Ricardo Icassatti Hermano
É bom lembrar das coisas boas. Parece óbvio, mas são justamente as obviedades que temos menos capacidade de ver. Melhor ainda é estar vivendo coisas boas. O momento é esse e a vida é aqui e agora. Coisas boas estão rolando e, quando isso acontece, é preciso ter uma trilha sonora adequada.
A banda mineira Skank nasceu em 1991, na capital BH. Assim como quem não quer nada, uma característica bem mineira, Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Leo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria) conquistaram o coração do Brasil com sua mistura de ritmos brasileiros, balada romântica e reggae eletrônico.
Garotada sangue bom
A banda lançou seu primeiro CD "Skank" de forma independente em 1992, com três mil cópias. Depois de vender 1.200, a Sony Music chamou a garotada para conversar, assinou contrato e relançou o CD em 1993, que vendeu 120 mil cópias.
O segundo CD saiu em 1994 e se chamava "Calango". Neste disco está a música Te Ver, uma baladinha reggae-romântica que impulsionou a venda de 1,2 milhão de cópias. O disco trouxe ainda outros dois sucessos: É Proibido Fumar e Jack Tequila, essas duas músicas mais dançantes.
Esse disco foi o auge do Skank. Tudo é bom.
O sucesso continuou em 1996, com o lançamento do terceiro álbum, "O Samba Poconé", que trazia o single Garota Nacional. A música chegou a liderar a parada de sucessos da Espanha e levou o Skank à sua primeira turnê internacional. Tocaram na Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Suíça e Portugal. O CD vendeu 1,8 milhão de cópias.
Show no Rio de Janeiro
Outros sete álbuns se sucederam, mas nenhum conseguiu chegar nem perto das vendagens do segundo e terceiro CDs. O sucesso tem dessas coisas. Talvez seja apenas o natural envelhecimento que tira muito do ímpeto e da criatividade juvenil do começo da carreira. Talvez tenham esgotado o que tinham para dizer no formato musical. Sei lá. A verdade é que, aos poucos, todo roqueiro vira Roberto Carlos ...
O tempo passou e parece que a fonte secou ...
Mas, o Café & Conversa admira a banda, reconhece e aplaude a contribuição que deram para que milhões de namorados embalassem seus sonhos. A música que hoje trazemos até vocês é considerada por mim a obra prima do Skank.
Te Ver
Skank
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...(2x)
É como mergulhar no rio
E não se molhar
É como não morrer de frio
No gelo polar
É ter o estômago vazio
E não almoçar
É ver o céu se abrir no estio
E não se animar...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...
É como esperar o prato
E não salivar
Sentir apertar o sapato
E não descalçar
É ver alguém feliz de fato
Sem alguém prá amar
É como procurar no mato
Estrela do mar...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...
É como não sentir calor
Em Cuiabá
Ou como no Arpoador
Não ver o mar
É como não morrer de raiva
Com a política
Ignorar que a tarde
Vai vadiar e mítica
É como ver televisão
E não dormir
Ver um bichano pelo chão
E não sorrir
E como não provar o néctar
De um lindo amor
Depois que o coração detecta
A mais fina flor...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...(2x)
2 comentários:
skank. sim. teixeira de manaus, não hehehe
Teixeira, só o Eli : )
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