segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Let me in ...


Ricardo Icassatti Hermano

Domingão calorento ... A filharada (nora incluída) me pegou para almoçar e cinema. Estreou a versão americana do genial Let me in. A versão original é sueca e se chama Let the Right One in, que foi enquadrada na categoria de filme romântico de terror. O filme sueco foi dirigido por Tomas Afredson e é baseado no livro de mesmo nome do escritor John Ajvide Lindqvist, que também fez o roteiro.

Cartaz do filme americano

Lançado em 2008, o filme fez um tremendo sucesso nos festivais de cinema e ganhou vários prêmios importantes, como o Founders Award for Best Narrative Feature no Festival de Tribeca e a Medalha de Ouro de Melhor Filme Fantástico Europeu, concedido pelo European Fantastic Film Festivals Federation.

Cartaz do filme sueco

Com isso, o filme chamou a atenção de Hollywood, pois os americanos estão vivendo uma overdose de vampirismo no momento. Tem vampiro para todos os gostos, uma boiolice sem fim. Menos vampirismo de verdade, aquele que te faz trancar a porta do quarto antes de dormir e após ter assistido o filme. Como se isso adiantasse alguma coisa ...

Ei! Deixa eu entrar ... só um pouquinho vai?

Este é o caso do Let me in. Trata-se da história de sedução de uma menina vampira sobre um garoto, Owen, com 12 anos de idade. A mesma idade em que a menina, Abby, se transformou em vampira. Imaginem as dificuldades de ser um vampiro criança. Apesar de poder matar com a mesma facilidade, há uma série de aspectos práticos que necessitam ser controlados por um adulto.

Quequi tem se apaixonar por uma vampira? Ninguém é perfeito ...

Assisti o original em DVD há mais de um ano. Emprestei para uma colega de trabalho e descobri que mulheres românticas não conseguem entender a trama principal do filme. Ficam suspirando com o pretenso romance da vampirinha com o garotinho e esquecem que ela pode facilmente ter algumas centenas de anos de idade.

"Não vai me dizer que você tá na TPM ..."

Na versão americana, a vampirinha Abby é interpretada pela excelente atriz Chloe Moretz, de quem sou fã incondicional desde a performance sensacional em Kick Ass. O frágil garotinho que sofre bullying na escola, é interpretado por Kodi Smit-McPhee. Antigamente, os americanos tinham a vantagem de dominar as técnicas para fazer cinema. Hoje em dia não é mais assim. As técnicas estão à disposição de todos. As boas estórias não.

Prestem atenção nessa garota. Ela ainda vai ganhar um Oscar.

A versão sueca original não fica nada a dever à versão americana na parte técnica e continua muito superior no resultado final. Os americanos deram mais densidade ao papel do policial que investiga as mortes decorrentes da sede da vampirinha. Mas, pisaram na bola justamente onde deveriam ser melhores: os efeitos especiais. Quando os suecos optaram pela simplicidade, sabiam o que estavam fazendo. os americanos transformam tudo numa enorme Disneylândia.

Graças ao excelente enredo, o filme continua forte e ainda vai te obrigar a trancar as portas e você nunca mais vai entrar no seu carro sem antes dar uma checada no banco traseiro ... Assista o trailer.


sábado, 29 de janeiro de 2011

The Most Beautiful Girl in the World - Prince


Ricardo Icassatti Hermano

Como já revelei aqui, sou um grande fã da música negra americana. É música pop, mas tem alguma coisa que a eleva a uma categoria completamente diferente por incorporar o que tem de bom no jazz, no blues etc. Além disso tem o ritmo inimitável e isso já faz toda a diferença. A música se torna dançante e nos transporta ao mundo dos sonhos.

Dentro da música negra americana surgiram verdadeiros gênios. São compositores(as), cantores(as), arranjadores(as), produtores(as) que modificaram para sempre o cenário musical do planeta. Dentre eles, não há erro em apontar o Prince, que aliás faz tudo aquilo que listei no estúdio da sua casa.

Compositor compulsivo, ele disse numa entrevista que compõe sem parar apenas para se livrar de todos aqueles sons que inundam sua cabeça. São dezenas de álbuns inéditos guardados num cofre. Acho que quando ele precisa de dinheiro, libera um álbum. Mas Prince também é um perfeccionista. As músicas só são liberadas quando ele considera que estão prontas.

