segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Música do Dia - Hey Jude - Beatles


Romoaldo de Souza


Prontinha para ser lançada, Hey Jude, uma das canções dos Beatles mais tocadas nas emissoras de rádio, foi editada em 30 de agosto de 1968. Portanto, há 42 anos a composição de Paul McCartney foi lançada no Lado A do single Hey Jude/Revolution, com 6'52" muito grande para os padrões da época. Mesmo assim foi o single do quarteto de Liverpool, mais vendido.


Hey Jude foi uma homenagem que Paul McCartney fez quando Cynthia Lennon estava se divorciando de John e já se aproximando de Yoko Ono. Como era amigo do casal Lennon, Paul achou por bem visitar Cynthia e o filho dela, Julian Lennon.


- Como amigo da família eu poderia ir a casa deles dizer que tudo ficaria bem, tentar animá-los e ver como estavam. Eu dirigi cerca de uma hora. Eu costumava desligar o rádio nessas viagens e cantarolar, vendo se conseguia compor canções. Então comecei a cantar - 'Hey Jules - don'tmake it bad, take a sad song, and make it better... – contou certa vez Paul McCartney, dizendo que inicialmente queria compor algo como Hey Jules, mas preferiu encurtar o cumprimento. Ficou Hey Jude! Quando voltou da casa de Cynthia, foi ao piano e gravou um demo.


- O Paul cuidava de Julian como se fosse um tio. Mas também acho que em algum momento, quando retornava da visita para casa, pensou em compor "Hey John" - contou Lennon à revista Playboy.


O refrão de Hey Jude pede que Julian não carregue o mundo nas costas. Nossa homenagem, a homenagem do Café & Conversa a Hey Jude, single que completa hoje, 42 anos de edição.


Hey Jude

Paul McCartney


Hey Jude don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

Hey Jude don't be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you begin to make it better

And any time you feel the pain, Hey Jude, refrain
Don't carry the world upon your shoulders
For well you know that it's a fool who plays it cool
By making his world a little colder
Da da da da da
da da da da

Hey Jude don't let me down
You have found her now go and get her
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

So let it out and let it in
Hey Jude begin
You're waiting for someone to perform with
And don't you know that it's just you
Hey Jude you'll do
The movement you need is on your shoulder

Da da da da da
da da da da Yeah

Hey Jude don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her under your skin
Then you'll begin to make it better
Better, better, better, better, better, Yeah,Yeah,Yeah




Arroz com Pequi, Café e Muita Conversa


Ricardo Icassatti Hermano

Meu pai era goiano. Apesar disso, a comida em casa não era muito característica da região. Só de vez em quando comíamos algum prato tipicamente goiano, como empadão de frango, pamonha, gariroba etc.

Especialmente quando íamos a Goiânia visitar meus avós. Aí também comíamos de tudo e eu sempre voltava para casa com um enorme saco de papel pardo cheio de biscoitos de queijo feitos pela minha saudosa avó Arcângela.

Por falar nisso, preciso cobrar da minha prima Sônia e do meu primo Olavim a receita e as fotos desse biscoito de queijo ... anotar na agenda.

Mas, ontem tive uma esplêndida tarde de domingo. Fui ao Fellini Caffè me encontrar com os amigos Romoaldo e Little Mary e finalmente conhecer pessoalmente a recente amiga do Twitter @clarafavilla. Todos jornalistas.

Quiche com salada verde

Pense numa conversa divertida e agradável. Pense em gente inteligente e de bom gosto. Pense num ambiente descontraído, confortável, com boa música e bom atendimento. Foi muito melhor, pois tomamos o café Santo Grão Sul de Minas e ainda devoramos algumas delícias do cardápio.

Brownie com sorvete e calda quente de chocolate

Com todo esse aparato, a conversa só poderia ser muito boa. Falamos de tudo, principalmente da vida, e a política foi o último dos assuntos. Até porque não divergimos muito nessa área. Sinto que esse encontro se repetirá e acabará se tornando uma tradição. E o número de participantes também aumentará.

Spaguetti à Putanesca

Uma boa notícia. No próximo dia 19 de setembro, um domingo, a Fellini Café vai dar início ao seu serviço de café-da-manhã, com cardápio específico. O serviço será disponibilizado apenas aos domingos, a partir das 9h e vai até 13h. Já me tornei freguês.

