quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes, um filmão!


Acompanhado de filho (Pablo), nora (Aline), sobrinha (Duda) e mais uma penca de amigos, assisti o mais recente filme do diretor Guy Ritchie, também conhecido como ex-marido da cantora Madonna. Diz a lenda (e as fofocas) que o divórcio do casal aconteceu após Madonna apresentar a ideia do show Sweat and Sticky ao marido e perguntar sua opinião. Ele teria respondido que não entendia porque alguém iria querer assistir uma senhora de 50 anos balançando as pelancas num palco. Madonna não entendeu o fino humor britânico ...

Guy Ritchie: "Minha ex-mulher não tem senso de humor ..."

Mas, o filme é uma eletrizante versão - bem atualizada - da história do detetive mais famoso do mundo: Sherlock Holmes. O papel do detetive britânico é interpretado pelo americano Robert Downey Jr., que retornou ao sucesso mundial vestindo a armadura do Homem de Ferro. Há alguns anos, o ator experimentou - assim como Holmes - o inferno do vício e quase acabou com a sua carreira. Mas, para alegria dos cinéfilos, ele se livrou das drogas (espera-se que pelo menos as ilegais) e voltou mais talentoso que nunca às telas.

Cartaz do filme

Guy Ritchie foi muito perspicaz ao escolher Downey para o papel principal. O roteiro escrito pelos geniais Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kimberg, construiu um Sherlock Holmes obssessivo, maníaco, destemido, sujo e desconhecedor de limites. Um doido varrido, tresloucado. Mas, será que um homem com a inteligência e a capacidade dedutiva de um Holmes seria normal? Acredito que não.

Por isso, nunca gostei dos vários Sherlocks que vi no cinema. Todos eram muito assépticos, engomadinhos, insossos, inodoros, certinhos e aristocráticos demais. A escolha de Robert Downey Jr. foi precisa, inevitável, acertada, pois ele é a personificação do detetive do roteiro. Completamente sem noção. Parabéns para Guy Ritchie, que está melhorando a cada filme. Não é atoa que é considerado o Quentim Tarantino da Inglaterra.

Momento Rambo

Ao contrário de versões anteriores, o filme mostra uma Londres sombria e enlameada. Afinal, não havia luz elétrica naquela época e foi uma grande sacada do diretor. Além disso, tem dosagens certas de ação, suspense, pancadaria, humor e até sensualidade graças à presença luminosa da atriz Rachel McAdams. Ela, na pele de Irene Adler, interpreta uma espécie de detetive sem escrúpulos, que coincidentemente também é um antigo caso de amor de Sherlock Holmes. No papel do eterno parceiro e médico, Dr. John Watson, está o ator Jude Law. Ainda tem um cachorro Bulldog muito engraçado que sofre um bocado.

Elenco de primeira

Todos dão um show. O filme é puro entretenimento. É o que todo filme deveria ser: um filmão. Recomendo, porque os puristas não vão gostar.

Ricardo Icassatti Hermano

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