O cara tem uma extensa e fantástica obra. Tem de tudo. Ele passeia pelos diversos estilos e a dança está em quase tudo. Seja rápida ou lenta. Sou dançarino e agradeço a Deus todos os dias por essas músicas, porque dançar é o mesmo que sonhar. Não é atoa que algumas religiões incorporaram a dança em seus ritos como instrumento de conexão com o mundo espiritual.

E é possível dançar de várias maneiras, mas com a música certa é uma experiência sensorial espetacular, que nos desliga desse mundo e nos leva a um outro universo onde o momento é infinito enquanto dure a música. Tem alguma coisa mágica numa pequena varanda iluminada pela lua. Adicione uma garrafa de vinho do porto e a música. O tempo para.

Com essa imagem em mente, resgatei uma canção do Prince chamada The Most Beautiful Girl in the World, que se aplica perfeitamente a um encontro "inusitado" com uma garota que queira ser admirada, beijada e carinhada, queira um pouco de paixão. Imagine um céu noturno absolutamente limpo e uma lua tardia prateando o rosto dessa garota. Imagine essa garota abraçada e aconchegada em seus braços, olhos brilhando, sorrindo feliz. O tempo vai parar ...

É meu irmão ... tem coisas muito boas nessa vida. Não perca tempo e providencie a trilha sonora, começando com Prince. Abra o seu coração, seus ouvidos e preste muita atenção. A garota mais linda do mundo pode surgir uma noite dessas e alegrar sua vida. Quem sabe?

The Most Beautiful Girl In The World
Nelson, Prince Rogers

Could u be the most beautiful girl in the world?
Its plain 2 see ure the reason that God made a girl
When the day turns into the last day of all time
I can say I hope u are in these arms of mine
And when the night falls before that day I will cry
I will cry tears of joy cuz after u all one can do is die, oh

Could u be the most beautiful girl in the world?
Could u be?
Its plain 2 see ure the reason that God made a girl
Oh, yes u are

How can I get through days when I can't get through hours?
I can try but when I do I see u and Im devoured, oh yes
Whod allow, whod allow a face 2 be soft as a flower? oh
I could bow and feel proud in the light of this power
Oh yes, oh

Could u be (could u be) the most beautiful girl in the world?
Could u be?
Its plain 2 see ure the reason that God made a girl
Oh, yes u are

And if the stars ever fell one by one from the sky
I know mars could not be, uh, 2 far behind
Cuz baby, this kind of beauty has got no reason 2 ever be shy
Cuz honey, this kind of beauty is the kind that comes from inside

Could u be (could u be) the most beautiful girl in the world?
So beautiful, beautiful
Its plain 2 see (plain 2 see) ure the reason that God made a girl

Oh yeah! (oh, yes u are)
Girl (could u be? )
U must be ... oh yeah!
(could u be? )
Ure the reason ... oh yeah
(could) {x3}



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os Mistérios Misteriosos da Ilha de Páscoa


Ricardo Icassatti Hermano

Estamos em falta com nossos(as) leitores(as). Não temos conseguido manter a produção costumeira de posts, mas é compreensível. Este final-começo de anos tem sido um turbilhão de acontecimentos, festas, premiações, degustações, viagens, risadas e fortalecimento de laços fraternais. Como diria o Rei Roberto Carlos durante um cruzeiro na costa brasileira e no meio de uma tempestade apocalíptica: "São tantas emoções ..."

Mas, não estamos parados. Somos como as pedras que rolam e não criam limo. Vocês já viram que, após uma dura e criteriosa escolha, concedemos à Fellini Caffè (SCLS 104 Bloco "B" Loja 1, Fone: 3223-1333) o prêmio de Cafeteria do Ano 2010. O esforço e o trabalho desenvolvidos ao longo do ano por Moema Dourado, renderam frutos e mereceram o reconhecimento do Café & Conversa. Os apreciadores de café agradecem. Foi um momento de grandes emoções.

