domingo, 25 de outubro de 2009

Distrito 9


Hoje almocei com a imensa filharada e, em seguida, fomos assistir ao comentado Distrito 9. Já havia lido as críticas, mas o filme supera qualquer expectativa.

Quem estiver esperando ficção científica até vai encontrar e não se decepcionará, mas o forte do filme são as relações entre humanos e dos humanos com os milhões de alienígenas que por motivo ignorado estão presos em nosso planeta. Mais especificamente em um favelão nos arredores de Johannesburg, África do Sul. Em regime de total segregação.

Cartaz do filme

O diretor, Neill Blomkamp, mostra com clareza desconcertante como as nossas perspectivas mudam quando estamos na pele do outro. Literalmente.

Utilizando na medida certa os efeitos computadorizados, ele pega pesado no visual e consegue aguçar nossos sentidos a ponto de quase sentirmos as dores, os sabores e os aromas nas cenas.

Não se assuste com algumas cenas. Você vai pensar que está vendo um noticiário sobre a guerra entre traficantes e polícia nas favelas do Rio de Janeiro. É impressionante como todas as favelas do mundo se parecem.

"Aí malandro! Perdeu ..."

Saímos do cinema com a confirmação de que o ser humano só consegue se colocar realmente na pele do outro depois de perder tudo, as referências, as ilusões e a própria identidade. Somente quando atingir o limiar da morte estará apto a encontrar os pontos comuns entre ele e o outro. Os pontos em que não existem as diferenças e onde podem ser iguais.

Distrito 9 é um excelente filme.

Ricardo Icassatti Hermano

Um comentário:

Anônimo disse...

Por coincidência, vejo que assisti ao filme no mesmo dia. Concordo!
Flávia Barros.