domingo, 3 de abril de 2011

Bruna Surfistinha, Misoginia e Histeria


Ricardo Icassatti Hermano

Well, todo mundo já assistiu, está assistindo ou vai assistir, então lá fui eu também assistir o filme que está dando - sem trocadilhos - o que falar e uma enorme bilheteria. Estou falando do filme Bruna Surfistinha, com a atriz Deborah Secco no papel título.

Cartaz do filme que está bombando

Aliás, uma escolha perfeita pois a atriz incorporou a personagem de maneira absolutamente convincente. Deborah Secco é linda, fascinante e transpira sensualidade por todos os poros. Além disso, ela realmente desempenhou na atuação e não teve tempo quente nem nas cenas mais ousadas, que são muitas.

Na Deborah Secco, até o silicone nos seios ficou bom

A história, retirada do livro O Doce Veneno do Escorpião, é que é manjadíssima e por isso não traz surpresas ou originalidade. O filme conta a história da garota adolescente que gosta de sexo e é sacaneada pelos colegas do colégio. Em vez de se tornar Carrie a Estranha, vai para o mundo da prostituição. Aqui abro um parêntese.

À esquerda, a Bruna Surfistinha real e autora do livro

Conheci duas histórias desse tipo na minha adolescência. Nas duas, tive que distribuir uns sopapos nos babacas envolvidos. Mais tarde, pensando sobre o assunto, cheguei à conclusão de que se trata de pura misoginia. Já disse aqui no blog que homens e mulheres só vão se entender de verdade no dia em que realmente gostarem das diferenças de gênero.

Falo dos homens porque não me atreveria a discorrer sobre o universo feminino. Os homens, de maneira geral, ainda não conseguiram evoluir da meninice, quando não gostavam das meninas. Com o tempo, muito desse "não gostar" virou misoginia, machismo, ódio puro e simples ou androcentrismo.

Eu sei ... mulher é complicada, mas eu aprecio até a complicação delas

São poucos os homens que sabem apreciar uma mulher pelo o que ela é e representa. São poucos os homens que apreciam as diferenças entre os dois universos. Mas, também são poucas as mulheres que tenham a mesma apreciação. É possível identificá-los quando encontrar casais felizes.

Mas, voltando ao filme. Já no mundo da prostituição, Bruna faz sucesso porque teve alguma educação e é criativa. Mas, como qualquer pessoa, não estava preparada para a fama. Daí vieram, as festas, as falsas amizades, as drogas e ela acabou expondo o pescoço para deleite dos vampiros.

É uma fantasia perversa achar que o mundo da prostituição é só alegria

Como era de se esperar, ela conhece o fundo do poço, de onde é salva pelo amor de um homem, um ex-cliente, com quem acabou se casando na vida real. Quem nunca viu uma história como essa antes? O filme vale pela atuação da Deborah Secco, que merece todos os prêmios brasileiros de cinema, pelas cenas de sexo, algumas hilárias.

E aqui abro um outro parêntese para uma observação estritamente pessoal e sem comprovação científica. Não sou psicólogo. Sou essencialmente um humorista, tenho alma de comediante e presto muita atencão em tudo que provoca risos nas pessoas. Há muito tempo venho notando que boa parte das pessoas ou não sabe distinguir o que é drama e o que é comédia, ou estão apenas exercitando um lado mórbido que ri histericamente da desgraça alheia.

Afinal, qual é a graça de uma pessoa desmaiar e quase morrer por causa de uma overdose de cocaína? Qual é a graça que tem uma mulher chorando por ter sido descoberta pelo irmão num puteiro?

Outra coisa que notei foi a grande audiência feminina. Segundo minhas fontes para assuntos femininos, as mulheres têm grande curiosidade sobre o mundo da prostituição. O que vocês acham? Em todo caso, o filme vale o ingresso e merece o sucesso de bilheteria que está tendo.

Habitualmente, coloco ao final da resenha o trailer do filme em questão. Mas, hoje, devido ao alerta das minhas fontes sobre a curiosidade feminina, trago outro vídeo com a Bruna Surfistinha em pessoa dando dicas sexuais para as mulheres, solteiras e casadas, sobre como apimentar a relação. Creio que será bastante útil.



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