sexta-feira, 30 de julho de 2010
PLANTÃO DO CAFÉ
Refeição Memorável
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Jornalismo e Cafeína
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A Música do Dia - Xote Esquentado - Heraldo do Monte
Romoaldo de Souza
Para um país que tem memória cultural que pode ser guardada no miolo de uma ervilha, "tipo assim", renovada a cada "micareta", André Christovam, um dos mais importantes "bluseiros" que o Brasil já conheceu, foi taxativo: "Heraldo do Monte é nosso mestre". Com esse Xote Esquentador, o músico pernambucano mostra as semelhanças harmônicas e rítmicas entre o xote e o blues.
Recorde-se que quando a gente está aprendendo os primeiros passos do xote, a marcação é sempre dois pra lá, dois pra cá. Não é? "Tum, tum, tum, siff". Esse "siff, é uma onomatopéia para a pausa. "Tum, tum, tum, (pausa)". "Tum, tum, tum, (pausa)"
Da mesma forma é a marcação do blues, 4 x 4. Idêntico ao xote. E olha que conheço gente "letrada" e pós-graduada em música, que vai ao delírio mesmo ouvindo blues meia-boca, mas nunca teve "coragem" de analisar as semelhanças entre dois gêneros.
Fala-se muito, que o blues chegou aos Estados Unidos, levado pelo escravos, que cantavam na colheita do algodão, no sul, do país. Já o xote, chegou ao Brasil, trazido pelos portugueses. Ah, alguma coisa boa os patrícios trouxeram.
O xote carrega certa semelhança com a polca escocesa e tem seu nome associado ao "schottisch", palavra alemã que tem significado próximo a escocesa.
Minha professora de alemão, dona Frida, que não passou do "islibidish", mandava que eu repetisse, sempre, "schottisch", "schottisch", "schottisch". Ela adorava meu sotaque nordestinense, e ficava naquilo mesmo. "Schottisch", "schottisch", "schottisch". Resolvemos que entre nós a pronúncia seria xote. É xote, pronto!
Suas noites são de frio? Quer dar uma boa esquentada? Dance xote, dance blues. Dance!
O pernambucano, Heraldo do Monte é de Recife, e começou tocando com gente do naipe de Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Theo de Barros. Não precisa dizer mais nada. Precisa?
terça-feira, 27 de julho de 2010
A Música do Dia - Papel Marché - João Bosco
Fui ao show do João Bosco na sala Villa Lobos, do Teatro Nacional de Brasília. Uma daquelas oportunidades que a gente se sente feliz de ter sabido, aproveitado e curtido.
Ele veio para uma apresentação que faz parte do programa MPB Petrobrás e que disponibilizou ingressos a R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia.
Claro que quando fui comprar já estava quase esgotado, mas encontrei um lugarzinho, na ponta do primeiro lote de fileiras. Bem localizado para dizer a verdade. O suficiente para ouvir e me evolver.
Com mais de 30 anos de carreira, João Bosco apresenta um show que passeia por todas as canções que marcaram sua carreira, além de interpretar oito músicas presentes no seu mais recente álbum intitulado de “Não vou pro céu mas já não vivo no chão”.
Mesmo com canções ainda inéditas para a grande maioria do público, ele encantou. E não podia ser diferente. O estilo de João Bosco todo mundo já conhece e é um pouco naquela linha: ame-o ou deixe-o. Eu não chego necessariamente a amar, mas gosto muito e me encanto toda vez que vou a um show dele.
Pois bem, não sou uma especialista, estudante ou conhecedora de música. Sou apenas alguém que ouve e gosta e eu ouvi e gostei bastante do que foi apresentado durante todo o show que durou quase duas horas, incluindo o bis.
João Bosco canta acompanhado de sua banda e junto com o trio Kiko Freitas (bateria), João Baptista Guimarães Carvalho (baixo) e Ricardo Silveira (guitarra) viaja por várias influências musicais e literárias dentro do repertório e dá um show com o seu violão.
Violão e voz! Sempre fiel ao seu estilo, João Bosco continua afiadíssimo nos seus passeios vocais pela música que interpreta. Concentrado e voltado par o instrumento, ele pouco fala durante a apresentação, mas não precisa sua voz já diz tudo passeando pelas várias interpretações.
João Bosco cantou grandes sucessos como ‘De frente para o crime’ e “Quando o amor acontece”, além, claro de “Papel Marche” que ele canta no bis.
Aliás, no momento do Bis já é esperado claro que alguém peça a música ao que João Bosco responde:
- Calma, eu vou cantar Papel Marche. Mas antes tem músicas novas do álbum novo. A vida anda e é preciso que venha o novo. Mas, eu vou cantar Papel Marche, e cantou!
Para quem já comprou o ingresso, bela escolha. Terá uma noite de sábado gratificante e será feliz.
Bom show. Se quiser uma amostra, gravei as apresentações de algumas músicas de João Bosco durante o show, entre elas, ‘De frente para o Crime’ e ‘Papel Marche’, além ,claro de algumas músicas do álbum novo. Se quiser ver todos, acesse a minha conta no youtube.
MPB Petrobrás - é uma daqueles momentos que você agradece o bom uso do dinheiro público. Momento em que o resultado dos impostos que pagamos e que são altíssimos retornam para nossas vidas na foram de cultura o que é sempre muito bom.
