O “Bon Bagai”, Bélo, é uma das jovens revelações musicais do Haiti. Filho de trabalhadores do porto haitiano, Bélo começou logo cedo a ouvir boa música, principalmente os sons experimentais de Bob Marley, os "rasta" de Trace Chapman e Buju Banton. Este último, cantor e compositor jamaicano de reggae, dancehall e ragga.
Bélo, se escreve assim mesmo com acento, que meu computador insiste em tirar, e o site Last.fm teima em remetê-lo para o narcopagodeiro do Brasil. Coisas da tecnologia. Pois bem, o Bélo, haitiano, nasceu na periferia da capital do país, Porto Príncipe. Ele é de Cité Soleil (Cidade do Sol), um bairro tão violento que até as tropas brasileiros, que fazem o patrulhamento por lá, só entram em comboio e armados até os dentes. A região é próspera em gangues e parte dos 4.000 presos que fugiram da penitenciária, em 12 de janeiro, quando ocorreu o terremoto, se refugiou
Capa do disco
Desse Reference, eu escolhi Lakou Trankil. Um reagge bem harmonioso. Perceba que, além da história de amor dos versos e da canção, o vídeo tem tomadas feitas no Forte, uma região da alta Porto Príncipe. Na festa, uma criança veste a camisa da Seleção Brasileira. Ao fundo soldados brasileiros policiam as filmagens. Cite Soleil é tranqüila, ao menos na música de Bélo
Romoaldo de Souza
3 comentários:
Faltou uma foto do repórter. Será que ele foi mesmo ao Haiti ou fez matéria da República Dominicana, como muitos???
Sensacional, Romoaldo. Impressionante como o ser humano repete padrões em qualquer país e qualquer cultura. Miséria sempre leva à violência e a arte sempre leva à paz. Valeu!
Mais e mais cafés! Boa tarde!
Criteriosamente, eu achei melhor não publicar fotos minhas, para não efeiar a matéria.
Mas estive lá, sim!
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