quarta-feira, 7 de julho de 2010

Caneca viaja, mas missão naufraga ...


Ricardo Icassatti Hermano

Pode parecer machismo da minha parte, mas garanto que não é. Até porque as mulheres em questão confessam suas falhas imperdoáveis. Mas, duas mulheres soltas em New York com vários cartões de crédito nas bolsas, não pode prestar mesmo. É muita distração para seres que naturalmente têm dificuldade de manter o foco.

Mulheres adoram alimentar a ladainha que as coloca como seres superiores e mais desenvolvidos que os homens. Bull shit, como dizem os americanos. Começando pelo tal do feminismo, "movimento" que fez as mulheres abrirem mão do imenso poder que tinham para tentar ser iguais aos homens. Isso é o que se chama de "conto do vigário".

Elas adotaram hábitos promíscuos, partiram para a competição, estão tendo doenças cardíacas e sexuais, se drogando, se estressando e morrendo mais cedo. Exatamente como os homens faziam. Faziam, eu disse. Porque com o tal do feminismo, o homem aprendeu a cuidar da saúde, ser mais carinhoso com os filhos, mais compreensivo com as mulheres, mais sensível e melhorou de vida.

Agora, elas querem recuperar o poder e a vida que tinham. Querem homens másculos, viris, brutos, para enfrentar o mundo e trazer a carne de dinossauro para o jantar. Mas, como dizia um filho meu quando era pequeno: "aí, já era". Vão continuar se matando de trabalhar e idolatrando metrosexuais lusitanos.

Mas, o que isso tem a ver com a missão que naufragou e a caneca do seu blog favorito? Duas amigas do Café & Conversa, a jornalista Silvia Gomide e a médica Cláudia Gurgel, viajaram para New York e para o Canadá, levando em suas malinhas a nossa caneca personalizada e exclusiva para fazer umas fotos na cafeteria do momento, a RBC NYC e experimentar o café servido ali. Depois, relatar a aventura. Essa era a missão.

Como você verão a seguir, a missão naufragou como um Titanic após bater no iceberg do consumismo desenfreado. Que mulher resiste a uma vitrine e à mínima possibilidade de comprar alguma coisa, qualquer coisa? Pois é ... leiam o relato/confissão da Silvia e se horrorizem como nós. Deus ajude essas criaturas fraquejantes e nada confiáveis ...

Missão: impossível!

Nossa missão era simples. Visitar a RBC Coffee, provar dois cafés e contar para o Café & Conversa como foi a experiência. Dificuldade? Zero. Bem, acordamos animadas em nosso último dia em Nova Iorque para cumprir a tarefa designada a nós por Ricardo e Romoaldo.

A ideia era seguir direto para a RBC, tomar café da manhã por lá e depois curtir o dia a partir do sul de Manhattan. Partindo do Hotel Mela, bastava pegar o metrô na 42. Mas já acordamos meio tarde, chegamos ao térreo, na 44th, já eram bem umas 10h.

A caneca numa cafeteria do ... Canadá!

Aí resolvemos tomar café no bistrô que pertence ao próprio hotel. É caríssimo, mas a comida francesa, absolutamente perfeita. Não podíamos perder o último petit déjeuner naquela delícia: french toast, frutas vermelhas, suco de laranja (caixinha) e o "chafé" americano, que eu tanto adoro.

Pela vitrine da cafeteria, a caneca observa o movimento e a paisagem

Com os buchos devidamente forrados, descíamos a 44th em direção ao metrô, quando vimos a imensa M&M´s World. Faltaram os docinhos dos sobrinhos! Céus! Antes da RBC, temos que passar na mega-store do chocolate e encher um saquinho plástico com M&M´s de todas as cores, ou os sobrinhos param de falar com a gente.

Saímos do prédio de vários andares de pastilhinhas com dois saquinhos cheios de doces, sei lá, cada um devia ter ... um quilo. Não tem problema, os sobrinhos são magrinhos, podem comer o tanto que quiserem (e nós vamos roubar alguns ao longo da viagem, claro). - Tomara que os sobrinhos leiam isso -

A caneca fazendo novos amigos na cafeteria canadense

Como a gente já estava na 49th não compensava descer até o metrô da 42. Seguimos à pé até a 5th Avenue, a Quinta, para os íntimos, para lá pegar um táxi em direção à RBC, nossa missão, lembra?

Bom, na Quinta a coisa realmente saiu de controle. A Best Buy foi parada obrigatória, entre outras bugingangas, compramos um pacote com 26 pilhas palito por US$ 6. Faça as contas. E também um pendrive menor que uma unha, por US$ 25.

Cafeteria canadense bacana e modernosa

Já com algum peso no lombo, entramos na lojinha da HBO, afinal, Sex & The City 2 está nos cinemas, terceira temporada de True Blood iniciando. Tínhamos que olhar as novidades. Bom, aí o peso ficou demais. Demos uma passadinha rápida no hotel para descarregar e voltamos à rua.

Só que já era hora do almoço e decidimos rumar para a famosa Katz Delicatessen, aquela onde Harry encontrou Sally e ela... bem, ela se divertiu muito na mesa. Ou fingiu que. Lá, lotadíssimo com gente do mundo todo, comemos uns hot dogs deliciosos, tivemos a honra de bater um papo com o dono, ou gerente, cuja foto aparecia nas paredes com milhares de estrelas de Hollywood, políticos famosos e gente do esporte.

Já estávamos quase indo embora quando entra pela porta da Katz o ator Danny Glover, com um menininho. Todo trabalhado no terno e gravata, Glover ficou na fila como qualquer mortal, causou uma pequena comoção entre os frequentadores (tanto locais quanto turistas) e saiu de lá com o seu sanduíche take away.

Claro que como boas caipiras do terceiro mundo ficamos, disfarçadamente, observando Glover até ele sair da loja. Não é todo dia que a pessoa encontra um ator de Hollywood ao vivo.

Saímos da Katz, já com a tarde avançada, para ir à RBC. Mas aí lembramos que o New Museum fica ali pertinho, dava pra ir à pé! Hell, Yes, claro que fomos fazer uma visita cultural. E vimos um homem de cinco metros de altura completamente nu, com esquilos espalhados pelo corpo. Tem coisas que só Nova Iorque faz por você. Depois subimos até o último andar do museu e ficamos curtindo um lindo visual do sul da ilha.

Bom, o museu fechou já eram seis horas. A peça na Broadway ia começar às sete. Pegamos um taxi de volta para a confusão. Assim a caneca do Café & Conversa acabou a noite em plena Times Square. Já viu, né. A RBC ficou para a próxima visita a NYC.

A caneca fazendo sucesso em plena Times Square

Desculpem aí Ricardo, Romoaldo. A gente promete se esforçar mais na próxima vez.

Silvia Gomide é jornalista e ama Nova Iorque cada vez mais, embora nunca consiga chegar onde pretendia quando anda por Manhattan. Cláudia Gurgel é médica, adora café e seria a responsável pela crítica gastronômica do RBC.

E vocês acham que elas trouxeram um presentinho, um agrado do free shop, para compensar o fracasso e amenizar a nossa dor? É, eu sei. A vida é cruel ... e aí, já era!

2 comentários:

elina disse...

aahahaha, isso é a cara da silvia! mas vejam bem, meninos, ela LEVOU a caneca. vcs estão em altíssima conta!

Anamaria disse...

delícia de história!