domingo, 29 de junho de 2014

Transcendence e a próxima revolução tecnológica

Ricardo Icassatti Hermano

Muito tempo afastado das salas de cinema. Férias, viagem, resfriado, pepinos para resolver, sabe como é ... Mas, hoje pude retomar um dos meus maiores prazeres e fui com os filhotes assistir ao filme Transcendence, uma boa ficção científica com Johnny Depp, Morgan Freeman, Kate Mara, Rebecca Hall, Paul Bettany e grande elenco.

Cartaz do filme

Inteligência artificial tem sido um tema recorrente no gênero da ficção científica. Seja em andróides (Blade Runner) ou em computadores (O Exterminador do Futuro), a preocupação sempre é o que a máquina fará quando for mais inteligente que nós. Eu sei que não é muito difícil, basta ver quem os brasileiros elegem para governar o país. Um iPhone é mais inteligente que a maioria dos eleitores. 

Dr. Will Caster dando palestra sobre Inteligência Artificial

Escritores e roteiristas acreditam que a máquina vai querer nos exterminar, uma vez que são guiadas pela lógica pura. Nessa visão, somos seres inferiores e estamos atrapalhando a evolução. Esse conflito gera boas tramas na literatura e no cinema. Os fãs de ficção científica agradecem.

Computadores quânticos serão necessários para
alcançar a Inteligência Artificial

O grande nó nesse ramo de pesquisa é que a máquina só será considerada inteligente - e perigosa - quando tiver consciência de si mesma, tiver sentimentos, puder discernir o certo do errado e desenvolver senso de lealdade. Trocando em miúdos, ter uma alma. Enquanto a máquina só puder fazer operações matemáticas na velocidade da luz, será apenas uma calculadora gigante e super poderosa. Nada além disso.

Imagine um cientista com o carisma do Morgan Freeman

Em Transcendence, a preocupação é exatamente a mesma. O Dr. Will Caster (Johnny Depp) é um pesquisador famoso na área de inteligência artificial e é casado com outra pesquisadora, a Dra. Evelyn Caster (Rebecca Hall). Após uma palestra sobre o assunto, o pesquisador sofre um atentado de um grupo terrorista anti-tecnologia comandado pela gata Bree (Kate Mara), quando é envenenado à maneira KGB, com Polônio, um elemento radiativo.

AVISO: Terrorista bonita só em filme

Diante do diagnóstico de que terá apenas mais um mês de vida, sua esposa e seu amigo Max Waters (Paul Bettany) decidem tentar o Santo Graal da inteligência artificial: transferir a consciência de Will para um computador. Claro, a coisa dá certo. Mas, assim que Will começa a se comunicar com Evelyn, já quer mais poder se conectando com os demais computadores. O amigo desconfia e tenta desligar tudo, mas a esposa apaixonada não consegue ver as consequências nefastas do pedido, expulsa o amigo e conecta o marido virtual na internet. Está feita a lambança.

"Caraca véio! A porra toda deu certo!"

Num primeiro momento, a coisa parece estar andando na direção certa. O maridão virtual monta um centro avançadíssimo, com computadores quânticos. Desenvolve nanotecnologia curativa e começa a fazer aleijado nadar, cego enxergar, conserta gente amassada. Mas, toda essa gente fica também conectada a ele. E eles ficam super poderosos. Will começa a criar o que entende ser a evolução a espécie humana. E o resto você pode ver no cinema, senão estrago a sua surpresa e a arrecadação de bilheteria.

A grande mancada é um computador avançadíssimo rodando DOS ...

O filme é muito bom. Tem pequenas falhas, mas tem roteiro excelente, direção segura, efeitos mirabolantes e toda aquela teoria, todo aquele linguajar que gostamos tanto. Além disso, leva a elegância do Morgan Freeman e a beleza das protagonistas. Programa cotação cinco xícaras do Café & Conversa e recomendado para toda a família. Imperdível!


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Café brasileiro, na Copa do Mundo, não agrada a jornalistas americanos

Uma matéria na Globonews, comentando reportagens de correspondentes americanos que estão fazendo a cobertura da Copa do Mundo, mostrou que muita coisa precisa ser acertada. A começar pelos comentários. Uns acham que o café brasileiro "ainda é aquela coisa muito torrada e por isso precisa de muito açúcar". Outros dizem que o melhor "é aquele café passado na meia..." Enfim, esse é mesmo um tema que desperta paixões e, por isso, requer cuidados na hora de expressá-los.