Agora, vamos ao que interessa. A Trincheira da Resistência traz nova receita cujo ingrediente principal é o arroz. Em homenagem às minhas raízes e pela constante saudade do meu pai, da minha avó e de toda a família Hermano, hoje o prato é tipicamente goiano. Tão típico que só existe nessa região de cerrado, onde se encontra o fruto utilizado nessa receita.

Ainda encontramos muitos pequizeiros espalhados por Brasília

O Pequi é uma árvore nativa do cerrado brasileiro. Seus frutos são consumidos cozidos, com arroz e/ou frango. Além de possuírem aroma e sabor únicos, também são extremamente perigosos para os incautos. A semente tem milhares de espinhos bem finos, que ficam logo abaixo da fina camada de polpa amarela. Em vez de raspar suavemente a polpa com os dentes, os incautos dão logo uma mordida e ficam semanas tirando espinhos da língua e da gengiva.

Tá vendo os espinhos?

Atualmente é possível encontrar em qualquer supermercado a polpa do Pequi em conserva e sem os perigosos espinhos. Isso facilitou muito a vida de um amigo goiano viciado, o jornalista João Domingos, que comprava quilos de Pequi e congelava para garantir seu consumo o ano inteiro. Ele tinha até um freezer apenas para isso.

Mas, vamos à receita da Trincheira da Resistência contra o atraso e o autoritarismo.

Arroz com Pequi

Ingredientes

- 1/4 xícara de óleo de Canola
- 1/2 litro de pequi in natura lavado ou 1 vidro de polpa em conserva
- 2 dentes de alho espremidos
- 1 cebola grande picada
- 2 xícaras de arroz
- 4 xícaras de água fervendo
- Sal a gosto
- Pimenta do Reino
- Salsinha e cebolinha picada

Preparo

Não utilize panela de ferro, pois o pequi ficará preto.

Coloque o óleo numa panela junto com o pequi, o alho e a cebola e refogue em fogo baixo. Mexa constantemente com uma colher de pau. Respingue água se for necessário.

Quando o pequi estiver macio, acrescente o arroz e deixe fritar um pouco. Junte a água fervendo e o sal. Quando o arroz estiver quase pronto, adicione a pimenta do reino ou outra pimenta que prefira.

Na hora de servir, salpique cebolinha e salsinha picada por cima.

Esse prato desperta amor ou ódio, sem meio termo. Eu adoro : )

domingo, 29 de agosto de 2010

A Música do Dia - Lodi - Creedence


Romoaldo de Souza


Eu não diria que rolou um ciúme, mas Rodrigo Mello, o navegador campeão do Rally Internacional dos Sertões, quis saber por que Pedro Eurico, navegador da Mitsubishi RS, MS Rally tomou o café que levamos para a competição, e ele não.


Pedro Eurico confessa que o Bourbom Vermelho preparado especialmente para o 18º Rally Internacional dos Sertões, é um café surpreendente

- Esse pessoal do Café & Conversa é especial. Nunca tinha tomado um café tão bom como o que levaram para o Rally dos Sertões. Deu um ânimo", comentou Pedro Eurico, o navegador da MS Rally.


No Rally dos Sertões, "!" é mais que uma exclamação. É sinal de perigo!!!
Rodrigo Mello, o navegador deste caminhão fala dos dez dias na competição

Por isso mesmo fomos tomar um espresso. Um não, vários espressos. E fomos ao lugar onde nasceu o blog Café & Conversa. No Café Eldorado, que nem de longe lembra a casa que um dia já foi comandada pelo barista Francisco de Assis. Nem no atendimento nem na prestação de serviço. Acredite, o atual administrador mandou retirar as tomadas para que os clientes não gastem energia com seus laptops. Infelizmente, no ramo das cafeterias, tem muita gente pensando dessa maneira. Ao menos em Brasília.


Já no Rally dos Sertões, temos várias paisagens e diferentes personagens

Bom, mas eu não acordei nessa madrugada de um domingo ensolarado como hoje, somente para ver Lewis Hamilton, da McLaren, massacrar a Red Bull, engolir Kubica da Renault e deixar para trás o piloto mediano Felipe Massa da Ferrari. O GP de Fórmula-1 foi realizado no circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica.


