sexta-feira, 9 de março de 2012

Café, química verde e medicina


Ricardo Icassatti Hermano e Romoaldo de Souza

O café continua surpreendendo os cientistas que trabalham com a chamada “química verde”. Agora foram pesquisadores da Universidade Nacional de Taiwan, liderados pelo cientista Pin-Che Hsu, que utilizaram pó de café usado, a popular borra de café, como matéria-prima para criar nanopartículas (ou nanopontos) luminescentes.

Essas nanopartículas têm vários usos, mas é especialmente importante na geração de imagens de tecidos biológicos. E por que essa descoberta é relevante? Atualmente, essas nanopartículas são feitas com cádmio e selênio, materiais altamente tóxicos para os tecidos vivos. As nanopartículas feitas a partir da borra de café são totalmente biocompatíveis e emitem luz em diversas cores com eficiência.  


O Café Pessegueiro tem notas achocolatadas, acidez equilibrada
         
Segundo a pesquisa, o processo se resume a secar a borra de café em um forno e moer bem fino. Depois passa por outro processo de queima e diluição em etanol. Esse material biocompatível foi testado gerando imagens de células vivas para detectar a angiotensina I, um peptídeo que causa a contrição dos vasos sanguíneos, podendo levar à hipertensão.



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