quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mamãe Noel


Ricardo Icassatti Hermano

Aqui na Redação do Café & Conversa reina uma descrença total no espírito natalino baseado na figura do Papai Noel. Não é nem porque o bom velhinho gordo seja uma invenção de uma poderosa marca de refrigerante. Tampouco o motivo é queRomoaldo e eu exalemos uma certa dose de rabugice e impaciência com sentimentalismo barato de publicidade ou de novelas.

É apenas porque o Natal não deveria ser nada do que vemos por aí. Esse sentimento de culpa transmutado em compaixão materializada através do consumismo desenfreado. Natal é justamente o contrário. É uma época de meditação sobre os valores ensinados pelo sujeito cujo aniversário de nascimento (não de morte) deveríamos estar celebrando.

Dito isso, não nos alinhamos entre os fãs do velhinho vestido de vermelho como um Petralha qualquer. Mas, estamos muito propensos a acreditar em Mamãe Noel. E são várias. Começando pela amiga, mãe da Bebel, jornalista e globetrotter Clara Favilla. Após um longo giro por Holanda e Itália, ela nos surpreendeu e presenteou com toneladas de café de vários países.

Sente só a farra que vem por aí

A Redação está em festa. Café pra todo mundo. Vamos nos esbaldar, nos acabar com tanta cafeína. Dividimos irmamente o presente, meio a meio, e vamos dar início a um período inesquecível na vida de muita gente. São cafés vindos de Papua Nova Guiné, Kenia, Índia e Peru. Não sabemos nem por onde começar.

Outra que deu uma de Mamãe Noel foi a jornalista Raíssa Abreu. Após breve estada em sua cidade natal (não é trocadilho), a bucólica e progressista cidade de Pedralva, no Sul das Minas Gerais, a galeguinha do zóio azul nos trouxe uma braçada de café da marca Belo Ramo. Ainda estão com problemas na torra, mas experimentamos um deles que tinha forte sabor de caju. Agradou muito.

Raíssa nos prometeu um texto e continuamos aguardando ...

Mas, o Natal tem desses milagres. Ainda não cremos no barrigudo e barbudo (aquele outro cachaceiro também), mas eis que surge a figura do Ajudante do Papai Noel. Há quem diga que, na verdade, é uma das renas que puxam o trenó, mas são fofocas de gente linguaruda.

Nosso querido amigo e colega fotojornalista Geraldo Magela também nos presenteou com um tesouro vindo lá da fazenda do sogrão, o cafeicultor José Brissio Pereira. Ele e Luzia Campos Nesce são responsáveis por 56 alqueires da boa terra do Sul das Minas Gerais, lá no próspero município de Manhuaçu.

São 225 mil pés de café produzindo um excelente grão Arábica Bourbon Vermelho, que é todo comprado por ninguém menos que a torrefadora italiana Illy. O café em grãos que Magela nos presenteou foi torrado na própria fazenda num torrador de origem desconhecida para nós. Mas conseguimos fotos do bicho.

Se alguém souber a origem desse torrador, por favor nos avise

O café tem aroma suave. O sabor é bem frutado e ácido, corpo médio e um pouco de chocolate no retro-gosto. Acreditamos que uma torra profissional poderia revelar mais qualidades desse delicioso café, que foi (infelizmente já acabou) um sucesso nas nossas manhãs.

E assim, mesmo sem botar fé no Natal de shopping, o espírito natalino sobrevive na generosidade e no amor dos amigos e amigas que este blog tem a honra e o orgulho de colecionar. Feliz Natal : )

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