Romoaldo de Souza
Hoje, o fim da Segunda Guerra Mundial completa 65 anos. É o Dia da Vitória. Quantas vidas foram ceifadas o mundo jamais saberá ao certo, mas o curioso, é que a imprensa é que estragou a festa, antecipando a notícia.
Havia sido acordado que 9 de maio seria o dia da Celebração da Vitória. Para dar tempo das autoridades tomarem banho, se pentearem, e fazer comemorações oficiais.
Deve ser por isso, que ainda hoje, qualquer panaca quando chega ao poder, pega logo a caneta e começa a escrever teses e mais teses de controle da mídia, democratização dos meios de comunicação. Eufemismos para disfarçar a sede de censura.
Schlomo, o bobo que quer salvar a comunidade do ataque nazista
Para este sábado modorrento, pelo menos aqui nas imediações do vilarejo chamado Vicente Pires, distante 26km do centro de Brasília, minha recomendação é o filme O Trem da Vida. Sim, porque todo mundo fala nos judeus que foram mortos, e foram mesmo. Não é essa a questão.
O que quero lembrar é que outros grupos sociais e etnias também foram perseguidos durante a 2a Guerra Mundial, abençoada pelas igrejas. Quantos ciganos foram mortos. Quantitativamente não é possível prever se foram mais ou menos que os judeus, mas eu quero lembrar esse povo. Os ciganos romenos, os que se negavam a aceitar o cristianismo. O Estado. O nazismo. A democracia!
O Trem da Vida se passa em um vilarejo da Europa Ocidental prestes a ser invadido pelos nazistas. A solução para escapar das tropas de Hitler foi dada por Schlomo, o bobo da aldeia. Pena que no Brasil, os "bobos da corte" tenham idéias menos edificantes.
Ele sugere forjar um trem nazista, com personagens da própria localidade. Só que no caminho da fuga os "atores" se revelam e passam a incorporar a personagem dos algozes que vivem.
Nessa Jewish Klezmer versus Gipsy o cineasta Radu Mihaileanu reconstitue uma festa com músicas de improviso, tocadas pelos ciganos que então também no Trem da Vida.
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