Eu queria falar ao telefone com o navegador Rodrigo Mello, que no fim de semana venceu a 5ª etapa da Mitsubishi Cup Sudeste, realizada em Poços de Caldas (MG), região de excelentes cafés. Acertados os detalhes dessa entrevista exclusiva, vamos aos fatos. Vamos ao papo.


Resultado final, na categoria caminhões, no Rally Internacional dos Sertões.


1º lugar, piloto Marcos Cassol (RS); navegador Rodrigo Mello (DF); mecânico David Fonseca (SP). O trio pilotava um Ford, da equipe Ford Racing Trucks/Território Motorsport.


- Eu e o Marcos (Cassol), a gente já está há três anos juntos. Então a confiança é total. Erros existem, mas em dois minutos a gente já superou tudo e já está pronto para a longa disputa de um rally como o Sertões - disse Rodrigo Mello, abrindo os "trabalhos" de uma conversa na mesa da cafeteria, se bem que o navegador ainda estava de pé.


"Pedro tomou seu café primeiro que eu, mas no fundo, no fundo,
dá uma olhada no visual", provoca o navegador campeão


A equipe já se destacou desde o primeiro dia da competição. Embora eu tenha chegado a Goiânia apostando inicialmente, na equipe de Edu Piano. É lá na capital de Goiás, onde tudo começa, que tem início o mais importante evento de off-road do Brasil e o segundo do mundo, só perdendo para o Argentina-Chile-Dakar (ex-Paris-Dakar).


O Rally dos Sertões é a mais importante competição do país. Começa todo ano em Goiânia.
Agora, em 2010, foi até Fortaleza (CE), percorrendo 4.486km e passando por seis estados


- A gente conseguiu administrar a corrida, desde o início. Nós pegamos os três primeiros dias para andar forte, conseguimos uma diferença de quase uma hora e nos dias seguinte, fomos administrando - lembra.


Enquanto degustava um espresso curto no Café Eldorado, o navegador campeão lembrou que "se você erra logo no início, você pode jogar seu rally fora, logo no primeiro dia". Assim também é na vida.


Rodrigo Mello é um conhecedor e apreciador do bom café. Costuma pedir espresso curto. Não usa açúcar nem adoçante e lembra da falta que um bom arábico faz numa competição como o Rally Internacional dos Sertões.


"Espresso tem de ser forte, encorpado e ter retrogosto.
Aquele gosto que a gente carrega na boca por um bom tempo", define


- Houve um momento de grande tensão dentro da cabine do caminhão. Nós estávamos indo muito bem, até que cometi um pequeno erro na interpretação da planilha. Eu deixei para avisar do radar muito em cima e acabamos tomando uma penalizarão de 20 minutos que, no momento, abalou a gente um pouquinho, deixou o clima tenso - relembra.


Se dentro das pistas e mais precisamente, dentro da cabine, o clima não é somente de flores e champanhe ou café nas comemorações, fora do off-road, apesar do trocadilho, a situação é ainda mais complicada.


- A gente tem muita dificuldade para conseguir patrocínio. Principalmente em época de campanha eleitoral. Impressionante como, nessas épocas, o dinheiro está sempre destinado a financiar candidaturas - adverte, Rodrigo Mello.


Para o navegador, faltam também incentivos governamentais, "como já houve, antigamente, no governo do Distrito Federal".


Participar de um evento como o Rally dos Sertões requer
um bom empreendimento. Dinheiro é essencial


Paramos para falar de um momento hilário da competição. Eu contei a Rodrigo Mello que, quando passamos pela Chapada dos Veadeiros, me encontrei com o prefeito de Alto Paraíso. Divaldo Rinco deu uma festa para a caravana do Rally dos Sertões e fui lá conversar com ele quando me apresentou à cantora do baile, Natália. Filha do prefeito.


- É. Com a gente, os momentos engraçados são lembrados depois. Quando a gente chega ao final, mas eu não esqueço que o nosso mecânico (Davi Fonseca), um exímio conhecer do motor do veículo, trabalhava a noite toda e de manhã. Quando a gente chegava para começar a prova, ele estava juntando as ferramentas. Subia na cabine e dormia - confidenciou Rodrigo em meio a um sorriso e mais uma xícara de Orfeu caprichosamente tirado por Elizeth, que tinha tudo para ser a barista do Eldorado, mas foi "transferida" para o caixa.