Parabéns Moema : ) Além de gata, sabe fazer café

Outro foco de emoções foi a proposta que recebemos. Ainda não podemos revelar. Tudo a seu tempo : )

Também tivemos a criação da Mesa do Café & Conversa, que consiste no seguinte: uma vez por mês e através do Twitter @CafeConversa, o seu blog predileto anunciará em qual cafeteria da cidade a Redação do Café & Conversa pousará para bebericar uns cafés. Para tomar um espresso por nossa conta, tudo o que vocês precisarão fazer é ir até lá, sentar à Mesa do Café & Conversa e nos contar uma boa estória, conversar e/ou trocar uma ideia com os nossos jornalistas.

Vocês acham que acabaram-se as emoções? Claro que não. Deixamos o melhor para o final. A caneca que viaja mais que nós esteve na misteriosa Ilha da Páscoa, a casa das gigantescas estátuas de pedra.

Como sempre, a caneca do Café & Conversa viajou através da generosidade dos amigos e amigas que não param quietos. Neste caso, trata-se de uma famosérrima jornalista que nos solicitou a utilização de um pseudônimo. Não somos bestas e concordamos imediatamente. Assim, quem nos conta essa enigmática e assombrosa aventura é a não menos misteriosa Giselle Montfort ... a espiã nua que abalou Paris!

Giselle Montfort em momento de dor ... reparem a pequena lágrima, ô dó ...

Aqui é preciso abrir um parêntese para explicarmos quem foi Giselle Montfort. A espiã era a personagem principal de uma série publicada em quatro volumes pela Editora Monterrey no formato pocket-book. Era vendido em bancas de jornais no final da década de 1960. Os livrinhos traziam as "memórias secretas" do trabalho feito pela espiã na Segunda Guerra Mundial, infiltrada nas hostes nazistas durante a ocupação da França.

Segundo os livrinhos, as "memórias secretas" foram encontradas na prisão de Lys e publicadas "sem cortes". A saga emocionante narrava as aventuras da corajosa e belíssima Giselle lutando pela Resistência Francesa contra os nazistas. Além da astúcia, ela usava o seu corpo espetacular para seduzir e aniquilar os chefões alemães.

Algumas vezes inoculava uma capsula de veneno mortal na própria vagina, o que causava uma terrível morte instantânea aos taradões germânicos. Giselle morreu no último capítulo. Foi fuzilada nua, gritando: "Vive la France !"

A espiã danada pegou até o Hitler!!!

Fiquem com o relato de próprio punho da "espiã" ...

Patrimônio da Humanidade desde 1995, a Ilha da Páscoa foi formada há milhões de anos por três vulcões: Poike, Rano Kau e Mounga Terevaka. Os cerca de 400 moais ali existentes são os únicos vestígios da misteriosa e ancestral cultura dos Rapanuis.

Sei não ... esse Moai tá com cara de baiano ...

Os Moais são protagonistas de várias teorias, como a de terem sido construídos por seres extraterrestres. A mais aceita delas fala da sua confecção com rochas vulcânicas, em homenagem a ancestrais da família ou da tribo.

Giselle conseguiu o milagre do encontro entre
o último dos Rapanuis e a caneca.
Mas, cá entre nós, parece um índio Pataxó do Sul da Bahia ...

Seu deslocamento era feito sobre caules de palmeiras, utilizadas como rodas. Pelo menos, é o que dizem.... Existe na Ilha um único Moai mulher, com mamas e vulva. Está no museu local.

A única foto com presença feminina é essa com as sensuais unhas vermelhas
de Giselle Monfort diante do Palácio de La Moneda, em Santiago do Chile.
Mamas e vulva que é bom, nem pensar ...

A Ilha da Páscoa fica distante 5h20 de Santiago do Chile que, por sua vez, está a 3h20 de São Paulo. É tão perto que todos seus argumentos para não visitá-la caem por terra (melhor dizendo por água). Do Pacífico, é claro!

Beijos

Giselle Montfort

Aqui, seguem mais fotos dessa intrépida jornalista que não mediu esforços e assumiu riscos imensos para nos trazer fotos da caneca viajante. Prossegue o relato com fotos e legendas da misteriosa espiã nua que abalou Paris, Giselle Montfort ...

Representante oficial do Café & Conversa, a Caneca do blog inicia aqui sua viagem mais sublime, rumo à Ilha da Páscoa. Preparem o coração (e uma chicrinha de café, é claro!)


