Ricardo Icassatti Hermano
Não há mais quem não conheça as malditas vuvuzelas, tão apreciadas pelos torcedores sul-africanos. São aquelas cornetas de plástico que emitem um som monótono, alto e extremamente desagradável. Quando tocadas aos milhares, provocam surdez, ataques epiléticos, vômitos, diarreia e retardamento mental. É infinitamente pior que um chute no saco.
Não há mais quem não conheça as malditas vuvuzelas, tão apreciadas pelos torcedores sul-africanos. São aquelas cornetas de plástico que emitem um som monótono, alto e extremamente desagradável. Quando tocadas aos milhares, provocam surdez, ataques epiléticos, vômitos, diarreia e retardamento mental. É infinitamente pior que um chute no saco.
Em matéria de torcida, estamos melhor que os africanos. Nós cantamos hinos e músicas feitas especialmente para demonstrar o amor que sentimos pelos nossos times. Temos as fanfarras e as baterias que dão suporte musical, as bandeiras gigantescas e os fogos de artifício. Também temos as brigas de torcidas, as depredações pós-jogo, o vandalismo etc.
É essencialmente um espetáculo e não essa sessão de tortura africana em nossos ouvidos. Segundo o Romoaldo, que é o especialista em música do blog, o som do universo está modulado na nota musical Lá.
As vuvuzelas estão moduladas em alguma nota maligna que, uma vez experimentada, nos acompanha por dias zunindo dentro da cabeça como um enxame de abelhas africanas. Agora sabemos porque essas abelhas são tão agressivas. E toda vez que ouvimos essa mesma nota vuvuzeliana, imediatamente a memória harmônica ressuscita o zumbido infernal.
Mas, vamos estudar o inimigo para podermos derrotá-lo de uma vez. Infelizmente, a vuvuzela não é uma exclusividade africana, mas ganhou notoriedade a partir da Copa do Mundo de Futebol na África do Sul. Ela também existe no Brasil, mas felizmente não é utilizada com intensidade pelas torcidas de futebol. Aqui é conhecida por outros nomes: Corneta ou Cornetão.
Trata-se de um aerofone feito de plástico colorido, com mais ou menos um metro de comprimento, que não requer qualquer técnica mais sofisticada, maestria ou treinamento prévio para ser utilizada. Basta colocar na boca e soprar. Um verdadeiro blow job, como dizem os americanos. E ainda tem variações de modelos com bombas manuais para quem não gosta ou se canse de soprar.
A origem do nome "vuvuzela" está envolta em mistério, lendas, fofocas e rumores. Alguns dizem que vem da língua Zulu e significa "barulho". Outros garantem que "vuvu" é a reprodução fonética do som produzido pelo terrível instrumento. E uma ala de Aloprados africanos ainda defende que o nome é originário de gírias locais relacionadas à palavra para "chuveiro".
A origem do instrumento é muito antiga, remontando às tribos ancestrais sul-africanas, onde era utilizado para convocar reuniões. A vuvuzela se tornou popular na África do Sul na década de 1990, mas foi a partir de 2001 que a empresa local Masincedane Sport começou a produzir em massa a versão em plástico. As portas do Inferno se abriram de vez ...
Diante da constatação que o instrumento causa danos severos à audição e é um disseminador de doenças como a gripe, houve uma tentativa de proibição. O sopro lança mais germes no ar do que a tosse. Obviamente não deu em nada. O máximo que se conseguiu foi que alguns modelos trouxessem um aviso para não serem tocados perto do ouvido alheio.
A FIFA tem se pronunciado a respeito e garantiu que, após a fase de grupos e a partir das oitavas de final da Copa 2010, banirá as vuvuzelas dos estádios se não forem usadas com mais moderação. A conferir ...
Mas, não queremos apenas informar o que é a vuvuzela e os problemas que causa. Nós também trouxemos um furo de reportagem com exclusividade para os leitores e leitoras do Café & Conversa. Nós descobrimos como esse instrumento de Satanás é fabricado. Se você tem marca-passo ou estômago fraco, não prossiga nessa leitura. As imagens são fortes.
E você achando que colocar crianças trabalhando nas linhas de produção das fábricas chinesas era algo hediondo. Quero ver você soprando uma vuvuzela dessas agora. Mostre essa reportagem para os seus amigos que estão chegando da África do Sul com as malas cheias de vuvuzelas. Vamos livrar nossos estádios e nossos ouvidos desse pesadelo. Junte-se a nós nessa campanha humanitária.
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