Uma nova geração de comediantes americanos está revolucionando o gênero no cinema. O mais famoso deles é o Adam Sandler, que já escreve, atua, dirige e produz seus filmes e de outros também. Uma galera mais nova vem seguindo a trilha aberta por Sandler, mas tem como ídolo supremo ninguém menos que Bill Murray, o rei do humor nonsense.
Bill Murray, o ídolo dessa geração
Ainda bem que essa garotada optou pelo humor surpreendente, inteligente e sagaz, afiado como uma navalha de barbeiro psicopata. Além disso, todos eles falam a linguagem dos geeks, os antigos nerds. Dessa geração de atores, roteiristas e diretores, fazem parte Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Heather Graham, Justin Bartha, Sasha Barrese, Rachael Harris, Judd Apatow, Seth Rogen, Leslie Mann, Jonah Hill, Jason Schwartzman, Rob Schneider e tantos outros. Como não podia deixar de ser, muitos deles vêm de uma longa linhagem de humoristas judeus.
Por isso, mal pude esperar para assistir o filme Zombieland (Zumbilândia), estrelado pelos atores Woody Harrelson e Jesse Eisenberg e pelas atrizes Ema Stone e Abigail Breslin. A direção é de Ruben Fleisher e o roteiro é responsabilidade da dupla Rhett Reese e Paul Wernick. O filme, como o próprio título entrega, é uma história de zumbis, outro gênero que reúne uma multidão de fãs em todo o mundo. O tema se presta a várias abordagens e a comédia é apenas um deles. Na minha opinião, o melhor também.
Cartaz do filme
Zombieland é para rir e rir muito. As situações são mais ou menos as de qualquer filme de zumbi, mas com um humor fino. O protagonista é o geek Columbus (Jesse Eisenberg), um universitário nos seus 18/19 anos que vivia recluso e virgem. Passava as noites de sábado jogando games no computador, rodeado de pizzas e litros de refrigerante. Seu sonho é encontrar uma garota que lhe permita fazer o gesto de colocar uma mecha de cabelos atrás da orelha, uma cena clássica de filmes românticos. Além disso, ele tem uma série de fobias hilárias, que vão de palhaços até o pano usado por garçonetes de lanchonetes para limpar as mesas, e sofre de Síndrome do Intestino Irritável. Columbus anota num caderninho as suas regras de sobrevivência e quer apenas reencontrar a família.
O hilário geek Columbus e o exterminador Tallahasse
O personagem de Woody Harrelson é o texano Tallahasse, um sujeito bronco que descobriu ser possuidor de um talento especial: exterminar zumbis. Para isso, desenvolveu técnicas e armas menos óbvias que uma carabina ou pistola. Ele se diverte muito matando os mortos-vivos e vaga por uma América completamente destruída e dominada por zumbis em busca de uma certa marca de bolinhos com recheio cremoso que ele adora. A sua maior preocupação é que esses bolinhos têm prazo de validade e, obviamente, não são mais fabricados.
Tallahasse e sua técnica exótica para liquidar zumbis
As duas meninas, Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), são irmãs e trambiqueiras. Já viviam de pequenos golpes antes da epidemia que contaminou as vacas, os hamburgueres e os americanos. São duas sobreviventes que confiam apenas uma na outra e estão tentando chegar no único lugar que lhes serve como referência de momentos felizes. Há uma surpresa muito interessante no meio do filme.
Little Rock e Wichita, duas irmãs trambiqueiras
Esse grupo acaba transformando o filme num road movie, em que todos descobrirão algo sobre si mesmos e passarão por algum amadurecimento ao longo da viagem. O filme é sensacional.
Você não mataria alguns zumbis por ela?
Prepare-se para rir muito desde a primeira cena com as aventuras e desventuras desses quatro sobreviventes. O Café & Conversa aprovou com nota 10 e recomenda Zombieland como diversão para toda a família. Não se preocupe pois não há excesso de violência. Veja o trailer abaixo.
Ricardo Icassatti Hermano
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