Ricardo Icassatti Hermano
Ontem, postei aqui uma série de logotipos de cafeterias. Com pressa (já era 1h da madrugada), não escrevi muito e dei prioridade aos logotipos. Uma leitora assídua e atenta deste blog, a Heleny Galati, percebeu imediatamente o meu cansaço e meu deu um merecido puxão de orelha. Cobrou os textos a que estava (mal) acostumada.
Como não dar razão a ela? Assim, vou postar mais logotipos hoje, mas vou me esforçar para elaborar uma daquelas narrativas que a Heleny tanto gosta.
Ainda ontem, saí às pressas do trabalho para participar de um programa de entrevistas, a convite do amigo e jornalista Leandro Mazzini. O programa chama-se Tribuna Independente, e é transmitido ao vivo toda terça-feira, de 22h10 às 23h30, pela Rede Vida de Televisão. O entrevistado foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Mesmo assim, ainda pude conversar um pouco com meu filho mais velho, Pablo, sobre o puxão de orelha que havia levado da Heleny. Ele é designer gráfico e tatuador e se interessou pela minha estória com os logotipos. Contei a ele que no início da minha vida responsável, que foi a partir da gravidez da mãe dele, fiz várias coisas para sobreviver e comprar fraldas para ele.
Como gostava muito de desenhar (sou filho de arquiteto), ganhei meus primeiros trocados criando logotipos e/ou logomarcas. Algo que gosto até hoje. Admiro quem tem a capacidade de sintetizar uma ideia, um sentimento ou um conceito numa pequena imagem ou em uma composição de letras. Parece simples, mas acreditem, não é.
Foi um início duro. Eu não sabia fazer nada além de lutar, dançar e namorar. Mas, sempre tive muita sorte e nenhum medo. No momento de maior pinimba, até ganhei na loteria.
Além dos logotipos, trabalhei como desenhista free lancer para um escritório de engenharia de estradas. Ali fiz uma boa grana desenhando para estudantes preguiçosos de engenharia, que precisavam apresentar trabalhos de conclusão do curso. Mas, essa foi a parte boa desse início de vida responsável.
Antes disso, tentei a promissora carreira de vendedor de enciclopédias. Não deu certo, claro. Mas, foi a primeira tentativa. Desenhei e pintei capacetes, motocicletas e carrinhos de autorama. Tentei montar uma auto-elétrica e fui passado para trás pelo sócio. Trabalhei numa agência de publicidade chamada Oficina. Aprendi muito ali.
Graças à insistência do meu querido pai, concluí o curso de jornalismo e, em seguida, uma pós-graduação em Ciência Política, que se tornou a minha grande paixão. Quatro casamentos e 10 filhos depois (três meus e outros sete "adotados"), volto aos logotipos com grande prazer. Não para criá-los. Apenas admirá-los junto a outro tema que me interessa muito, o café e tudo relacionado a essa bebida fantástica.
Este post acabou ficando mais sentimental do que eu pretendia. Mas, quando a gente começa a escrever nunca sabe onde vai terminar. O importante é que trouxe mais uma leva de logotipos de cafeterias para vocês. E estou gostando de procurar e descobrir. Note como boa parte faz ligação com arte e cultura. Quem sabe eu não me animo e tiro a poeira da prancheta?
3 comentários:
olha ricardo, desse jeito eu não aguento, vc tá ficando impossível! ahahahahhahaha
Ricardo,
Agora sim! Este é um texto seu. Orbigada pela deiciosa mensagem. De que por amor a akguém somos capazes de fazer qualquer coisa, e se essa coisa faz parte de nós fica ainda melhor.
Logotipos ou textos, colocar uma idéia em um formato que não seja elétrico é complicado, requer estilo, coragem, sensibilidade e acima de tudo inteligência.
Não deixe mais a preguiça vencê-lo. Afinal adoro iniciar meu dia ou minha tarde com seus textos.
QUanto a sentimentalismo? Bem duvemos nos dar ao direito de ser, não acha?
Abraços.
Ricardo gostaria de conversar com você sobre logomarca.
Roberto e-mail rhnascimento@yahoo.com.br
abraços
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