segunda-feira, 19 de abril de 2010

From Paris with Love (Dupla Implacável)


Ricardo Icassatti Hermano

Criar expectativas sobre qualquer coisa nunca é bom. Toda expectativa é uma certeza de frustração. Aquilo que queremos só existe na nossa cabeça. A realidade não dá a mínima para os nossos desejos. E não adianta fazer simpatia, pensamento positivo ou seminários de planejamento estratégico e visão de futuro ...

Infelizmente, havia criado uma pequena expectativa em relação ao filme Dupla Implacável (From Paris with Love). Não sei qual título fica pior, o original ou o "traduzido". Nenhum dos dois tem qualquer relação com o enredo.

O cartaz do filme é bacana

O filme é estrelado pelo bom, velho e confiável John Travolta e um integrante da nova safra de jovens promessas britânicas, Jonathan Rhys Meyer, que saiu do anonimato pelas mãos do diretor Woody Allen no filme Match Point, rodado em Londres. É ele que também fez o Henrique VIII na excelente mini-série The Tudors.

Uma coisa sempre me impressionou na atuação do Travolta. Ele é tão versátil que consegue fazer - e bem - praticamente qualquer papel de maneira convincente, do trash ao drama. Quentin Tarantino também percebeu isso e tirou o ator do ostracismo com o simplesmente fabuloso Pulp Fiction. Depois desse filme, assisti vários outros dele e pude constatar.

Pulp Fiction devolveu Travolta ao estrelato

Mas, voltando ao Dupla Implacável, o filme é implacavelmente ruim. Travolta atua bem, está completamente à vontade na pele do agente secreto americano "pouco ortodoxo" Charlie Wax. O resto, incluindo o britânico Rhyz Meyer no papel do diplomata americano James Reece, ficou a desejar. Vamos por partes.

Os dois em ação numa cena de ... ação

O roteiro, escrito por Adi Hasak a partir de uma estória do Luc Besson, é frouxo, com situações tolas e sem um encadeamento que faça algum sentido. Os diálogos são praticamente uns sem-teto de tão pobres. Sem um roteiro decente, o diretor Pierre Morel fez o que podia. Encheu o filme de explosões, tiros, perseguições e porrada.

Na cena final - e talvez seja ela a razão do título original - o diplomata James Reece mata a noiva terrorista com um tiro na testa, logo após fazer-lhe uma declaração bem piegas de amor. Isso, dentro da embaixada americana em Paris! Só não saí do cinema porque o filme já estava mesmo no fim.

Como disse no início desse post, a minha pequena expectativa foi a certeza de uma pequena frustração. Mas, frustrado mesmo vai ficar quem não se inscreveu para o Grande Sorteio das Canecas do Café & Conversa. Vai deixar passar a incrível oportunidade de tirar uma onda em casa e/ou no trabalho, tomando o seu café numa caneca personalizada e rara, praticamente um item de colecionador.

Mate de inveja a família, os amigos e os colegas de trabalho

O Café & Conversa assistiu Dupla Implacável e não recomenda. Assista o trailler que me enganou.



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