Ricardo Icassatti Hermano
Minhas mais que merecidas férias chegam ao fim. Poderia ter durado mais, muito mais. Eu não acharia ruim. Aliás, estaria satisfeito e feliz se já estivesse aposentado. Coincidentemente, também esgoto a minha cota para comédias românticas neste ano com o Professora sem Classe (Bad Teacher). O que não faço pelas(os) nossas(os) leitoras(es) ...
Cartaz do filme
O que dizer desse filme? É ruim, muito ruim. Não tem roteiro, não tem direção, não tem edição, mas tem a Cameron Diaz. Apesar de não estar mais no seu auge, ela ainda bate um bolão com seu corpo bem delineado de falsa magra. E o filme parece ter sido feito apenas para isso, mostrar o corpo da atriz.
Professora dos sonhos da molecada
O enredo, se é que podemos chamá-lo assim, é sobre como ser uma periguete bonita e gostosa não é suficiente para se dar bem na vida. É preciso ser muito mau caráter também. Pelo menos foi o que consegui apreender desse filme. Cameron Diaz faz o papel de uma professora cujo projeto de vida é conseguir um marido rico e trouxa, depois de colocar implantes de silicone nos seios. Para isso, ela não mede esforços ou consequências.
Professora lavando carros para roubar dinheiro da caridade
Beberrona, maconheira, desbocada, mentirosa, golpista, péssima profissional, pior influência impossível. Assim mesmo, o filme faz dela uma "heroína". Toda pilantragem lhe é perdoada. Punição pelos vários crimes que comete, nem pensar. Parece até o caso de uma deputada que pegou maços de dinheiro oriundo da corrupção. Mas, sem um pingo da beleza da Cameron Diaz, claro.
Igualzinho ao posto de gasolina aqui perto ...
O nome em inglês, Bad Teacher, deve pretender traçar um paralelo com outro tipo de comédia que esculhamba com alguma personagem costumeiramente mais bem tratada em filmes. É o caso, por exemplo, do Bad Santa (Papai Noel às Avessas - 2003), em que Billy Bob Thornton faz um Papai Noel de shopping bêbado, ladrão e absolutamente desvairado. Mas, essa é uma senhora comédia produzida pelos irmãos Coen e não tem nada a ver com a outra.
Bad Santa, comédia imperdível
Comédias românticas seguem um padrão consagrado, mostrando como o romance pode ser engraçado. No fim, sempre há uma lição moral que valoriza o amor e valores superiores, positivos. Neste filme não. Sequer uma risada conseguiram arrancar de mim. Resolveram inovar e insinuaram que ser pilantra é legal, é bom e vale a pena. Não deixem suas filhas assistirem esse filme. Eu queria ter uma filha, mas graças ao Bom Deus só tive filhos ...
Isso é um lava-rápido bacana
Outro ponto ruim do filme é que o cantor Justin Timberlake (não é a marca de botas) continua achando que consegue atuar. Até os figurantes atuaram melhor. Alguém precisa tomar coragem e contar que ele jamais será um ator. Vai evitar muito constrangimento. Ou não. Vai ver ele é tão cara de pau que não está nem aí.
Dá até pena do Justin Bieber, digo, Timberlake
Não sei se é coincidência ou ironia do destino, mas o Justin Timberlake há 20 anos foi o Justin Bieber de hoje. Não é atoa que os dois têm o mesmo primeiro nome. Deve ser alguma espécie de maldição, porque o Bieber também já está achando que é ator ... Deveria haver alguma proibição para isso. Cadeira elétrica seria ótimo.
Que saudade da professorinha ...
Não gastem seu suado dinheiro com essa porcaria. A menos que seu intuito seja apenas checar a boa forma da Cameron Diaz. Mas, para isso nem precisa ir ao cinema. Basta ver as fotos na internet ou baixar o filme. Por dever de ofício, assista o trailer.