Idealizado e realizado pela Caderno 2 Produções Artísticas, produtora baiana com atuação em várias capitais, o projeto comemora 13 anos de sucesso, consolidado como um dos mais bem sucedidos projetos culturais do país.
Com o patrocínio da Petrobras e apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura – serão dez cidades conectadas com o melhor da música popular brasileira. A programação de shows prima pela diversidade de estilos e linguagens, presentes em cada canto do Brasil.
O projeto privilegia sempre uma atração local. O show do João Bosco foi aberto pela cantora Ana Reis. Boa. Gostei também. Tem uma voz doce e de presença.
Papel Marché
João Bosco & Capinam
Cores do mar, festa do sol
Vida é fazer
Todo o sonho brilhar
Ser feliz
No teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de Papel Machê...(2x)
Dormir no teu colo
É tornar a nascer
Violeta e azul
Outro ser
Luz do querer...
Não vai desbotar
Lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de Papel Machê...
Dormir no teu colo
É tornar a nascer
Violeta e azul
Outro ser
Luz do querer...
Não vai desbotar
Lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de Papel Machê...
Ai Ai Ai Ai Ai Ai!!
Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê
Lon Lon Lon Lon Ah!
Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê
Lon Lon Lon Lon Ah!...
Sorvete de Chocolate
domingo, 25 de julho de 2010
A Música do Dia - Couleur Cafe - Charlotte Gainsbourg
Romoaldo de Souza
Nas anotações de Alexandre Dumas, autor de Os Três Mosqueteiros, o escritor francês ambienta sua história na efervescente Paris de 1624.
D'Artagnan, aventureiro e corajoso, que vive em busca da fortuna; Athos, o nobre; Porthos, o forte; e Aramis, o astuto; são secundários se o leitor atento se debruçar nas artimanhas de Anne de Bueil, Milady de Clarick ou Milady de Winter.
Agente do cardeal Richelieu, Milady Winter é presa, mas consegue fugir, mata o duque e envenena uma das paixões de D'Artagnan, que servia de serviçal da rainha.
Nos meus alfarrábios encontro, certo dia, no Fellini Caffe, depois de um jogo modorrento da Copa do Mundo, uma mulher que até então eu só a conhecia como @Milady_Winter e uma fotinha ínfima.
Além disso, seu prazer pela #Absolut, que já foi o meu, e as mais de 15 mil anotações que fazia no twitter: umas, um tanto quanto enigmáticas como "OK… caindo agora pro #ZeroGrau pro #Wob! #Fui."
Outras mais claras: "#Vouconfessar que de vez em quando olho pro bonequinho \o/ e penso em baculejo... #Soupervertida?! rsrsrs."
É o estilo de mulher que se você decidir segui-la vai ter de adquirir um bom GPS, com satélite funcionando a todo vapor, tempo, dinheiro e muita disposição para o ecumenismo:
- #benção da #PsychoBispa não tem ressaca que chegue!!kkkk. Escreveu.
Outras noites, ela está excessivamente engajada: "2-Colocar aquele pretinho básico de arrasar e sair pra dançar até amanhecer com as amigas numa boate gay. #prazeresloucos."
Ou carente: "Agora realmente preciso de um momento relax... essa sexta foi uma daquelas... #PsychoBispaGoesPsycho #Podeusartagassim?".
- Eu tomei esse "nica" @Milady_Winter, com base na personagem Alexandre Dumas. Adoro os shades of gray da personalidade dela... Ela é notoriamente uma vilã na história, mas existe muita densidade. Não é totalmente má... - diz, contrita.
Bom, ao menos ela vai me fazer reler Dumas, pensei. E fez. E tanto fez que ganhou a caneca do Café & Conversa. Isso, uma roda de amigos, provando um Santo Grão, Sul de Minas, no Fellini Caffé quando sorteei a caneca.
Assim como nossa seguidora @Milady_Winter, que adora vodka e café, não necessariamente juntos, nós vamos trazer para este domingo, uma música já apresentada aqui, no blog, com outra versão.
Couleur Cafe de Serge Gainsbourg, com a filha do compositor francês Charlotte Gainsbourg. E, só para você ter uma idéia de quem é a mãe dessa figura, a Charlotte, claro, eu estou falando de Jane Birkin, a mulher que deixou Paris de queixo caído.
É por isso que Café & Conversa é o seu blog de entretenimento, dicas de café e boa música.
Couleur Cafe
Charlotte Gainsbourg
J’aime ta couleur cafe
Tes cheveux cafe
Ta gorge cafe
J’aime quand pour moi tu danses
Alors j’entends murmurer
Tous tes bracelets
Jolis bracelets
À tes pieds ils se balancent
Couleur
Cafe
Que j’aime ta couleur
Cafe
C’est quand même fou l’effet
L’effet que ça fait
De te voir rouler
Ainsi des yeux et des hanches
Si tu fais comme le café
Rien qu’à m’énerver
Rien qu’à m’exciter
Ce soir la nuit sera blanche
Couleur
Cafe
Que j’aime ta couleur
Cafe
L’amour sans philosopher
C’est comm’ le cafe
Très vite passé
Mais que veux-tu que j’y fasse
On en a marr’ de cafe
Et c’est terminé
Pour tout oublier
On attend que ça se tasse
Couleur
Cafe
Que j’aime ta couleur
Cafe