Entrada do Parque Rano Raraku, onde estão as estátuas de pedra


Rapa Nui (Terra Grande) ou Te Pito o te Henua (Umbigo do Mundo) ou, ainda Ilha da Páscoa, é a ilha mais ilha do mundo, a que tem mais água ao redor. Os rapanuis recebem os visitantes dizendo: Ilorana! Quer dizer tudo aquilo o que se quer ouvir. Algo como: Bem-vindo, Olá, Emagreceu, heim..., sua careca sumiu, que tenhas ele ou ela na palma da mão, etc.


Seleção Rapanui de Futebol. De olho na Copa de 2014, com certeza!


Os misteriosos Moais. Como foram esculpidos? Cadê os nativos?
Eram os deuses astronautas? A caneca não conseguiu descobrir, mas desconfia ...


Comitê de boas vindas se alinha para receber Giselle Monfort,
a espiã nua que abalou Paris em chamas ...


Um momento solene sobre a pedra tida como o umbigo do mundo,
local de meditação e orações. Bichos-grilo acreditam que aí
está o centro espiritual da Polinésia.


A Caneca das Canecas faz uma nova pausa no Ahu Tongariki

"Ufa! um momento de relax nas águas do Pacífico,
longe dos dois malas donos do blog, Ricardo e Romoaldo".

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tabbouleh, a salada refrescante que satisfaz


Ricardo Icassatti Hermano

Hoje daremos continuidade à série de receitas dedicadas ao Verão e às necessidades das nossas leitoras de entrarem em suas calças jeans apertados, shorts minúsculos e biquinis quase inexistentes. Estação solar, colorida e calorenta, o Verão requer comidas leves para manter a saúde e a silhueta duramente conquistada no Inverno. Mas, essas saladas também precisam satisfazer o apetite, encher o bucho, entende?

Nada melhor que as saladas, mas não aquelas só com folhas que nos deixam morrendo de fome. As saladas podem e devem ser mais criativas e apetitosas. Para isso, a fórmula é bem simples: coloque cor na sua salada e algum grão. Pronto? Ainda não. Isso aqui não é um comercial das Facas Ginzu 2000, mas ainda tem mais.

Saladas precisam ter sabor, precisam ser bem temperadas. E ninguém entende mais de temperos e especiarias que os habitantes da parte oriental do planeta. Por isso, fomos buscar uma receita tradicional nas montanhas da Síria e do Líbano. Segundo os Sumérios, foi por ali perto que os Anunaques pegaram uns macacos esquisitos e criaram geneticamente o primeiro homem moderno, um tal de Adão.

Essa salada chamada Tabbouleh, é substancial mas nem tanto. Não dá para ser o único prato de uma refeição. No entanto, é um excelente acompanhamento para uma carne ou um peixe grelhados, podendo até dispensar outras fontes de carboidratos. O Verão também é a temporada do churrasco, das refeições ao ar livre, de usar e abusar do seu espaço gourmet. Jogue fumaça nos seus vizinhos sem medo porque uma hora eles também vão jogar em você.

Amanhã, um grelhado sensacional para acompanhar essa salada. Vamos à receita e bon apetit : )

Tabbouleh

Ingredientes

- 1 xícara de trigo para quibe ou bulgur
- 1 2/3 xícaras de água fervente
- 1/3 xícara de azeite extra virgem
- 1/3 xícara de suco de limão
- 1 xícara de cebolinha picada
- 1 xícara de salsa picada
- 1/4 xícara de hortelã picada
- 3 tomates picados
- 1 pepino cortado em cubos, sem pele e sem sementes
- 1 colher chá de sal
- Pimenta do reino moída na hora

Preparo

Numa tigela, junte o trigo para quibe e a água fervente. Cubra e reserve por 1 hora.

Adicione os demais ingredientes e misture bem. Tempere com sal e pimenta do reino. Cubra e leve à geladeira por pelo menos 1 hora.

Leve, refrescante e não engorda

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Música do Dia - If I'm lucky - Melody Gardot


Romoaldo de Souza


Estou escutando, neste domingo, o novo disco do baixista Charlie Haden. São poucos os felizardos que têm essa chance. Essa oportunidade de ler publicações como o caderno de fim de semana do Valor Econômico "Eu &…", que felizmente não tem uma linha sequer sobre "celebridades" bombadas pelas redes sociais nem por revistas de pouca iluminação.


