O blog Café & Conversa foi abençoado desde o seu início com a sorte de ter muitos amigos. Diz o ditado que quem tem amigo não morre pagão. Contamos com a ajuda deles mesmo antes, quando falar sobre café e pessoas ainda era apenas uma ideia sem formato.
Graças também aos amigos, temos sido brindados com várias colaborações que, além de perfeitas, são a mais pura demonstração de generosidade, pois tomam tempo precioso das suas férias e viagens. Foi assim com as pedralvenses Raíssa Abreu e Mariinha, com o casal Caiã Messina e Raquel Ribeiro, com a Jamila Gontijo e com a Márcia "Rayovac" Kalume.
Para nós é uma alegria e uma benção poder contar com o talento de tanta gente com bom gosto, culta, moderna, antenada, viajada e poder anunciar que a lista de colaboradores continua crescendo. Hoje, o Café & Conversa tem a honra de publicar um texto da jornalista Elina Rodrigues, feito por nossa encomenda/intimação.
Recém chegada de Portugal, ela conheceu vários cafés por lá e um deles lhe chamou a atenção por fazê-la lembrar imediatamente do blog. Ela também descobriu outras coisas e seus significados. Valeu Elina! Leiam e aproveitem, porque a garota tem estilo.
Elina Rodrigues
Lá em Portugal, "tomar uma chávena" é um ritual diário, seja de manhã, depois do almoço ou no fim da tarde, esteja frio ou sol escaldante, tenha crise financeira ou não. Nos cafés os jornais são lidos, as fofocas são atualizadas e dá até para descobrir quem está sendo enterrado no dia. Tudo em um ritmo muito próprio, sem pressa, puro prazer.
Este café remeteu Elina diretamente para o blog
Aos cafés das cidades do interior, não vão apenas os interessados em uma xícara fumegante: partem os ávidos por encontrar gente, somente, e um ambiente aconchegante para ficarem horas sentados jogando conversa fora. Em Lisboa, eles são mais apressados, mas nem por isso se deleitam menos ao degustar a bebida.
Eis o motivo
Aos domingos, antes da missa, os portugueses procuram a praça mais próxima onde há, geralmente, uma velhinha com sete saias de filó* vendendo tremoços e castanhas, e partem para um café ou bar com um saquinho dos grãos e os comem, geralmente com cerveja ou vinho, seguidos de café, obviamente.
A velhinha com as sete saias de filó
Nas casas (pelo menos as que visitei), uma coisa me impressionou: não existe café coado, quem pode, compra logo uma máquina de espresso. Quem não pode, paga em média 50 centavos de euro para tomar um café decente. Diariamente. No mínimo uma vez por dia.
Elina foi conhecer a Torre de Belém, é claro!
*Lembram da musiquinha da barata? Uma vendedora de Nazaré me explicou que o monte de saias de filó é usado para diferenciar as mulheres mais “finas” das mulheres de pescadores, que usavam apenas uma!
3 comentários:
Ai, adorei! Mistério da saia de filó desvendado! :D Adoro Portugal!!!!
FB
Adorei também! Valeu demais, Elinita!
Realmente, a moça tem estilo. Texto bom de ler.
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