sábado, 23 de abril de 2011

13 Assassinos. Ou seria melhor: 13 Samurais?


Ricardo Icassatti Hermano

Feriadão chegou em boa hora. Pude me dedicar à Blog-Novela Broken Heart's Brodo, rever velhos amigos e assistir uns filmes. Dentre eles, um filme japonês que um amigo residente nos EUA me trouxe em DVD. Ainda não estreou no Brasil.

Conhecedor da minha dedicação às artes marciais e ao Bushido, o velho amigo não titubeou em me presentear com o filme 13 Assassinos. Eu sei, o nome parece muito forte e realmente não exprime com precisão a história que vi. Para mim, seria melhor 13 Samurais.

Cartaz do filme, em japonês

O filme conta de maneira dramática um fato real, que marcou o final da era feudal dos shogunatos no Japão e deu início à Era Meiji. Um Shogun psicopata, que era quem mandava no Japão feudal, não mede consequências ao dar vazão à sua crueldade. A cultura japonesa de hierarquia e obediência sem questionamentos e a psicopatia do Shogun acabam levando a um impasse político.

Vai encarar?

Para piorar, esse Shogun estava para assumir o trono e se tornar imperador do Japão. A saída, nesse caso, se configura na eliminacão do Shogun visando o bem geral. Mas, isso não é uma tarefa simples. Estamos falando de um Japão feudal. Assim, um nobre é encarregado de recrutar um Samurai da sua confiança para executar o serviço. Esse Samurai fica responsável por recrutar outros Samurais e montar o grupo que vai matar o Shogun.

O recrutamento do primeiro Samurai é sensacional

É a esse grupo que o título do filme faz referência. Aí o filme se desenrola. Governantes psicopatas são bem conhecidos de todos. No Brasil tivemos alguns, mas ainda bem que não chegavam a serial killers. Embora não tenham deixado de matar milhares de outras maneiras. Estão aí a dengue, a lepra, a tuberculose, as estradas, os hospitais, a corrupção, as drogas, o crime que não me deixam mentir.

O pau canta, o couro come e a espada corta

O filme é excelente, pois aborda vários pontos do Bushido, estratégias de guerra e tem cenas fantásticas de luta. Valeu cada segundo. Estou gostando cada vez mais dos filmes japoneses. A direção é de Takahashi Miike, um diretor considerado cult que já andou pela seara dos filmes de ação com a Yakuza e de terror. Atuam nos principais papéis Kôji Yakusho, Takayuki Yamada e Yusuke Iseya.

Quando chegar aos cinemas brasileiros, não percam. Eu vou assistir novamente porque deve ficar demais na tela grande. O Café & Conversa assistiu, gostou e recomenda para toda a família. Filmaço! Veja o trailer.



Um comentário:

Rafael disse...

Não era o Shogun que era psicopata e sim seu irmão que usufria desse status para cometer as atrocidades que cometia
Filme bom mesmo acabei de ver