quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Café, dose pra elefante

Ricardo Icassati Hermano - Texto
Romoaldo de Souza - Locução do podcast

Não sei se é porque o mundo está vivendo uma grande crise econômica, mas o fato é que a bosta virou moda. Especialmente no mundo do café. Depois do Kopi Luwak, que reinou sozinho por muitos anos, já vimos surgir o Café Jacu e o Café da Cuíca, por sinal ambos lá do Espírito Santo. São cafés comidos pelos respectivos animais (Civeta, Jacu e Cuíca), que passam pelo trato intestinal e os grãos, já sem casca e polpa, são defecados ao final. Após um processo de higienização, esses grãos estão prontos para serem torrados e consumidos por nós, seres humanos.

Segundo alguns especialistas, o café derivado desses grãos é mais suave e “menos amargo”. Não entendemos muito bem esse argumento, pois qualquer bom café tem entre suas principais características o fato de não ser amargo. Aliás, para um café ser amargo, precisa ser muito ruim ou ter sido torrado da maneira errada. Mas, por causa disso e por ter pouca quantidade disponível, esses cafés exóticos custam os olhos da cara. O Kopi Luwak chega a custar R$ 1 mil o quilo.

Pois não é que apareceu um outro concorrente nessa área de cafés saídos das fezes de animais? E custa até mais caro! A novidade vem da Tailândia e se chama “Mármore Negro”, ao preço salgado de R$ 2.200 por quilo. Trata-se de um concorrente de peso, pois o bicho em questão é um elefante. A justificativa para o preço que torna esse café o mais caro do mundo, é que a produção chega apenas aos 50 quilos e vem de apenas um elefante.


Aqui na redação já estamos pensando em engolir grãos de café e depois vendê-los a preço de ouro ...

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