"Sophisticated Ladies" deveria ser obrigatório na sala de aula, como são algumas matérias da "transversalidade educacional" que pouco ensinam e nada educam. Foi do "Eu &…" que tirei a sugestão do disco da semana. É de "Sophisticated Ladies" que vem a música do dia: If I'm lucky, na voz de Melody Gardot.


Mas, já, já, eu falo do novo trabalho de Charlie Haden que aliás, entrou no começo dessa matéria por ter sido fonte de inspiração para promissoras decisões que o leitor do Café & Conversa vai ficar sabendo em breve. Muito breve, mesmo!


Bom. Quem acompanha nosso blog deve saber que, diariamente, a gente se desdobra em vários para atender os pedidos de colegas que estão nos comitês de imprensa, na Praça dos Três Poderes. No Senado e no Palácio do Planalto, diariamente servimos cafés especiais com o objetivo de por um fim, de uma vez por todas, no chamado "café de licitação", que tem de tudo, menos café.


Café de licitação é aquela água preta que fica seis, oito horas dentro de uma garrafa térmica, azucrinando o estômago dos desinformados. Aí a gente chega para falar com alguns jornalistas, oferecer um café especial e o "camarada" com um olhar atravessado, de quem já atravessou imensos desertos de leads, e sapeca sem dó nem piedade: "Café me dá azia…"


Café ruim provoca azia, má digestão, úlcera. Todo tipo de doença nos aparelhos digestivo e mental. Aquilo ali, dentro da térmica, fermentando o dia todo, é tudo, menos café. Então, da próxima vez que alguém oferecer um café, não diga que "café bom só o da minha vó" nem garanta que "todo café é igual", porque não é.


Kellen Cristina não sabe se segura o diploma de Cafeteria do Ano de 2010
ou se balbucia algo que não consegui entender


A vovó poderia até ter boa vontade quando fazia um café especial para os netinhos. Mas, aquela lembrança de infância é apenas memória romântica. Café bom, mesmo, é outra história. É café selecionado. Bem preparado.


Um ano e meio atrás, quando lançamos o Café & Conversa, estávamos ressabiados com tanta informação desencontrada sobre cafés e cafeterias. Brasília tinha poucos locais onde a gente podia sentar e tomar um excelente café, como era o caso da Café Eldorado, onde praticamente foi gestado o blog.


Hoje, não. Brasília está se tornando uma das cidades com grande número de cafeterias de primeira. Grãos selecionados, atendimento cada vez melhor. É claro que ainda precisam ser feitos alguns ajustes. Mas nós estamos aqui para isso. Para criticar, recomendar, sugerir, orientar e, quando não tiver jeito, sumir, como já fizemos de alguns pontos que nem de longe são cafeteiras. Uma coisa é servir café outra é ser cafeteira.


Pedro Julio no salão e Cleythdanielle Trindade administrando o caixa,

formam a comissão de frente da Cafeteria do Ano de 2010


Enquanto isso, roda no MacBook Pro, na voz noir de Melody Gardot, a faixa If I'm lucy, que abre "Sophisticated Ladies".


- If I'm lucky, you will tell me that you care. That we'll never be apart.


Será?


Bom, trilha sonora, ambiente, atendimento e produto. Quesitos indispensáveis para a gente sair de casa e tomar um café. A companhia pode até "pintar" na hora, mas esses itens aí acima são primordiais. Imprescindíveis mesmo.


Na Fellini Caffè é assim. Tem boa música. O atendimento é supervisionado por Moema Dourado, a dona dessa obra de arte e o café é o Santo Grão. Acidez equilibrada, ligeiramente doce com aroma cítrico. Mas aí você pode mandar um torpedo: "Só isso basta para a Fellini Caffè ter sido escolhido a cafeteria do ano de 2010?". Nós diríamos que foi o conjunto da obra.


Faz mais de um ano, se não me engano, dezembro de 2009, que conheci a Fellini Caffè. O requinte no atendimento, a sofisticação dos produtos como a Bruschetta de Gorgonzola com Pêra e uma folha de rúcula, meu petisco predileto, fizeram minha cabeça. Isso sem contar um lounge que tem na entrada. Quatro poltronas, uma mesa baixa, uns livros de psicologia e o jornal do dia. Meu lugar predileto. Às vezes, estou saindo da faculdade e telefono para 3223 1333 só para reservar aquele lugar.


