorias. Nutricionistas acreditam que o café da manhã esteja ligado à estabilização dos níveis de açúcar.
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