Bom, foi isso. Essa conversa descontraída com o campeão do Rally Internacional dos Sertões, Rodrigo Mello, devidamente uniformizado para a foto e apressado para viajar a Poços de Caldas onde venceu a 5a. etapa do Mitsubish Cup.


Com vocês, atendendo a pedido de Rodrigo Mello, Lodi, a música mais, digamos, família, da banda Creedence Clearwater. A canção fala de um motorista que pega a estrada em busca da fama e da fortuna. "Procurando um pote de ouro". Será que conseguiu encontrar?


Glossário usado no Rally dos Sertões:


! - Cureca (perigo)
!! - Dupla cureca
!!! - Tripla cureca (risco elevado, baixar a velocidade ao mínimo)
D - Indica trecho de deslocamento, ou trechos do rally entre uma especial e outra
DEPS - Depressões na estrada de poça seca
EROS - Erosão na estrada
FZR - Fim de zona de radar
ITE - Início do trecho especial (cronometrado)
IZR - Início de zona de radar (velocidade controlada)
LAPE - Laje de pedra (piso de pedra onde o veículo irá trafegar)
LBD - Lombada dupla
MB - Mata burro
MBVCL - Mata burro com vão central longitudinal
PTVCL - Ponte de toras com vão central longitudinal
R-30 - Radar 30 km/h
V - Vila



Lodi

Creedence Clearwater


Just about a year ago

I set out on the road,

seekin' my fame and fortune,

lookin' for a pot of gold.

Things got bad and things got worse,

I guess you will know the tune -

Oh Lord, stuck in on Lodi up again


I rode in on a Greyhound,

I'll be walkin' out if I go

I was just passin' through

Must be seven months or more

Ran out of time and money

Looks like they took my friends


Oh, Lord, stuck in on Lodi up again

The man from the magazine

Said I was on my way

Somewhere I lost connection

Ran out of songs to play

I came into town on a one-night stand

Looks like my plans fell through


Oh, Lord, stuck in Lodi again

If I only had a dollar

For every song I've sung

And every time I've had to play

While people sat there drunk

You know I'd catch the next train

Back to where I live


Oh, Lord, stuck in on Lodi up again


Oh, Lord, Stuck in on Lodi up again




sábado, 28 de agosto de 2010

Arroz Doce é bom para pesadelos


Ricardo Icassatti Hermano

Noite passada tive um pesadelo terrível. Sonhei que um bando de criminosos, ladrões, sequestradores, assassinos e traficantes fundaram um partido e elegeram o chefe da quadrilha para o cargo de presidente da República.

Esse presidente bandido "governou" por vários anos, pilhou o país feito nuvem de gafanhotos e tentou implantar uma ditadura para se perpetuar no poder. Como não conseguiu, estava tentando eleger uma mulher que parecia um bujão de gás e ninguém conhecia, mas com um passado obscuro e violento. O plano era se perpetuar nos bastidores.

Cumpanhêrada reunida decide criar partido político

A quadrilha - que se camuflava de partido político - usava propaganda mentirosa e pesquisas de opinião compradas para enganar os eleitores. A corrupção corria solta e, com o aparelhamento do Estado, esquemas de extorsão foram montados a partir de informações sob a guarda e o sigilo de repartições públicas.

Acordei apavorado, tremendo e banhado em suor. Achei que estava na Venezuela ou em Cuba. Mas, ainda bem que era apenas um sonho ruim ... ufa!

Socorro!!! Venezuela e Cuba não!!!

Outro dia comentei aqui o excelente filme A Origem (Inception), que trata justamente de sonhos e de técnicas de invasão do sonho alheio para roubar informações sigilosas. Aprendi a não acreditar em coincidências.

Também contei a minha experiência com técnicas de memorização e controle de sonhos. Daí, montes de leitoras e leitores me pediram para dar alguma informação a respeito. Encontrei uns vídeos interessantes sobre essas técnicas num site chamado Howcast. Lá só tem vídeos explicando como fazer qualquer coisa.

Os vídeos estão em inglês, mas traduzi as informações essenciais, passo-a-passo. O primeiro vídeo trata de como manter uma memória dos sonhos, que é o primeiro passo na técnica de controlar os sonhos. O segundo vídeo trata das técnicas de controle do sonho.


Passo 1 - Mantenha ao lado da sua cama um caderno e uma caneta. Escreva tudo o que lembrar do sonho assim que acordar.