Depois dessa abertura, vamos ao que interessa. Os americanos que estão no Brasil, cobrindo a Copa do Mundo, reclamam que não é fácil encontrar um café de qualidade por aqui, não.

Eles passaram por aeroportos, órgãos públicos, hotéis e nas arenas da Fifa e nada de bom café. Os correspondentes também lançam luz para um assunto importante na economia brasileiro. A de que "o Brasil é o maior exportador de grãos do mundo e o segundo país a conseguir café. Mas, e a qualidade?", questionam.

Quando assisti à essa reportagem lembrei que esse tem sido um tema recorrente aqui no Café & Conversa.
Antes mesmo da Copa do Mundo pegar. Da copa engrenar nós já falávamos, por aqui, do café que os turistas tomariam no Brasil.
 

Café brasileiro na Copa passa longe do controle de qualidade

Os americanos informam que nos aeroportos, nas repartições, nos hóteis e nas arenas, o café servido é de qualidade duvidosa e que quem vier ao pais que mais produz café, pensando que vai tomar um bom café está enganado.

O pior é que há um fundo de verdade nessa matéria. Quem já está no Brasil, quem já conhece as boas cafeteiras, e são muitas espalhadas pelo país a fora, sabe onde tem bom café. Agora, convenhamos, eu já estive em vários jogos da Copa do Mundo e o café, nas arenas da Fifa, é sofrível.

Vamos tomar um outro exemplo. Quem frequenta a rede hoteleira do Brasil sabe que às vezes encontra duas dezenas de itens, no café da manhã. São frutas, biscoitos, bolos, pães, tapioca, cuscuz, ovo, salsicha, uma infinidade de coisas gostosas para serem comidas. Mas, e o café? O café propriamente dito é quase sempre dentro de uma garrafa térmica, de péssima qualidade.

O Brasil, ainda está conhecendo o café que o Brasil produz.




 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Do campo à xícara

A artesã Vera Lúcia Domingues conhece muito bem todo o processo do café, desde o plantio, o momento em que os pés começam a dar flores, os frutos vermelho cereja, a colheita, secagem, torra, moagem e o café passado.

Quando morava no interior de São Paulo, Vera Lúcia lembra que era uma festa na família quando chegava o dia de todos irem ao cafezal realizar a colheita dos grãos.


O fruto vermelho-cereja foi uma das primeiras imagens retidas na retida de Vera Lúcia Foto: Meridiano
Hoje, Vera trabalha com artesanato, e garante que se tivesse tido uma oportunidade, poderia ter montado uma cafeteira, de tanto amor que sente pelo processo do café. E aquele cheiro do café coado remete a essas lembranças do interior de São Paulo quando sentiu o aroma há anos e nunca mais esqueceu.









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sábado, 21 de junho de 2014

Café Colombiano

Com a oportunidade de movimentar a renda do brasiliense e oferecer novas opções para o turista de Brasília, foi lançado o programa de hospedagem Cama e Café, organizado pelo governo de Brasília e que deu muito certo. Mais de 40 famílias colombianas ficaram alojadas em residências próximas ao estádio Mané Garrincha, para acompanhar a partida desta quinta-feira, com a Costa do Marfim.
Além das roupas típicas do país, os colombianos trouxeram o artesanato, as perucas para lembrar o ex-craque Valderrama e muito café.
Por onde passavam os colombianos eram destaque pela festa e animação nas ruas de Brasília. Além disso, eles sabem trabalhar muito bem o marketing do café colombiano.
Foto: Vanguardia.com

Um dos maiores produtores de grãos do mundo, muitos colombianos carregavam garrafas térmicas cheias de café. Em uma das casas que se hospedaram pelo programa Cama e Café, os colombianos deixaram, para trás, três pacotes de café de qualidade. 
Além de saber falar da música, poesia e claro, da seleção comandada por José Pékerman, os colombianos sabem falar sobre seu café, plantado boa parte, nas encostas das montanhas, debaixo das árvores seculares. O que dá ao café colombiano, um gosto um tanto quanto adocicado, de baixa acidez, por causa da pouca incidência do Sol.
E pensar que o Brasil é o maior plantador de café e desperdiçou a oportunidade de mostrar ao mundo os grãos que produz.
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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Café e romance



