domingo, 25 de julho de 2010

Predadores, de Robert Rodriguez


Ricardo Icassatti Hermano

Peguei a filharada (três mais um amigo deles) e fomos assistir o novo filme da série Predador. Desta vez, com produção do genial mexicano rei do trash movie Robert Rodriguez e direção de Nimród Antal. O nome do filme já diz bastante sobre o que iríamos encontrar: Predadores ... Após o filme, fomos almoçar e comentar. Um hábito que temos e que virou tradição. Muito bom trocar ideias com eles.

Cartaz do filme

Estou considerando como "série" apenas o Predador e o Predador 2. Os outros filmes Predador X Alien não entram nessa conta. São outra coisa. Por que? Ora, porque nos dois primeiros o embate principal é entre o Predador e o ser humano. O caçador e a caça. Nos outros o embate é entre os dois tipos de alienígena. O ser humano entra no meio dessa briga por acaso.

Rodriguez não disfarçou as referências e homenagens ao primeiro filme da série, estrelado por Arnold Schwarzenegger e que se tornou um sucesso instantâneo. Hoje, é um clássico da ficção científica com porrada. Estão de volta o cenário de selva tropical, a turma de guerreiros profissionais e a metralhadora giratória que inspirou o próprio Exército americano a incorporar esta arma em seu arsenal.

Rodriguez trouxe o bicho feio de volta

As armas sempre são um capítulo à parte. Além da metralhadora giratória nas mãos de um soldado russo, o ator principal Adrien Brody carrega uma possante semi-automática calibre .12 com pente circular. Uma belezoca! Ele também leva um facão, que é outra referência ao primeiro filme. As outras armas são mais convencionais. Metralhadoras e pistolas de grosso calibre.

A brasileira Alice Braga faz uma militar israelense com uma carabina para sniper. Uma arma que não seria muito útil naquela situação de combate a curta e média distâncias. Como ela foi projetada para tiros a longa distância, precisa ser ajustada praticamente a cada tiro. Mas, dei um desconto porque a luneta da arma parecia ter algum dispositivo eletrônico que, de repente, fazia automaticamente os ajustes de mira.

A gata Alice Braga e sua ultra-moderna mira telescópica

Pequenos detalhes técnicos que a nossa tribo de fãs de ficção científica gosta de observar ... Eu sempre alerto: senhores e senhoras diretores(as) e roteiristas, não tentem nos enrolar. Tudo tem que estar bem amarrado.

Eu fiquei amarrado mesmo foi na Alice Braga ...

No primeiro filme, um caçador alienígena vem ao nosso planeta caçar numa selva onde atua uma guerrilha. Schwarzenegger comanda um grupo de mercenários cuja missão é resgatar um agente da CIA capturado pelos guerrilheiros. O bacana é que, como todo bom caçador, o alienígena gosta de caçar apenas quem pode se defender. A igualdade de condições deixa tudo mais interessante. Quer atirar? Vá para um estande de tiro. Caçada é outra estória, é um jogo de astúcia e estratégia.

Neste novo filme, os caçadores (é, meu amigo, são vários) abduzem suas caças, levam a um outro planeta e, literalmente, as atiram lá. Depois, vão atrás delas para matá-las. Uma grande ideia para renovar a série. Assim, o grupo de humanos a ser caçado é bem heterogêneo. Aliás, os Predadores têm uma preferência especial pelos humanos. Parece que temos fama de perigosos pelo universo afora.

Turma de malvados

Quase todos são militares ou ex-militares de diferentes nacionalidades. Ainda tem um traficante de drogas mexicano, outro é um assassino condenado à morte, um guerrilheiro africano e um médico que ninguém sabe o motivo de estar ali também. A surpresa fica com um membro da Yakuza japonesa. Mas, todos são gente acostumada a matar.

No almoço pós-filme, discordamos em vários aspectos. Mas, fomos unânimes num ponto. O ator Adrien Brody não foi a melhor escolha para o papel principal. Apesar de estar malhado, não tem suficiente cara de durão. E esse é um detalhe fundamental. Não convenceu. Especialmente no final.

Infelizmente, Adrien Brody tem cara de bundão

Quer saber mais? Vai assistir o filme porque esse blog não é livro e não estraga o prazer de nenhum cinéfilo. Fique com o trailer que já está bom demais. Café & Conversa assistiu, gostou e recomenda. Diversão para toda a família.



4 comentários:

Anna disse...

Nossaaaaa! Discordo plenamente que o ator principal tem cara de bunda...rs
Aliás só verei esse filme por conta dele.
=)

Café & Conversa disse...

Querida Anna, a cara de bundão não é necessariamente um defeito ou algo negativo para o seu possuidor. Especialmente se for um ator. O problema é que na área artística do entretenimento, certos papéis exigem correspondência no biotipo físico para serem convincentes.

Pessoalmente, não temos nada contra o bom e velho Adrien Brody. Ele fica bem em papéis dramáticos, como em O Pianista, que lhe deu o Oscar de Melhor Ator. Também gostei dele em Cadilac Records. Mas, no geral ele tem escolhido mal seus papéis, como em King Kong ... filme que, aliás, não acertou no elenco. O único que salva ali é o gorilão sensível.

Defendo apenas que cada macaco deve ocupar o seu respectivo galho ... É por isso, que o Schwazenegger nunca fez um filme romântico ou dramático. Nem o Woody Allen tentou fazer o papel de Conan, o Bárbaro.

Abraço

Ricardo

Anna disse...

Bem esclarecido! Tá, me convenceu que ele pesa mais nos papéis dramáticos.Tens razão nisso.

Café & Conversa disse...

: )