quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Cafeína mostra caminho para tratamento do Alzeheimer

Ricardo Icassatti Hermano

Uma equipe formada por pesquisadores holandeses, americanos e chineses, trabalhando em conjunto com especialistas da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, identificou o possível responsável pelo surgimento de problemas de memória, os receptores A2A para a adenosina. A pesquisa será publicada no jornal Molecular Psychiatry.

A perda de memória causada pelo Alzeheimer pode estar com os dias contados

A adenosina é a molécula que funciona como sinal de stress no funcionamento de vários sistemas do organismo, especialmente no cérebro. Os receptores A2A ficam localizados na membran dos neurônios. 

Os pesquisadores utilizaram ratos de cobaia para verificar, pela primeira vez, que o funcionamento excessivo dos receptores A2A é suficiente para causar danos à memória. No exato momento em que as cobaias desempenhavam as tarefas de memória, foi possível observar que uma  ativação intensa do receptor A2A era suficiente para provocar danos no circuito e gerar problemas de memória.

A qualidade de vida pode melhorar muito graças à cafeína

Essa descoberta é determinante para o tratamento do Mal de Alzheimer, doença incurável caracterizada pela perda de memória, possibilitando o desenvolvimento de novos e mais eficientes medicamentos para bloquear os receptores A2A. 

Estudos anteriores já tinham confirmado que o consumo de cafeína age sobre os receptores A2A e diminui a probabilidade de desenvolver Azheimer. Baseados nisso, os pesquisadores pretendem agora criar moléculas químicas semelhantes à cafeína, capazes de atuar exclusivamente sobre este receptor.

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