Algumas pessoas para desabafar tomam doses de whisky, vodka ou vinho. Já a taquígrafa Zarela Díaz, moradora do bairro do Cordeiro em Recife (PE) prefere tomar uma boa xícara de café para contar uma história de amor envolvendo a bebida.
Quando morava em Manaus (AM), Díaz viveu o primeiro amor nas margens do rio Negro quando tinha 17 anos de idade. As águas quentes do rio, o calor úmido de Manaus e o cheiro de café que vinha da única torneadora da cidade marcavam as tardes de namoro.
Foto: Shutterstock
Após muitos anos Zarela resolveu voltar ao local que marcou sua vida, mas a única lembrança que sobreviveu foi o rio Negro. Para relembrar aqueles tempos a taquigrafa tem preparado bules e mais bules de café, todos feitos na hora e com a cozinha tomada pelo cheiro das boas lembranças.




segunda-feira, 16 de junho de 2014

A primeira vez

Desde criança a advogada Jéssica Chalegre ouve os primos e amigos falarem sobre café e vez ou outra sentia o cheiro do café sendo passado, mas a mãe de Jéssica, dona Tiane, não achava saudável que a filha consumisse a bebida.

Jéssica acha que está pronta para começar a poder sentir o prazer de tomar uma bebida tão conceituada e tão bem falada, mas a advogada não sabe por onde começar. Quem deseja iniciar a apreciar o café deve ir em uma cafeteria e pedir um machiatto, que é café com leite e espuma de leite por cima. Dê preferência, o primeiro gole tome sem açúcar ou adoçante para ir acostumando o paladar.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Canjica com Café

Sempre que bate aquela saudade da terra natal, o jornalista Gabriel Garcia dá um jeitinho de pegar um avião e celebrar as raízes nordestinas, em Recife (PE), visitando os parentes.

No Comitê de Imprensa do Senado, Gabriel e outros colegas tiveram a ideia de realizar uma festa junina no local. O jornalista levou dez porções de canjica, conhecido aqui em Brasília como "curau", aquele milho de fazer pamonha com um pouco de canela por cima.
É de dar água na boca (foto: Codo Meletti)

Palpite vai e vem sobre a Copa do Mundo então Gabriel pergunta qual tipo de café combina com comida de milho. Gabriel, os cafés que tenham um pouco de acidez combinam com o doce do milho e ajudam a harmonizar o paladar.

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Café made in Brazil

Além de movimentar o turismo Brasileiro a Copa do Mundo de Futebol vai trazer investimentos ao país. O projeto Copa do Mundo, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) trará cerca de 2.500 compradores, investidores e formadores de opinião de mais de cem países para realizar agendas de negócios e acompanhar os jogos do mundial. 

#VaiTerCafé

Coordenadas pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), durante o campeonato, serão realizadas ações de promoção comercial e atração de investimentos que visam estimular as exportações brasileiras. 

Além disso, serão realizadas rodadas de negócios e visitas técnicas a fazendas produtoras.  O projeto pretende mostrar também, a qualidade e variedade dos grãos que são produzidos no país.






terça-feira, 10 de junho de 2014

Futebol e o café do capitão Lugano

Lugano prefere o café do Sul de Minas (Foto:São Paulo FC)
A copa se inicia em 12 de junho, e as seleções já estão chegando ao Brasil para os jogos desta primeira fase da Copa do Mundo.

A seleção do Uruguai desembarcou em Belo Horizonte (MG) e, ainda no aeroporto, o capitão Diego Lugano pediu um café mineiro. Lugano, que jogou por três anos no São Paulo é acostumado com os cafés brasileiros, as cafeterias de Paris e os drinks espanhóis.

Sem deixar de falar sobre futebol, Lugano disse ao seu colega Luiz Soares que mais do que repetir o "Maracanaço" de 1950, quando o país venceu o Brasil e levou a taça, ele queria ter a oportunidade de conhecer o que as pessoas fazem nas ruas, como vão à praia e como tomam café.

Na primeira fase, o Uruguai joga contra a Costa Rica, em Fortaleza; a Inglaterra, em Natal e a Itália, em São Paulo. Qualquer time que passar por essa peneira, assim como um bom café, estará classificado com honras.