terça-feira, 28 de setembro de 2010
Wall Street: Money Never Sleeps
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
A música do Dia - Maria Moita - Rosália de Souza
Da modinha, um jeito lírico e sentimental de se fazer música, até os grandes compositores como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, a música brasileira tem uma das mais brilhantes trajetórias quando o quesito é criatividade, miscigenação e a forma peculiar de expressão.
Em meados do século 17, surgiam os primeiros acordes do que mais tarde veio a ser conhecido como MPB - Música Popular Brasileira - com misturas dos sons indígenas, elementos folclóricos da música portuguesa e o mais marcante que é a influência africana.
No rádio, em 7 de setembro de 1922, a primeira música genuinamente brasileira tocada, se é que a gente pode falar em música genuína, original, foi O Guarani, de Carlos Gomes, abrindo a programação do mais importante veículo de comunicação quando a gente fala de MPB.
A inauguração da “era do rádio” se deu quando o presidente da República, Epitácio Pessoa, fez o discurso na abertura da exposição do Centenário da Independência, usando a estação experimental Rádio Corcovado, montada no alto do morro do Corcovado e a estação experimental da Western Electric na Praia Vermelha. Petrópolis e Niterói, no Rio e na capital paulista, os rádios então recém-importados, captaram o discurso empolgado de Epitácio Pessoa e os acordes de O Guarani que ainda hoje abre a Voz do Brasil
A partir daí, aos poucos, o erudito foi dando espaço ao samba, ao chorinho e suas variações. De Chico Alves, o "Rei da Voz" a Chico Buarque o rei da mulherada, a MPB teve de comer muita poeira. Resistiu às pressões mercadológicas, mas se adaptou. Formou escola e hoje é bastante conhecida no exterior. Se bem que um dos elementos mais importantes da música brasileira é sua batida peculiar.
Sim, porque no estrangeiro o som de Ivete Sangalo faz tanto sucesso como a música de João Gilberto. E o que une esses dois conterrâneos de Juazeiro (BA)? O groove, a batida própria. A marcação do Axé ou da Bossa Nova.
A musica árabe, os ritmos ciganos, o som do caribe, são conhecidos por suas batidas. Estudiosos em percussão, na marcação da música, dizem que groove é essa nuance, é a doçura da batida da música que tanto pode ser na bateria como com instrumento de sopro.
Pergunte a qualquer amante da música se a batida, praticamente nascida do violão de João Gilberto, não é a cara do Brasil!!!
Poderia ficar aqui, escrevendo páginas e mais páginas sobre o Rei do Baião, sobre a influência do jazz, na música do Brasil. Dos festivais aos Beatles. De Arrastão, até chegarmos a Disparada, duas canções vitoriosas em festivais de música.
Da influência que a Jovem Guarda trouxe para as músicas internacionais que eram feitas versões, só para serem tocadas em rádios que não permitiam a entrada dos "gringos", a MPB tem de tudo um pouco.
Da moda de viola, do século passado ao sertanejos de hoje, da Bossa Nova ao Axé. Do Samba ao Pagode ao Funk, enfim a "biodiversidade" musical no Brasil é para todos os gostos. Agora, assim como na natureza tem bichos peçonhentos que a gente não pode nem ver, na música brasileira também tem estilos que causam náuseas. Mas, como tem quem goste de ficar alisando uma barata, tem quem use uma sainha curta e vá curtir um pagode. Essa história poderia ficar só na mini-saia, não é?
Bom, por que falei de MPB? Porque hoje é o Dia da Música Popular Brasileira e antes que reclamem que eu não falo do "nosso" gênero musical, fui atrás dessa impecável interpretação que Rosália de Souza dá para Maria Moita, como o nome já diz…
Natural de Nilópolis, Rosália de Souza foi parar na Itália, onde conheceu o músico Nicola Conte, um dos mais influentes do acid-jazz. Nessa Maria Moita a cantora destaca bem, essa fusão.
Quanto ao vídeo, logo aí abaixo, Maria Moita é a mulher-bala num desses circos de periferia.
Maria Moita
Carlos Lyra
domingo, 26 de setembro de 2010
O Café da Manhã da Fellini Caffè, finalmente!
sábado, 25 de setembro de 2010
Lena Gasparetto e o pink americano
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Vapiano, Flautas, Queijos, Clara e Bebel
A música do Dia - Amanheceu, Peguei a Viola - Renato Teixeira
Romoaldo de Souza
Estava aqui pesquisando sobre o que escrever hoje no blog Café & Conversa. Primeiro me veio a ideia de falar sobre um lançamento, no fim de semana, que tem alguma chance de dar certo.
É que o Fellini Caffè finalmente, depois de muita insistência nossa, vai abrir aos domingos, para servir café da manhã. Ricardo e eu temos insistido muito com a Moema Dourado, dona da cafeteira. Em diferentes oportunidades, escrevemos aqui mesmo que Brasília é muito carente nesse tipo de serviço. Um delicioso café da manhã.
Mas, aí vem uma preocupação. Uma não, duas. Quem sai de casa para um café da manhã num domingo, quer sossego. Quer tranquilidade e comer bem, independentemente do preço.
A Fellini encerra suas atividades à meia-noite, mas antes disso, por volta das 11h30, 11h45, os garçons de lá já começam a colocar cadeiras em cima da mesa, numa atitude que beira a hostilidade.
Por isso, não sei se no próximo fim de semana, mas quando for à Fellini para o café da manhã, se começarem a me enxotar antes que eu termine de comer, de ler o jornal, de navegar pela internet e tomar minha água com gás, vou subir nas tamancas. Precedentes já tenho de sobra.
Bom, mas hoje eu nem queria falar da Fellini, minha cafeteria predileta. É que nesta quinta-feira, comemora-se o Dia Internacional do Filho. Vou ser sincero. Já li de tudo. Da "Wikipedia" ao almanaque distribuído pela farmácia que fica lá perto da casa da minha tia, no interior de Pernambuco. Não sei o motivo, mas que é hoje, é!
Aí peguei o telefone, chamei meu filho para esse café da manhã da Fellini. E ele:
- Ah, pai, domingo estarei em Pirenópolis. Faz uns dez anos que não vou lá - disse Don Diego, ator e diretor de teatro.
Adivinhem o que me veio à mente. Aliás, foram duas lembranças. A primeira foi de um livro que eu lia para Don Diego quando ele ainda era pequenino. O Homem que Calculava, do engenheiro Júlio César de Mello e Souza (1895-1974) que usava o pseudônimo de Malba Tahan.
O escritor "narra as aventuras e proezas matemáticas de um matemático fictício, criado pelo autor; que retrata a vida de Beremiz Samir, recheado de problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática".
O outro livro que me lembrei, agora, foi do escritor de origem libanesa, Khalil Gibran:
- Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas - diz o escritor.
Pronto. Me derramei em lágrimas de saudades.
E, a outra lembrança. E eu dizendo que eram apenas duas. A terceira recordação, vem de um programa de TV que era apresentado todo domingo na Globo. Era o Som Brasil, ainda da época de Roland Boldrin.
Continuo sem saber por que hoje é Dia Internacional do Filho, mas pelo menos me fez ter boníssimas recordações. Essa música de Renato Teixeira era a abertura do programa. Feliz Dia do Filho, filho. Filhos!!!
Amanheceu, Peguei a Viola
Renato Teixeira
Amanheceu...
Amanheceu...
Amanheceu...
Amanheceu...
Amanheceu...