sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

72 Horas, um filme tenso e uma questão interessante


Ricardo Icassatti Hermano

Está em cartaz um filme chamado 72 Horas. O filme é tenso e coloca uma questão interessante para quem gosta de refletir. Eu explico. Reflexão exige um certo acúmulo de conhecimento, alto nível de curiosidade, inteligência pelo menos mediana e saber que não existe a palavra "presidenta". Está explicado. Sigamos adiante.

Cartaz do filme

O filme narra a estória de uma mulher, esposa e mãe, que é acusada de ter assassinado a sua chefe (não é "chefa") logo após uma forte discussão no escritório. O nome dessa mulher é Lara Brennan e é interpretada pela gata Elizabeth Banks. Você sabe que uma mulher é gata quando ela continua gata mesmo sem maquiagem e vestindo um macacão de prisioneira.

Entendeu porque se usa atrizes bonitas em filmes?

Todas as evidências apontam Elizabeth como a autora do assassinato. Ela alega inocência e ter esbarrado em outra mulher quando se dirigia para o estacionamento, onde ocorreu o crime. Nesse esbarrão, ela diz ter ouvido o som de um botão do seu casaco sendo arrancado e também sai com uma mancha do sangue da chefe (não é "chefa"), que só percebe no dia seguinte pela manhã, pouco antes da polícia invadir sua casa e a levar presa.

Liam Neeson faz o cara que ensina como planejar uma fuga da prisão

No frigir dos ovos, ela é condenada à prisão perpétua. O único que acredita em sua inocência é o seu marido, John Brennan, interpretado pelo provocador de suspiros femininos, Russel Crowe. Os amigos, os parentes, o advogado e até ela mesma não acreditam mais. O maridão então resolve tomar uma providência e tirar a mulher da prisão. O resto é melhor assistir, porque o filme é sensacional.

Contra tudo e todos, o maridão planeja e executa o plano de fuga

Ao final, porém, resta a questão a que me referi no início desse post. Desde crianças, somos educados para aceitarmos e acreditarmos no sistema que engloba a polícia e a justiça. Somos educados para confiar que esse sistema nos protegerá e saberá separar quem é bom de quem é ruim. No entanto, ninguém nos diz que o sistema não é perfeito, justamente porque é mantido por seres humanos. 

O filme é eletrizante

E a questão? A questão é: quando o sistema falha conosco, temos o direito de tomar a justiça em nossas mãos? Podemos corrigir a falha do sistema? Devemos fazê-lo? É filosoficamente justificável? Ou devemos aceitar a falha e engulirmos o prejuízo irreparável que possa causar às nossas vidas?

Foi essa conversa após o filme que tive com dois dos meus filhos e a namorada de um deles, que acaba de se formar em Direito e defendeu esse tema em sua tese. É por essas e outras que celebro cada centavo investido na educacão dos meus filhotes. O filme é imperdível. Assista o trailer.


Um comentário:

Nora disse...

Filme agendado: Trailler tenso, bom.
Liam Neeson: ótimo.
Russel Crowe:provocador de suspiros (rs).
Elizabeth Banks: linda desde "The 40-Year-Old Virgin " (era ela , não é?)

Valeu, como dica.
Abraços