Passo 2 - Acorde lentamente. Fique alguns minutos deitado repassando e retendo o sonho na mente. Esse momento entre dormir e acordar é chamado de Estado Hipnagógico. Escreva em seguida.

Passo 3 - Mantenha rotineiramente hábitos ou ritos para dormir, incluindo deitar e levantar sempre nos mesmo horários; comer comidas leves à noite; evitar ingerir cafeína e álcool à noite; e ter um colchão confortável.

Passo 4 - Fale sobre seus sonhos com familiares e amigos. Isso ajuda a lembrar detalhes do sonho e a interpretar símbolos que não entenda.

Passo 5 - Desenhe, no mesmo caderno em que escreve, as figuras que viu em seus sonhos. Às vezes, isso ajuda mais a descrever seu sonho do que escrever.


Passo 1 - Comece a escrever um diário de sonhos, como explicado no vídeo anterior.

Passo 2 - Olhe intensamente para o espelho, títulos de livros e observe seu rosto várias vezes por dia. Nos sonhos, essas imagens estão sempre borradas e pouco nítidas. Fazendo isso enquanto se está acordado, aumenta as aparições nos sonhos, ajudando a reconhecer quando está sonhando.

Dica: Beliscar-se quando está acordado, é uma boa maneira de treinar seu cérebro a reconhecer quando está sonhando, porque quando você se belisca no sonho não sente dor.

Passo 3 - Fale consigo quando estiver começando a dormir, que vai ter um sonho lúcido. Tipo: "Vou ter um sonho lúcido". Pesquisam mostraram que simplesmente instruindo seu cérebro a perceber que está sonhando - especialmente na sugestiva fase pré-sono - ajuda a aumentar as chances de conseguir um sonho lúcido.

Passo 4 - Programe o despertador para tocar uma hora mais cedo que o normal. Quando ele tocar, permaneça acordado por 30 minutos a 60 minutos. Depois volte a dormir. Como você interrompeu um intenso momento de sono REM (Rapid Eyes Moviment), as chances de um sonho lúcido aumentaram de 20% a 50%.

Dica para as meninas: Se você estiver sonhando que o George Clooney está prestes a te beijar, mas também sente que está iniciando o processo de acordar, comece a rodopiar. Isso mantém o sonho andando 96% das vezes.

Passo 5 - Uma vez que você já consegue perceber que está sonhando, comece a comandar o sonho. Voe sobre as montanhas, diga poucas e boas à sua sogra ou namore. Você também pode tentar resolver problemas, praticar para confrontos difíceis e conversar com pessoas queridas que já morreram.

Lewis Carrol teve a inspiração para escrever Alice no País das Maravilhas, após ter um sonho lúcido.

Quanto ao meu terrível pesadelo, fiquei preocupado em passar o dia sobressaltado. Principalmente porque estamos em plena campanha eleitoral e a propaganda tem mostrado candidatos (ou criaturas) horripilantes. Nada estava ajudando.

Vota nimim cumpanhêro, pra eu comprá dois avião

Assim, recorri ao velho truque da comfort food. Fui buscar na infância um daqueles pratos que sempre acalantam nossa alma e nos enchem de segurança. Não importa a causa do desconforto. Basta comer um desses pratos e o medo se vai como fumaça. Como estou na minha Trincheira da Resistência, o prato tem que ter como ingrediente principal o arroz. E essa comfort food é puro arroz e prazer. Vamos a ela.

Arroz Doce

Ingredientes

- 1 1/2 litros de leite
- 2 xícaras de arroz, já lavado
- 3 xícaras de açúcar
- 1 lata de leite condensado
- Canela em pau
- 4 cravos
- 1 colher sobremesa de essência de baunilha

Preparo

Use uma panela bem grande para que o leite não derrame ao ferver.

Cozinhe o arroz no leite junto com a canela e os cravos por 20 minutos. Retire a canela e os cravos. Acrescente o açúcar e a baunilha. Mexa de vez em quando. Deixe no fogo por mais 20 minutos. Adicione o leite condensado e cozinhe por mais 20 minutos.

Passe para uma travessa e cubra com filme plástico rente à superfície. Deixe esfriar e leve à geladeira por 2 horas. Sirva polvilhado com canela em pó.

