Ricardo Icassatti Hermano
Finalmente fui assistir o filme A Rede Social, que conta a história de como foi criado o maior site de relacionamento social do planeta, o Facebook. Um dos seus criadores e dono da maior fatia da empresa, Mark Zuckerberg, acaba de ser eleito pela revista Time a Personalidade do Ano de 2010 e é o personagem central do filme.
Psicopata bilionário aos 25 anos
Quem o interpreta magistralmente é o jovem ator Jesse Eisenberg, o mesmo que me fez chorar de rir em Zombieland. O papel de nerd genial já lhe cairia como uma luva, mas o personagem não se limita a isso. Mark Zuckerberg é um gênio, ambicioso, paranóico, focadíssimo, estrategista e psicopata que não se detém diante de nada para alcançar seu objetivo: ter uma vida melhor.
Esse ator, Jesse Eisenberg, vai longe
Vocês podem até achar que o objetivo dele é fácil. Depende do que se entende ser uma vida melhor. No caso dele, foi obter fama mundial e se tornar um bilionário. Ninguém que não tenha pelo menos um grau elevado de psicopatia conseguiria atingir esse objetivo aos 25 anos de idade como ele fez com a criação do Facebook.
É claro que Zuckerberg não fez tudo sozinho e é aí que reside a sua genialidade e a sua psicopatia. Roubando uma ideia aqui e outra acolá, traindo amigos e se unindo a gente absolutamente escrota como o criador do falecido Napster, o tresloucado Sean Parker, interpretado pelo sempre canastrão cantor pop Justin Timberlake, ele foi desenvolvendo conceitos e transformando-os no Facebook.
Alguém precisa explicar para o Justin Timberlake que ele jamais será um ator
A primeira cena do filme é Zuckerberg tentando manter uma conversa com sua namorada, Erica Albright, interpretada pela lindíssima Rooney Mara. O cara é hiper ativo e pensa em várias frequências ao mesmo tempo. A garota se sente humilhada com a agudez das observações do namorado e o manda à merda. Não sem antes recomendar que ele se medique com remédios tarja preta.
Quem perde uma gata dessa é ruim da cabeça ou doente do pé ...
Se eu contar mais, estragaria o prazer de vocês assistirem o filme. É recomendável algum conhecimento de internet e linguajar de programação, apenas para aproveitar mais os diálogos. Mas, não é imprescindível. A trama se segura por si só.
Há ainda a participação de um brasileiro na criação do Facebook, um tal de Eduardo Saverin, interpretado por Andrew Garfield. Esse brasileiro financiou o início do site e no final levou uma pernada psicopática do Zuckerberg.
Eduardo fez o papel de brasileiro, ou seja, otário
O que acaba sendo muito pedagógico para nós, os brasileiros em geral. O comportamento pouco profissional, sentimentalóide e quase retardado, levou Eduardo - ou Wardo, como o apelidaram - a confiar inocentemente no laço de amizade e a assinar os papéis da própria derrocada.
O capitalismo americano não tem nada de bonito. Os grandes feitos comemorados e laureados, como o prêmio da revista Time, têm atrás de si um incontável número de vítimas incautas. Para os donos do capitalismo americano, o que interessa é o lucro. Aplaudem e idolatram até psicopatas. Zuckerberg tirou lucro de algo que parecia um beco sem saída. Por isso, está sendo festejado.
Poderá chegar o dia em que o imponderável lhe reserve uma surpresa, um tropeção. Nesse dia, despencará da torre de marfim digital que construiu para se mostrar ao mundo e aí então conhecerá a outra face dessa moeda chamada capitalismo.
3 comentários:
É nesse ponto que costumo dizer que a nova "Geração Y" (como vem sendo chamada) é, em muitos momentos, um tanto quanto arrogante...
Ah, Feliz Ano Novo para o Ricardo e o Romoaldo! =)
Acho muito bacana você dizer que o "Wardo" é um otário ao confiar em alguém. Parabéns cara é assim mesmo que demonstramos nossos valores morais. Tiveram muitos otários neste filme, o brasileiro não foi um deles.
Com certeza não.
Eu acho o Justin Timberlake um ótimo ator!
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