domingo, 23 de junho de 2013

Depois da Terra e a má vontade dos críticos

Ricardo Icassatti Hermano

Confesso que fiquei curioso para assistir ao filme Depois da Terra após ler algumas "críticas" na imprensa. Quando vi a turma descendo o cacete no filme com argumentos pra lá de duvidosos, me lembrei que "crítico de cinema" no Brasil só gosta de filme francês em preto e branco e com muita viadagem no meio. 

Cartaz do filme

Neste domingo fui lá conferir. E eu tinha razão. O filme é bom, dentro do que pretende, e a "crítica especializada" tem muita má vontade com o estilo ficção científica. Já vi "críticos" falando mal até de Blade Runner e Ridley Scott. As maiores objeções são devido ao fato de que Will Smith é pai do protagonista, Jaden Smith, e porque teve conhecimento e dinheiro suficientes para bancar a produção do filme. Inveja é feio e  mata. Por aí se pode medir o que são esses "críticos". 

Sim, o Will Smith bancou o filme para o filho. E daí?

O roteiro assinado por Gary Whitta, Will Smith e pelo diretor da película M. Night Shyamalan é redondo e bem amarrado. O cenário é a raça humana desterrada e vivendo em outro planeta após terem destruído a Terra. Alienígenas querem destruir os humanos e enviam uns animais chamados Ursa, que são cegos mas conseguem sentir o cheiro do medo (ferormônios) exalado pelos humanos. Combatentes chamados Rangers são treinados para matar essas criaturas e o general Cypher Raige (Will Smith) é quem descobre que basta não sentir medo que as tais Ursas não conseguem localizar suas vítimas. Vira um heroi.

As Ursas são uns bichos muito feios e não têm nada a ver
com as gatas da Cátia Seabra

No entanto, sua vida militar o mantém longe da família, que um dia é atacada. Sua filha mais velha é morta por uma Ursa e seu filho pequeno Kitai (Jaden Smith) nada pode fazer e se sente culpado por isso. O pai também não ajuda, pois continua longe da família. O história parte do ponto em que, seguindo as pegadas do pai, Kitai tenta se tornar um Ranger e sua mãe tenta reaproximar o filho do pai. O general resolve levar o filho em sua última missão antes da aposentadoria.

Esses cintos de segurança devem ter sido feitos quando o dinheiro da produção estava no final

Um acidente leva a nave espacial que leva os dois e mais uma Ursa, para o abandonado planeta Terra, agora povoado por uma fauna especializada em matar seres humanos. Na queda, o general Chypher Raige se fere gravemente e cabe a Kitai tentar salvar os dois. Aí começa a jornada de amadurecimento de Kitai, uma viagem sem volta ao mundo adulto, cheia de dor, medo, fadiga e superação. 

A nave espacial é muito invocada, por dentro e por fora

Mais do que isso não posso contar sob pena de estragar a sua diversão. Sim, porque esse filme não pretende nada além de entretenimento com bons efeitos digitais, capricho nas traquitanas tecnológicas e até um possível futuro modelo de iPad. O garoto Jaden está naquela fase difícil em que não somos  crianças, adolescentes nem adultos. Somos uma coisa com uma sombra de bigode e voz esquisita tentando nos afirmar. Mas, ele atuou bem neste filme.

Os efeitos e cenários digitais são bons,
com umas duas escorregadelas aqui e ali

O Café & Conversa assistiu, gostou e recomenda Depois da Terra como diversão para toda a família e os fãs de ficção científica não se desapontarão. Os "críticos" não gostaram, mas não se deixe influenciar pela má vontade deles. Faça como nós e tire suas dúvidas pessoalmente. Por enquanto, sinta um gostinho vendo o trailer:


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