Não há pesadelo que resista a isso

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Arroz com Curry, Tomate e Ervilha - Resistência Francesa e uma Trincheira


Ricardo Icassatti Hermano

A Resistência Francesa (La Résistance), cujos integrantes eram chamados "Maquis" ou "Partisans", gerou milhares de estórias que viraram livros e filmes. Em alguns casos, viraram boatos, rumores, fuchicos e lendas. Essa rede de guerrilha e espionagem que atuava na clandestinidade numa França ocupada pelos nazistas, lutou contra o Eixo e os seus delegados colaboracionistas de 1940 até a libertação em 1944.

Cruz de Lorena, símbolo escolhido por De Gaulle para a Resistência

O movimento de resistência começou no Norte, com franceses que não aceitavam a submissão aos nazistas, imposta pela vergonhosa política colaboracionista do Marechal Pétain. A chamada Revolução Nacional acabou com os partidos e os sindicatos. Isso fez com que os diversos grupos de resistência dispersos se unissem para combater o "inimigo comum".

Partisan na França ocupada pelos nazistas

A Resistência Francesa também ficou famosa pelas mulheres que a integravam e que não se submeteram à famigerada "nova ordem moral" imposta pelo Marechal Pétain: "mulher em casa". A "nova ordem moral" foi inspirada nos Três K's de Hitler, que são as iniciais das palavras em alemão usadas para restringir as mulheres à maternidade, à cozinha e à igreja ...

Esse moralismo autoritário gerou no governo francês uma série de políticas anti-feministas nas áreas da educação, do trabalho e até da sexualidade. As mulheres francesas foram literalmente à luta. Com obstinação e competência, pegaram em armas, mataram e morreram para que emergisse uma nova definição de mulher.

Irena Demick, atriz que interpretou uma das mulheres
que lutaram na Resistência, no filme The Longest Day (1962)

O nosso Marechal Pétain atende pelo nome de um molusco e está colocando o Brasil a serviço de ideologias fascistóides e projetos tenebrosos. Colaboracionismo de Megalonanicos. O Eixo aqui é representado por uma Aliança das Trevas entre coronéis do atraso, que pretende dominar e exterminar toda a liberdade do país. O método é o mesmo utilizado pelos nazistas, com um maciço volume de propaganda mentirosa. E, dentro dessa propaganda, a tentativa de substituir o senso crítico dos cidadãos por pesquisas de opinião fajutas.

Aqui no blog, a resistência se resume a uma trincheira, de onde disparo opiniões e exerço a minha liberdade de expressão com algum humor. Por enquanto é possível. Ainda temos uma Constituição e um Poder Judiciário meia boca. Escolhi o arroz como símbolo dessa resistência, inspirado nos vietnamitas e nos povos do deserto. Eles sabem tudo sobre resistência.

Como prometi, todos os dias, até a eleição, vou postar receitas que tenham o arroz como principal ingrediente. Quero viver num país decente. Quero que meus filhos vivam num país decente. Quero que meus netos tenham essa oportunidade também. Portanto, vou fazer a minha parte e resistir.

Arroz com Curry, Tomate e Ervilha
6 porções

Ingredientes

- 1 1/2 xícara de arroz integral
- 1 colher sopa de azeite de oliva extra virgem
- 1 cebola pequena picada
- 1 colher sopa de gengibre ralado
- 1 dente de alho ralado
- 1 1/2 colher chá de curry em pó
- 1/2 colher chá de sal
- 1 lata de tomates pelados em cubos, sem o soro
- 2 1/3 xícaras de caldo de legumes (ou de galinha)
- 1/2 xícara de ervilhas congeladas, descongeladas

Preparo

Pré-aqueça o forno a 190º.

Espalhe o arroz no fundo de uma travessa (20 cm X 20 cm).

Numa panela média, em fogo médio-baixo, junte o azeite, a cebola, o alho, o gengibre, o curry e o sal. Refogue por 80 a 10 minutos, até que a cebola esteja transparente. Adicione os tomates. Refogue por 2 minutos. Adicione o caldo de legumes. Assim que levantar fervura, desligue o fogo.

Derrame a mistura do caldo sobre o arroz na travessa. Cubra a travessa com folhas de alumínio e leve ao forno por 70 minutos (1 hora e 10 minutos).

Retire a travessa do forno e espere esfriar uns minutos. Adicione as ervilhas, misture e sirva.

Estamos na trincheira, mas o arroz é nota 10