- If I am lucky, there will be a time an' place / You will kiss me, we'll embrace… Melody Gardot segue cantando. E eu penso. Pode ser na Fellini Caffè.


Na cozinha, Adalberto, Erisson e Daniele dão o toque especial no cardápio


A internet sempre está à disposição do cliente. O jazz tocando em boa altura… Esse é o ambiente da Fellini. Vez ou outra ela deixa escapar uma MPB. Mas nada que comprometa o clima.


Por esses motivos e por todos os outros que nossos leitores encontram na Fellini Caffè é que a casa foi escolhida pelo Café & Conversa a Cafeteria do Ano de 2010.


Raquel Alves, Ricardo e Juscelino Medeiros, o barista (ambos de pé),


If I'm lucky

Eddie Delange and Joseph Myrow


If I'm lucky, you will tell me that you care,

That we'll never be apart . . .

If I'm lucky, this will be no light affair,

It's forever, from the start . . .


If I'm lucky, there'll be moonbeams all around,

Shining bright as day . . .

You will hold my hand and you'll understand,

All I cannot seem to say . . .


If I am lucky, there will be a time an' place

You will kiss me, we'll embrace . . .

In that moment, every wishful dream I ever knew

Will come true . . .


If I'm lucky, I will go through the years with you . . .


If I am lucky, there will be a time an' place

You will kiss me, we'll embrace . . .

In that moment, every wishful dream I ever knew

Will come true . . .


If I'm lucky, I will go through the years with you . . .




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cafeteria do Ano - 2010


Da Redação

Hoje à noite, toda a redação do Café & Conversa estará presente à festa de entrega do certificado de "Cafeteria do Ano" ao estabelecimento que nos proporcionou as melhores e mais saborosas experiências em 2010. As cafeterias que concorreram ao título, passaram pelo crivo criterioso dos jornalistas que compõem o blog.

Vários quesitos foram analisados, tais como ambiente, atendimento, música, cardápio e, claro, a qualidade dos cafés servidos. Como já destacamos aqui, tomar café nós tomamos em casa. Quando vamos a uma cafeteria, buscamos experiências inusitadas. Esse tipo de experiência envolve todos os sentidos. Assim, a cafeteria deve ser confortável, agradável e convidativa para nela permanecer.

A trilha sonora deve ser escolhida com cuidado, bem como o volume, pois a cafeteria deve ser um local onde desaceleramos o corpo e aceleramos a mente. Cafeína estimula o cérebro. Por isso também deve ser um lugar apropriado para a conversação, ou não. Daí a necessidade de disponibilização de conexão Wi-Fi para internet e alguma leitura de jornais, revistas e até livros.

O atendimento não pode ser menos que impecável. Afinal, não vamos até uma cafeteria para sermos mal atendidos ou termos trabalho além de sorver café, comer guloseimas e conversar. As guloseimas devem ser harmonizáveis com café e as porções não devem ser ridiculamente minúsculas. Embora não seja um restaurante, ninguém quer sair da cafeteria com fome depois de ter comido.

Uma cafeteria deve investir em sua mão-de-obra. É obrigatório ter um Barista com a devida formação. Treinamento só é bom para atleta. O Barismo é uma ciência e um espresso só atingirá a qualidade técnica necessária se um profissional habilitado estiver operando a máquina. Por último, o café a ser servido deve ser muito bem escolhido. O grão de café é a matéria-prima com o que o Barista vai trabalhar e também será a principal referência da cafeteria.

Após analisarmos por um ano todos esses quesitos em várias cafeterias top de linha em Brasília, é com imenso prazer que anunciamos a eleição por unanimidade da Fellini Caffè (CLS 104 Bloco B Loja 1, fone: 3223-1333) como a Cafeteria do Ano - 2010. Lá são servidos os blends elaborados pela cafeteria e torrefadora paulista Santo Grão. A entrega do certificado será realizada logo mais, após as 20h, lá mesmo. E com muitos espressos : )


Parabéns Fellini Caffè!!!