Ricardo Icassatti Hermano
Após assistir o filme Gigantes de Aço (Real Steel), fiquei com a nítida impressão que os produtores queriam homenagear o Sylvester Stallone. Mas, em vez de refilmar um dos seus blockbusters, resolveram juntar vários num só e fazer um mexidão. Encontrei várias referências a filmes da série Rocky Balboa e ao eterno Sessão da Tarde: Falcão, O Campeão dos Campeões (Over the Top).
Cartaz do filme
Copiar o que é bom e funciona não é demérito. Fazer mal feita a cópia, é. Felizmente, não é o caso desse filme, que foi muito bem produzido. O roteiro é previsível, claro. Um pai omisso, ex-lutador de boxe, irresponsável, imaturo, porém gente boa, ganha a guarda do filho que teve com uma namorada e a quem sequer conhece. O resto a gente já sabe. O que muda é o cenário. Neste caso, o mundo - e o submundo - das lutas de boxe entre robôs.
Pancadaria robótica come solta
Se você parar para pensar um pouco, é o futuro provável mesmo. Hoje pela manhã, vi no telejornal Bom Dia Brasil o mais novo robô japonês. Fiquei abismado. Ele pula, corre e tem um avanço incrível na operacionalidade das mãos. Consegue até abrir uma garrafa térmica. Esse extraordinário avanço vai permitir que ele seja usado nas áreas mais contaminadas da usina nuclear de Fukushima. O futuro é agora ...
Não vai demorar para vermos cenas como essa
No filme, os robôs são a salvação do boxe. Em determinada cena, o lutador interpretado pela paixão da minha amiga Elina Rodrigues, o Wolverine Hugh Jackman, explica que a sanguinolência do Vale Tudo e os estilos de luta no chão levaram à substituição dos lutadores humanos por robôs. Cita os Gracie etc. e tal. No filme, os robôs em questão lutam boxe. Pelo menos no circuito oficial e mais endinheirado. Porque no submundo, continua valendo tudo.
O filme ainda tem a gata Evangeline Lilly
Um aspecto bacana no filme é o reconhecimento de que para lutar direito é preciso ser lutador e não apenas um bom manuseador de joysticks. E é basicamente isso que se desenrola na trama. Um ex-lutador fracassado e perdido na vida que se reencontra na luta. Quem é lutador entende o que é lutar com técnica apurada e tem enorme prazer nisso.
Mais um pouco da bela Evangeline ... (suspiro)
Daí juntaram um lutador gente boa, uma gata (Evangeline Lilly), um garoto meio bicha e um robô simpático chamado Atom. Eis a fórmula do sucesso. A trajetória de um grupo de derrotados rumo ao sucesso e à fama. Parece firula, mas não é. O filme é entretenimento garantido, diversão para toda a família. Veja o trailer:
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