Final de ano, o Natal se aproxima. Hora de deixar as tristezas e decepções um pouco de lado e se concentrar em sentimentos mais nobres. É um momento de reflexão interior, de fazer as contas e os ajustes para o futuro, que está logo ali depois de 31 de dezembro.
Meu pai faleceu há alguns anos e nessa época natalina a saudade que sinto dele cresce bastante. Sinto a falta dele e das suas piadas sem graça. Mas, ele era fã do cantor norte americano Nat King Cole. Tenho até uma foto em que ele, muito jovem, faz pose e usa terno e penteado iguais ao do cantor. A diferença é que meu pai sempre usou um daqueles bigodinhos compridos e finos.
Sucesso mundial muito antes do Obama
Nat King Cole (1919-1965) é um dos maiores cantores que esse mundo já viu. Dono de uma voz de barítono suave impecável, também marcou a sua época por ser um artista negro que emocionava multidões. É preciso lembrar que eram tempos de racismo radical nos Estados Unidos. Apesar disso, foi o primeiro negro a apresentar um show de variedades na televisão.
Além disso, Nat King Cole era um soberbo pianista de jazz e compositor. Suas músicas são constantemente regravadas por músicos do mundo inteiro. Ele era um cantor versátil e passeava com tranquilidade por diversos estilos, como o jazz, swing, jump blues e o pop, onde deixou sua marca nas inúmeras canções românticas que embalaram os sonhos de jovens como o meu pai.
Em Chicago, onde sua família morava, o músico começou a carreira ainda adolescente, em meados dos anos 1930, com o nome artístico de "Nat Cole". Junto com o irmão Eddie Cole, gravou a primeira música em 1936. Depois disso, Nat se mandou para Long Beach, na Califórnia, onde formou uma banda com outros três músicos chamada "King Cole Swingers", que fez um razoável sucesso.
Casou-se em 1937 com a dançarina Nadine Robinson e mudou-se para Los Angeles, onde formou o "Nat King Cole Trio", com Cole no piano, Oscar Moore na guitarra e Wesley Prince no baixo. O resto é história.
Por que não vivi nessa época?
Como Romoaldo resolveu se perder nas trilhas do Goiás, coube a mim a escolha da Música do Dia no Café & Conversa. Para dar o start no Natal e homenagear meu querido pai, escolhi a canção The Christmas Song, com Nat King Cole. Porque um pouco de classe não faz mal a ninguém ...
Ricardo Icassatti Hermano
2 comentários:
Não há "confort food"? Nat King Cole é "Confort Music"...
Falou e disse =D
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